Com 78 km² de área devastada, cidade acreana aparece em 7º lugar em ranking nacional; estado do Acre, no entanto, registrou queda de 4% no desmatamento no período. Foto: ilustrativa
O município de Feijó, no interior do Acre, integra a lista dos dez que mais desmataram a Amazônia entre agosto de 2023 e julho de 2024, de acordo com dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon. Com 78 km² de floresta derrubada – equivalente a 7.222 campos de futebol –, a “terra do açaí” ocupa a sétima posição no ranking nacional, à frente de cidades do Pará e Mato Grosso.
Feijó aparece pelo segundo ano consecutivo entre os maiores desmatadores
Salto de 47 km² (2022-2023) para 78 km² (2023-2024) – aumento de 66%
Município segue entre os de alto risco de novas derrubadas
O Acre registrou queda de 4% na taxa de desmatamento no período, totalizando 372 km² devastados. Apesar da melhora relativa, o estado ainda responde por 230 km² de áreas degradadas.
Este é o segundo ano consecutivo que Feijó aparece entre os maiores desmatadores. Em comparação com o período anterior (agosto/2022 a julho/2023), quando registrou 47 km² devastados, houve um aumento de 66% na área desmatada. Apesar do resultado negativo do município, o Acre como um todo reduziu o desmatamento em 4%, com 372 km² de floresta perdidos.
Segundo os dados da pesquisa, o salto pode ter ocorrido principalmente pelas grandes áreas de mata que são afetadas por queimadas nos períodos de estiagem, é o que afirmou Manoela Athaíde, pesquisadora do instituto.
“A degradação florestal fragiliza a floresta, aumenta a emissão de carbono e deixa a Amazônia ainda mais vulnerável, ameaçando sua biodiversidade e as populações locais. O salto que vimos em 2025 é um sinal de que precisamos olhar com mais atenção para esse tipo de dano”, afirmou.