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Feminicídios no Acre mantêm estabilidade em 2025, mas lesões corporais domésticas aumentam, aponta Polícia Civil

Estudo do Departamento de Inteligência mostra 5 casos de assassinato de mulheres entre janeiro e julho, mesmo número de 2024; registros de agressões com lesão subiram 1,8%, enquanto vias de fato caíram 21,7%

O autor do feminicídio que chocou a cidade de Mâncio Lima, foi preso. O crime ocorreu em janeiro, e teve como vítima uma jovem de apenas 19 anos. Foto: captada 

A Polícia Civil do Acre divulgou nesta quarta-feira (17) um levantamento inédito sobre violência doméstica no estado, revelando que os feminicídios se mantiveram estáveis no período de janeiro a julho de 2025, com cinco casos registrados – o mesmo número do ano anterior.

Os dados, compilados pela Coordenação de Estatística e Análises de Dados do Departamento de Inteligência, mostram uma tendência de queda nesse tipo de crime desde 2022, quando foram registrados nove casos. Os anos de 2016 e 2018 registraram o pico da série histórica, com 14 feminicídios cada.

Em 2025, os crimes ocorreram em Mâncio Lima, Rio Branco, Capixaba, Senador Guiomard e Tarauacá. Paralelamente, os boletins de ocorrência de lesão corporal em contexto doméstico aumentaram 1,8% – passando de 823 para 838 casos. Por outro lado, as ocorrências de vias de fato (agressões sem lesão) caíram significativamente, de 235 para 184 registros (-21,7%).

Feminicídios em queda histórica
  • 2025: 5 casos (igual a 2024)

  • Tendência de redução: Queda progressiva desde 2022 (9 casos), chegando a 8 em 2024

  • Pico histórico: 14 casos em 2016 e 2018

  • Cidades com ocorrências em 2025: Mâncio Lima, Rio Branco, Capixaba, Senador Guiomard e Tarauacá

Lesões corporais e vias de fato
  • Lesão corporal doméstica: Aumento de 1,8% (838 casos em 2025 contra 823 em 2024)

  • Vias de fato: Queda de 21,7% (184 casos em 2025 contra 235 em 2024)

Autoridades reforçam compromisso

O delegado-geral da PCAC, Dr. José Henrique Maciel, destacou que os números refletem o fortalecimento das ações de prevenção e investigação, mas admitiu que ainda há desafios:

“Estamos reduzindo gradativamente os feminicídios, mas muito trabalho pela frente”.

Transparência dos dados

O delegado-geral da Polícia Civil, Dr. José Henrique Maciel, destacou que “os números mostram que estamos conseguindo reduzir gradativamente os casos de feminicídio”, mas reconheceu que “ainda há muito trabalho pela frente”.

O relatório completo está disponível no portal oficial da Polícia Civil do Acre (pc.ac.gov.br), que atualiza mensalmente os indicadores de violência doméstica no estado. Serve como base para políticas públicas de enfrentamento à violência de gênero e mostra a evolução das ações de segurança no estado, que ainda convive com altos índices de agressões contra mulheres.

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Publicado por
Marcus José