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Fator de risco para covid-19, diabetes cresce 34% em 13 anos no país

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13 milhões de pessoas vivem com a doença, segundo Sociedade Brasileira de Diabetes; em 2019, crescimento entre idosos com 65 anos ou mais foi de 23%

Campanha de Diabetes e Hipertensão da Faculdade de Ciências Farmacêuticas – FCF. Foto: Marcos Santos/USP Imagens

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Antes mesmo de completar um ano de idade, a gerente de marketing digital Giovanna Figueiredo, de 27 anos, foi diagnosticada com diabetes. A mãe dela descobriu a doença após Giovanna ter uma crise convulsiva, entrar em coma e ficar internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“Eu tinha crises convulsivas. Os médicos suspeitavam que fosse meningite, que poderiam ser outros problemas porque eu ficava com falta de ar. Só que isso não diz que é sintoma do diabetes. Quando descobriram, eu entrei com quase 500 de glicemia (nível muito alto de glicose no sangue). Entrei direto em coma e fui parar na UTI”, diz Giovanna.

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, assim como a jovem, 13 milhões de brasileiros vivem com a doença que é causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina (hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo). Os números fazem do Brasil o quarto país no ranking mundial com maior número de diabéticos, atrás da China, da Índia e dos Estados Unidos. Os dados são da International Diabetes Federation (IDF).

Entre 2006 e 2019, o percentual de diabéticos entre a população brasileira subiu 34,5%, de acordo com informações do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2020. Cenário que reforça a necessidade de acompanhamento médico regular.
“Vou ao médico de quatro em quatro meses. Faço uma bateria de exames. Pelo meu histórico de quase 30 anos, já era para meu quadro ser bem mais grave, mas está tudo normal”, conta Giovanna.

Outro dado da pesquisa coordenada pelo Ministério da Saúde que chama a atenção é que o número de brasileiros com a doença aumenta conforme a idade. Apenas no ano passado, houve crescimento de 23% de diabéticos entre adultos com 65 anos ou mais.

Tipos 

O tipo 1 do diabetes, que acomete principalmente crianças, adolescentes e adultos jovens, faz com que o sistema imunológico do corpo ataque e destrua as células que produzem insulina. Por isso, pessoas com diabetes tipo 1 necessitam de aplicação diária de insulina.

Já o tipo 2, o mais frequente entre a população, geralmente ocorre na fase adulta. Esse tipo inter-relaciona a deficiência na produção de insulina com a resistência à ação do hormônio no organismo.

“O diabetes tipo um depende de insulina externa para manter a vida. Se não receber insulina, morre. O diabetes tipo 2 tem uma influência genética muito importante. São muitos genes envolvidos que a gente até hoje não conseguiu identificar”, explica o endocrinologista e professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), Laércio Joel Franco.

“O tipo 2 está muito ligado ao excesso de peso. É o tipo que mais vem crescendo nos últimos anos, muito também por conta do sedentarismo, alimentação não saudável. Tudo isso colabora”, completa.

Existe ainda a situação chamada de pré-diabetes, que ocorre quando as taxas de açúcar de uma pessoa estão acima do normal, mas ainda não atingiram os níveis que caracterizam a doença. Essa situação pode ser assintomática, o que ressalta a importância de exames periódicos para medir a glicemia.

“Para reverter essa situação de pré-diabetes, a pessoa deve novamente buscar modificações no estilo de vida. Do controle das emoções à prática de atividade física, mas, sobretudo, privilegiar consumo de frutas, legumes, vegetais, e evitar consumo de gorduras saturadas e produtos industrializados”, orienta a endocrinologista Liziane Leite.

Covid-19

Segundo o Ministério da Saúde, o diabetes é um dos fatores de risco para o coronavírus. A resposta imunológica de pessoas diabéticas aos quadros infecciosos tem limitações. A doença em si não aumenta a possibilidade de infecção pelo vírus, mas pode acarretar no desenvolvimento de complicações.

“Todas as infecções, como vírus, bactérias, fungos, são risco, principalmente, se o diabetes não estiver bem controlado. O tempo de pandemia é um alerta para que pessoas diabéticas mantenham o controle do diabetes. Se estiver bem controlado, o risco diminui”, esclarece o professor Laércio Joel Franco.

Outra complicação do diabetes está relacionada ao coração. A glicose elevada acelera o endurecimento das artérias e danifica os vasos, podendo levar a doenças cardiovasculares. A dona de casa Bernadete Jesus, de 71 anos, descobriu que era diabética do tipo 2 há mais de duas décadas. Em 2014, ela precisou ser levada às pressas para o hospital.

“Meu coração parou de funcionar. Isso vai muito do psicológico. Estava passando por uma fase difícil na família. Fiquei cinco dias internada. O diabetes estava muito alto. Estava tomando um diurético que eliminou todo o potássio do organismo. Para mim, era o fim do mundo ser diabética. Eu era uma pessoa saudável”, lembra dona Bernadete.

No Brasil, a Lei nº 11.347/06 estabelece que os portadores de diabetes recebam, gratuitamente, os medicamentos para o tratamento de sua condição por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), como materiais necessários à sua aplicação e à monitoração da glicemia capilar (teste feito com auxílio de um aparelho que realiza a análise de uma pequena gota de sangue retirada da ponta do dedo).

