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Fracassa acordo de Dilma e Minoru de manter orçamento e Ufac terá maior corte da história

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Para Comando de greve, instituição gasta mais pintando árvores do que com pesquisas

Assem Neto, da ContilNet Notícias

O reitor da Universidade Federal do Acre (Ufac), Minoru Kinpara, admitiu ter combinado com a presidente Dilma Roussef que, em troca de seu apoio à então candidata à reeleição, o orçamento da instituição não seria penalizado. O acordo não foi cumprido pela presidente. Nesta segunda-feira (20), em comunicado oficial, em Brasília, perante autoridades do Ministério da Educação (MEC), Kinpara irá anunciar cortes, que, somados, podem chegam a 60% nas rubricas de custeio e investimentos. Os valores não foram revelados.

Ufac passará por cortes no orçamento para 2016

Ufac passará por cortes no orçamento para 2016

Professores e técnicos administrativos, que estão em greve desde o último dia 29, através da Adufac (Associação dos Docentes da Ufac), acusam um atrelamento indisfarçável da administração superior da universidade com o ajuste fiscal, conjunto de medidas para cortar despesas do governo e elevar a arrecadação pelo aumento de impostos e outras receitas.

“Ajuste fiscal é problema do governo. O Minoro articulou o apoio a Dilma, com outros 52 chefes da universidades do país. Parte desses reitores está dizendo que foi lesada e repudia publicamente os cortes. Queremos que ele diga que é absolutamente contra os cortes. Ele foi eleito com a bandeira de manter e ampliar os interesses da instituição. O orçamento da Ufac sofre contingenciamento desde janeiro e não é discutido internamente. Tudo é feito sem critério. Se gasta mais pintando árvore do que com pesquisas. Chega de se encantar com a beleza do campus. É o ditado popular: por fora bela viola; por dentro, pão borulento. Nossos laboratórios estão inconclusos. Obras iniciadas não são terminadas. Professores reclamam que para fazer pesquisas precisam tirar dinheiro do bolso. Hoje, muitos admitem que fizeram uma escolha errada quando optaram pelo magistério. Não temos uma gestão comprometida, infelizmente”, criticou o professor João Lima, vice-presidente da Adufac e membro do comando de greve.

Reitor se defende

“Todos sabem do momento difícil por que passa o país. Penalizar a ensino não é uma boa ideia, mas infelizmente o MInistério da Educação foi atingido com o contingenciamento também”, argumenta o reitor, alvo de duras críticas. Ele não tem esperanças a dar aos grevistas.

“Aquilo (o encontro com a Dilma) foi um apoio meu como cidadão. Não envolvi a instituição”, disse Kinpara (). O compromisso do professor com a presidente se deu em uma conversa reservada, em evento da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (Andifes), em Brasília, quando Minoro já havia tomado posse como reitor e Dilma ainda costurava alianças para bater o tucano Aécio Neves (PSDB).
Veja o vídeo

“É vergonha depois de 5 anos de arrocho o governo acenar com uma proposta absurda. Só aceitam conceder 20% de reajuste nos próximos 4 anos. Nós exigimos 27% só para repor as perdas, já em 2016. A Ufac ta cheia de professor substituto. Isso compromete  o desenvolvimento acadêmico. Não se fala em contratação de docentes efetivos. É um erro grave”, conclui João Lima.

Outras reivindicações incluem a estruturação da carreira docente com valorização salarial; valorização salarial dos ativos e aposentados; melhoria das condições de trabalho no interior das instituições; e ainda a defesa da autonomia da universidade.

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Prefeitura de Rio Branco intensifica ações de emergência para famílias afetadas por fortes chuvas

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Diante da situação crítica, a administração municipal, em conjunto com a Defesa Civil estadual, está concentrando esforços nos 19 bairros mais atingidos pelos alagamentos

O volume acumulado de água em razão das fortes chuvas, fez o nível do Rio Acre subir rapidamente e provocou o transbordamento de igarapés que cortam a cidade. Foto: captada 

A Prefeitura de Rio Branco mobilizou, nas primeiras horas deste sábado (27), uma força-tarefa para atendimento às famílias afetadas pelas fortes chuvas registradas nas últimas 48 horas na capital.

O volume acumulado de água fez o nível do Rio Acre subir rapidamente e provocou o transbordamento de igarapés que cortam a cidade, atingindo diversas áreas urbanas. Diante da situação, o prefeito Tião Bocalom convocou uma reunião de emergência em seu gabinete, reunindo todos os secretários municipais para alinhar ações imediatas de resposta e assistência.

Logo após o encontro, o prefeito visitou a Escola Álvaro Vieira da Rocha, no bairro Conquista, onde 10 famílias — totalizando 36 pessoas — já estão abrigadas pela Defesa Civil Municipal e pela Secretaria de Assistência Social.

Tião Bocalom destacou o trabalho integrado das equipes municipais e reforçou que todas as providências vêm sendo adotadas desde o início das ocorrências.

