Funcionários do Pró-Saúde lotam a Aleac e pressionam votação do projeto que regulariza suas situações

Relatório do TCE que afirma que o Pró Saúde é uma entidade estatal e funciona com dinheiro público

O projeto que transforma o Pró Saúde em autarquia é do deputado Raimundinho da Saúde (Podemos) Foto: Contilnet

 Nany Damasceno - Contilnet

A galeria está lotada da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) a cada momento chegam mais trabalhadores. A expectativa é que mais cem funcionários que estão vindo do interior do Estado também participem do protesto.

Os funcionários de Cruzeiro do Sul estão vindo de ônibus, mas também estão sendo aguardados funcionários de Sena Madureira, Plácido de Castro e Brasileia. “Vamos ficar aqui até votarem. Tem funcionário disposto a acampar aqui na frente do prédio se os deputados não votarem. Já avisamos, se não votarem vamos entrar na Justiça”, disse o presidente do Sintesac, Adailton Cruz.

A afirmação se deve à descoberta de um relatório do TCE que o Pró Saúde é uma entidade estatal. Além de funcionar com dinheiro público, o superintendente é indicado pelo governador. Atualmente quem ocupa essa função é o secretário de Saúde, Gemil Junior, além disso, o Sintesac descobriu que só no ano de criação do Pró Saúde (2010) foram desviados R$ 77 milhões.

Funcionários de Cruzeiro do Sul estão vindo de ônibus, mas também estão sendo aguardados funcionários de Sena Madureira, Plácido de Castro e Brasileia, disse Adailton Cruz (Foto: Contilnet)

O clima na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (12) é de tensão. O projeto que transforma o Pró Saúde em autarquia é do deputado Raimundinho da Saúde (Podemos), que é da base de sustentação do governo, assim como o presidente da CCJ, Jenilson Lopes (PCdoB).

“Teve uma reunião ontem na Casa Rosada. A corda tá esticada para o nosso lado”, desabafou um parlamentar da base que não quer ser identificado. O que dá ideia do clima no Legislativo hoje.

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Publicado por
Alexandre Lima