Marcus José
As cautelares foram cumpridas nos estados do Acre e Rondonia, nas cidades de Alta Floresta do Oeste, Ji-Paraná, Rio Branco (AC) e Assis Brasil (AC), e contou com o apoio da Polícia Civil do Acre e das Delegacias Regionais de Rolim de Moura e Ji-Paraná.
A Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco 2), deflagrou na manhã desta sexta-feira (7) a Operação Faces da Liberdade, visando dar cumprimento a oito mandados de busca e apreensão em residências e oito prisões temporárias.
As cautelares foram cumpridas nos estados de Rondônia e Acre, nas cidades de Alta Floresta do Oeste, Ji-Paraná, Rio Branco (AC) e Assis Brasil (AC), e contou com o apoio da Polícia Civil do Acre e das Delegacias Regionais de Rolim de Moura e Ji-Paraná.
A ação policial é contra a prática de crimes de peculato, falsificação de documento público, falsidade ideológica e associação criminosa.
A associação criminosa consistia em um conluio entre funcionários do Banco do Brasil e falsificadores, que juntos agiam para subtração de dinheiro depositado em cifras milionárias de pessoas falecidas, lesando, assim, o espólio e o patrimônio dos herdeiros.
O grupo tinha como principal meio de execução, a falsificação de sentenças em processos de inventário e partilha, certidões e escrituras lavradas em cartórios extrajudiciais.
Os criminosos, em posse da documentação falsa, procuravam os empregados da agência bancária e faziam o saque das altas quantias. Os empregados, visando dar cobertura à ação dos falsificadores e mediante o recebimento de propina, deixavam de observar uma série de procedimentos de segurança do Banco do Brasil, aceitando a documentação como idônea.
Segundo a Delegacia Especializada, foi possível identificar, até o momento, a subtração de saldo bancário de três contas correntes de pessoas falecidas, com valor total que ultrapassa os R$ R$ 9 milhões.
A dinâmica do bando criminoso foi descoberta durante as investigações e consistia na falsificação de sentenças em processos de inventário e partilha e certidões e escrituras lavradas em cartórios extrajudiciais.
Segundo o que foi apurado pela polícia, os criminosos, em posse da documentação falsa, procuravam os empregados da agência bancária (que faziam parte da quadrilha) e faziam o saque das altas quantias. Os empregados, visando dar cobertura à ação dos falsificadores e mediante o recebimento de propina, deixavam de observar uma série de procedimentos de segurança do Banco do Brasil, aceitando a documentação como idônea.
Segundo o que foi divulgado pela Polícia Civil rondoniense, foi possível identificar, até o presente momento, a subtração de saldo bancário de três contas correntes de pessoas falecidas, cujo valor total do dinheiro subtraído é de R$ 9.502.389,27 (nove milhões, quinhentos e dois mil, trezentos e oitenta e nove reais e vinte e sete centavos). Entre os lesados está o espólio do conhecido diplomata, político, professor e escritor brasileiro Affonso Arinos de Mello Franco, falecido no dia 15 de março deste ano.
O nome da Operação remete a uma das grandes obras publicadas por Affonso Arinos quando em vida, chamada As Três Faces da Liberdade.
O nome da operação é uma referência a uma obra literária publicada por Affonso Arino de Mello Franco, um escritor, político, diplomata e escritor brasileiro que teve o espólio lesado no esquema.
A operação Faces da Liberdade é realizada pela 2° Delegacia de Repressão ao Crime Organizado com o apoio da Polícia Civil do Acre.
A reportagem entrou em contato com o Banco do Brasil e a instituição informou estar colaborando com a investigação.
“O Banco do Brasil informa que colabora com as autoridades na investigação do caso, com o repasse de subsídios no seu âmbito de atuação e que segue os trâmites previstos em seu processo de gestão disciplinar para casos de envolvimento de pessoa do seu quadro funcional”.