Falhas no hospital de Xapuri podem resultar em catástrofe, diz Sindmed

Por Raimari Cardoso

O Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) informou que denunciará ao Corpo de Bombeiros e ao Ministério Público do Estado (MPE) o gestor do Hospital Epaminondas Jácome, em Xapuri, por permitir extintores vencidos desde 2017 e cilindros de oxigênio espalhados pelas enfermarias, potencializando risco de explosão. A situação foi flagrada na tarde da última quinta-feira, 19, em uma visita de rotina.

O Sindmed ainda diz que foram constatadas falhas como infiltrações, mofo espalhado por todo o prédio e deficiência na rede elétrica, como a falta de luz no pronto-socorro. A situação chamou a atenção dos representantes da entidade que temem uma catástrofe.

Segundo o diretor do Sindmed, Alberto Soares, o prédio é antigo e parece nunca ter passado por revitalização, mantendo a estrutura original desde a inauguração, em 1967. Assim, o temor é que possa existir alguma sobrecarga de energia, causando curto e um incêndio, o que resultaria em um desastre devido à falta de saídas de incêndio, extintores, luzes de emergência e possíveis explosões devido a existência de cilindros nas enfermarias.

“Para verificar todos os problemas, vamos solicitar aos Bombeiros uma vistoria e uma possível interdição do ambiente, além da responsabilização do gestor por manter todo o espaço sem a devida recuperação e adequação”, alegou o diretor sindical.

O hospital ainda sofre com a falta de medicamentos, como metronidazol, transamin, metilergometrina, além de equipamentos como o laringoscópio, oxímetro, sonar, otoscópio.

ac24horas entrou em contato com o diretor do hospital, o enfermeiro Josimar dos Santos. Ele confirmou que os extintores estão todos vencidos e que a reposição já foi solicitada várias vezes à Sesacre. Quanto aos cilindros de oxigênio ele discordou do que afirma o sindicato dos médicos.

“Os cilindros que ficam no setor enfermarias são somente os que estão em uso por pacientes. O restante fica em local atrás da unidade, escolhido segundo orientado pela empresa que entrega os mesmos”, explicou.

O gestor também disse que algumas providências solicitadas pelo sindicato são atendidas de imediato pelo próprio hospital e que quando a demanda não está ao alcance da unidade, os problemas são oficializados à Sesacre.

“Temos oxímetro, otoscópio e sonar. Laringoscópio falta uma lâmina para poder funcionar. Mas já solicitamos da Sesacre”, concluiu.

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Da Redação