Alexandre Lima
As cidades de Brasiléia e Epitaciolândia, localizadas na fronteira do estado do Acre com a Bolívia, distante cerca de 244 km da capital do Acre, Rio Branco, está um pouco esquecida pelo governo através da Secretaria de Segurança Pública e isso vem sendo registrado através do aumento de furtos de motos, desde o início do ano.
O tão sonhado concurso para novos militares no Estado, que vem sendo visto com maus olhos, já deveriam ter suprimidos o contingente nas cidades do Estado, mas, a realidade se pode dizer que é totalmente outra, já que até 2014, uma grande porcentagem de militares estarão se aposentando.
Hoje, a exemplo, a fronteira do Acre é cuidada por militares que já estão a 25 anos em exercício, e o tempo lhes ensinou que muitas vezes devem arriscar menos com o pouco que lhes oferecerem, para levar segurança aos cidadãos de bem.
Essa realidade está estampada no 10º Comando localizado na cidade de Brasiléia. Indo de encontro ao que é pregado pelo Governo, de uma segurança fantasiosa, passada apenas em campanhas institucionais para mascarar uma triste verdade.
O governo vem tentando esconder um racionamento de combustível e outros gastos em vários setores. Em relação à Segurança, se percebe que algo está errado, já que o governador, Sebastião Viana, recentemente anunciou que municípios iriam receber novas viaturas.
No dia 13 do mês de agosto, foi anunciado a (…) entrega de mais 14 viaturas adquiridas com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de R$ 684 mil e mais 29 viaturas adquiridas com recursos da Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (Enafron), no valor de R$ 3.421.150. Esses veículos deverão ser entregues em 120 dias para as polícias Civil e Militar.
Enquanto o governo não entrega as viaturas que acumulam poeira no pátio do quartel por falta de gasolina e consertos, casos como o que foi registrado nas cidades de Feijó e Jordão foi denunciado por moradores indignados, que fotografaram os policiais conduzindo os detidos a pé para a delegacia.
Os cabeças pensantes rapidamente encontraram uma solução para o problema. Segundo a fonte, o quartel que possuísse de três a quatro viaturas, deveriam disponibilizar uma para quem estava desprovido. Ou seja, sem resolver o problema da viatura de Feijó, resolveram retirar uma de Brasiléia, e a desculpa seria a contenção nos gastos com combustível.
Brasiléia então passou a ter apenas três viaturas que trabalham 24 horas, onde contam com o apoio de três motos do GIRO, sendo que um veículo é deslocado para a cidade de Assis Brasil, distante 110 km. Durante o dia, são dois policiais e a noite é três em cada veiculo que fazem segurança nas duas cidades, que tem um triste histórico de ser corredor do tráfico.
Durante a madrugada deste sábado, dia 31 de Agosto, quando ocorreu o acidente que registrou uma morte fatal no km 20 da BR 317, a duas viaturas se deslocaram até o local, deixando Brasiléia e Epitaciolândia sem qualquer forma de combater o crime. Em tempo, foi uma das noites mais violentas registrada no hospital.
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