No ano passado, uma lei sancionada pelo governo federal determinou uma nova Política Nacional de Prevenção do Diabetes. A norma prevê a realização de campanhas de divulgação e conscientização sobre a importância e a necessidade de medir regularmente e controlar os níveis glicêmicos.

“O tratamento do diabetes no sistema público melhorou muito nas últimas décadas. Sem dúvida, ainda existe alguma limitação. Por exemplo, equipe multiprofissional não é encontrada com muita frequência. O acesso à medicação básica tem sido coberto. Às vezes ocorre falha no fornecimento, atraso. De modo geral os medicamentos básicos são disponíveis. Pode melhorar, mas satisfaz as necessidades”, avalia o endocrinologista e professor da FMRP-USP, Laércio Joel Franco.

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Nova frente fria chega ao AC nesta semana e temperatura atingirá 18ºC, diz Friale

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Pesquisador Davi Friale – Foto: Alexandre Lima/Arquivo

O pesquisador Davi Friale divulgou em seu site O Tempo Aqui, nesta segunda-feira (10), uma nova previsão de diminuição das temperaturas na próxima semana.

Além disso, o “mago” destacou que até o próximo domingo (16) haverá calor abafado, chuvas, possibilidade de temporais e tempo seco e ventilado.

Na quarta-feira (12), mais uma frente fria chegará ao Acre, a partir do fim da tarde, mas será na quinta-feira que os ventos serão mais intensos, devido à penetração de mais uma onda de frio polar, declinando levemente a temperatura.

“Desta vez, a massa de ar frio não será intensa no Acre. As temperaturas, ao amanhecer, de quinta-feira e de sexta-feira, deverão oscilar entre 18 e 20ºC, em Rio Branco, Brasileia e demais municípios do leste e do sul do estado”, comentou.

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IBGE: mais de 12% dos acreanos já sofreram violência psicológica, física ou sexual

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A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população

IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (10) os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.

O Acre figurou em muitos cenários. Um deles foi o de violência psicológica, física ou sexual. Pelo menos 12,4% da população já foi alvo de uma das agressões.

Os dados apontam ainda que 72 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram os tipos de violência destacados, nos 12 meses anteriores à entrevista.

“O percentual de mulheres que sofreram alguma violência foi de 14,0% e o de homens foi de 10,8%. Considerando a faixa etária, a prevalência de casos de violência é mais acentuada nas populações mais jovens: de 18 a 29 anos (16,5,0%); de 30 a 39 anos (8,9%); de 40 a 59 anos (13,5%) e 60 anos ou mais (6,9%). As pessoas pretas (20,2%) e pardas (10,9%) sofreram mais com a violência do que as pessoas brancas (14,6%), diz o órgão.

Outro resultado preocupante tem a ver com o afastamento das atividades laborais e habituais em decorrência da violência sofrida. 9 mil pessoas foram afetadas – o que representa 12,9% das vítimas de violência, seja psicológica, física ou sexual. As mulheres foram mais atingidas do que os homens, com 18,3% e 5,4%, respectivamente.

Violência psicológica

A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população.

O percentual de mulheres vitimadas foi maior do que o dos homens, 12,9% contra 10,1%, respectivamente. A população mais jovem (18 a 29 anos) sofreu mais violência psicológica do que a população com idade mais elevada (60 anos ou mais), 15,4% contra 6,9%. Mais pessoas pretas (18,0%) e pardas (10,2%) sofreram com este tipo de violência do que pessoas brancas (13,4%).

“Considerando o rendimento domiciliar per capita, o grupo com menor rendimento apresentou um percentual maior de vítimas: 15,2% das pessoas sem rendimento até 1/4 do salário mínimo, em comparação a 10,5% das pessoas com mais de 5 salários mínimos”, destaca a pesquisa.

Violência física

A PNS estimou que 17 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram violência física nos 12 meses anteriores à entrevista, o que representa 2,8% da população. O percentual de vítimas do sexo feminino foi de 3,4%, enquanto o dos homens, 2,2%.

Violência sexual

Para as pessoas que responderam que não sofreram agressão sexual nos últimos 12 meses, foi perguntado se ela sofreu essa violência alguma vez na vida. Considerando essas duas perguntas, estima-se que 25 mil pessoas de 18 anos ou mais de idade foram vítimas de violência sexual, independentemente do período de referência, o que corresponde a 4,3% desta população, 2,6% dos homens e 5,9% das mulheres.

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Internações por covid na UTI e enfermarias estão em queda no Acre, diz subsecretária de Saúde

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Ala Covid-19 no Acre – Foto: Odair Leal/Secom/arquivo

A subsecretária de Saúde do Acre, Paula Mariano, disse em entrevista que o número de internações por covid-19 vem diminuindo consideravelmente nos últimos dias.

A notícia tem a ver com a ocupação de leitos comuns e da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“Temos percebido uma diminuição satisfatória nos últimos 15 dias no Pronto-Socorro e no Into, além de uma queda no número de internações também em Cruzeiro do Sul, no Hospital de Campanha”, disse Paula.

Na última quarta-feira (5) o Into registrou 11 leitos disponíveis de UTI, e o PS desocupou outras 7 vagas. Em Cruzeiro do Sul, 6 leitos estavam disponíveis.

No maior hospital de referência do Acre, apenas 49 leitos de enfermaria, dos 160 disponíveis, estavam ocupados na data.

De acordo com o consórcio de veículos de imprensa do Brasil, o Acre está em queda no número de novas mortes pela doença.

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