“Não é com prazer, é com tristeza. Mas fazer o quê? Infelizmente, as chuvas chegaram e as inundações começaram a aparecer. Desde ontem, nossas equipes da Defesa Civil, apoiadas por todas as secretarias, estão em campo até duas horas da manhã para retirar famílias. Aqui nesta escola estão 10 famílias, 36 pessoas, e estamos tomando todas as providências possíveis. A prefeitura está fazendo a sua parte, como sempre fizemos, junto ao governo do Estado e à Defesa Civil. Tanto é que em 2021 ganhamos o prêmio de melhor acolhimento da Defesa Civil Nacional. Fazemos tudo com dor no coração, porque sabemos o quanto é difícil para as famílias, mas seguimos firmes para garantir apoio a quem mais precisa.” ressaltou o prefeito de Río Branco

Tião Bocalom destacou o trabalho integrado das equipes municipais e reforçou que todas as providências vêm sendo adotadas desde o início das ocorrências. Foto: capadas 

Após visitar as famílias abrigadas, o gestor seguiu para o Parque de Exposições, onde equipes já iniciam a preparação para novas ações de acolhimento e prevenção, caso o nível das águas continue subindo.

A Prefeitura de Rio Branco segue monitorando a situação e reforça que está de prontidão para atender novas ocorrências decorrentes das chuvas.

A Prefeitura de Rio Branco segue monitorando a situação e reforça que está de prontidão para atender novas ocorrências decorrentes das chuvas. Foto: assessoria

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Com 40 bairros atingidos pela cheia do Rio Acre e enxurradas, Prefeitura de Rio Branco já abrigou mais de 70 famílias

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 Chuvas intensas deixam famílias desalojadas e mobilizam força-tarefa da Prefeitura de Rio Branco

A rápida elevação no nível das águas do Rio Acre, principal manancial da capital acreana e a enxurrada provocada pelas fortes chuvas que atingiram Rio Branco nos últimos dias têm causado alagamentos em vários bairros, quarenta no total, de acordo com a última atualização da Coordenadoria Municipal da Defesa Civil (Comdec).

A enxurrada provocada pelas fortes chuvas que atingiram Rio Branco nos últimos dias têm causado alagamentos em vários bairros, quarenta no total. (Foto: Marcos Araújo/Secom)

De acordo com o tenente-coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil municipal, dos 40 bairros atingidos, 19 estão recebendo ações das equipes municipais, justamente aqueles em situação mais crítica.

“Estamos em constante monitoramento, inclusive com acompanhamento em tempo real desses 40 bairros. Temos 19 bairros com situação mais preocupante”, explicou o coordenador Cláudio Falcão. (Fotos: Marcos Araújo/Secom)

“Estamos em constante monitoramento, inclusive com acompanhamento em tempo real desses 40 bairros. Temos 19 bairros com situação mais preocupante e, por conta disso, estamos com equipes realizando ações nessas localidades. Já abrigamos 35 famílias desses bairros, totalizando 115 pessoas, e outras 39 famílias, ou 122 pessoas, foram levadas para a casa de familiares”, explicou o coordenador.

Já abrigamos 35 famílias desses bairros, totalizando 115 pessoas, e outras 39 famílias, ou 122 pessoas, foram levadas para a casa de familiares”, explicou o coordenador.(Foto: Val Fernandes/Secom)

Duas comunidades rurais já sofrem com os efeitos da alagação do Rio Acre: as comunidades do Panorama e do Catuaba, na região do Belo Jardim. Essas comunidades também estão recebendo auxílio da Prefeitura de Rio Branco.

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Vídeo: Cheia do Rio Acre vira cenário de lazer para donos de jet-skis e lanchas em Rio Branco

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Calçadão da Gameleira e bairro da Base reuniram banhistas, famílias e embarcações recreativas durante a tarde de domingo

A cheia do Rio Acre em Rio Branco, que tem causado transtornos a dezenas de famílias ribeirinhas, também acabou se transformando em cenário de lazer para proprietários de veículos aquáticos, como jet-skis e lanchas, que aproveitaram o nível elevado do rio para se divertir neste domingo.

As regiões da Gameleira e do bairro da Base concentraram a maior movimentação. Em meio à descida de balseiros e à água barrenta, diversos condutores colocaram suas embarcações na água para realizar passeios e manobras, atraindo a atenção de quem acompanhava tudo do calçadão.

No calçadão da Gameleira, centenas de pessoas — entre adultos, crianças e até animais de estimação — aproveitaram a tarde ensolarada para caminhar, socializar e observar a movimentação no rio, transformando o local em um ponto de encontro informal.

Apesar de algumas manobras consideradas arriscadas, não houve registro de acidentes envolvendo jet-skis ou lanchas ao longo do dia, segundo informações apuradas.

As autoridades, no entanto, reforçam o alerta para que os condutores mantenham cautela, especialmente durante o período de cheia, quando há aumento do fluxo de balseiros, troncos e outros obstáculos que podem representar riscos à navegação recreativa.

 

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