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Ex-gerente da Petrobras diz que PT recebeu até 200 milhões de dólares em propina

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10 anos atrásem
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Alexandre LimaAs novas informações surgem no mesmo dia em que foi deflagrada mais uma fase da Operação Lava Jato da Polícia Federal.
iG
ex-gerente de Engenharia Petrobras José Barusco Filho afirmou, em depoimento concedido como parte de um acordo de delação premiada, que o PT teria recebido entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões em propina entre 2003 e 2013. As declarações do ex-gerente colocam novamente o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, no centro das investigações, ao declarar que o petista participava do esquema de pagamento de propina na estatal. O dinheiro usado nos pagamentos, segundo o delator, teria saído de 90 contratos da estatal.
O depoimento de Barusco foi prestado em novembro passado, em Curitiba, e tornado público nesta quinta-feira pela Polícia Federal. “Indagado pelo Delegado de Polícia Federal sobre quanto João Vaccari Neto recebeu em nome do partido dos Trabalhadores – PT, por conta dos aproximadamente 90 (noventa) contratos firmados com a Petrobrás ao longo dos anos de 2003 a 2013, (Barusco) afirma que, considerando o valor que o declarante recebeu a título de propina, que foi de aproximadamente US$ 50 milhões, estima que foi pago o valor aproximado de US$ 150 a 200 milhões de dólares ao Partido dos Trabalhadores – PT, com a participação de João Vaccari”, diz o termo do depoimento.
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Busca por restos mortais de 100 mil escravizados começa em Salvador

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14 de maio de 2025Por
Da RedaçãoCorpos de escravizados e pessoas à margem da sociedade teriam sido sepultados como indigentes em cemitério redescoberto

Reprodução
A pesquisa que identificou um cemitério de escravizados do século 18, que desapareceu do mapa de Salvador (BA), dá início, na tarde desta quarta-feira (14/5), ao procedimento de busca arqueológica pelos restos mortais de, aproximadamente, 100 mil corpos de negros africanos, pobres, encarcerados e suicidas que podem ter sido sepultados como indigentes. A procura ocorre no estacionamento da Pupileira, no bairro de Nazaré.
De acordo com a pesquisadora Silvana Oliveiri, que é responsável pela identificação do cemitério no terreno pertencente à Santa Casa de Misericórdia da Bahia, a expectativa é de que a busca arqueológica encontre os restos mortais de 80 mil a 150 mil pessoas no local.
Ela conta que não sabia da existência do cemitério, mas que passou a despertar para essa possibilidade quando viajou para Belém, no Pará, e descobriu um cemitério de indígenas e indigentes em uma região que é popular pela aparição de visagens. Quando retornou à Salvador, passou a vasculhar livros de história e de arquitetura, quando se deparou com mapas que indicavam a existência de um espaço similar na cidade.
“Nossa pesquisa, que era sobre a localização do espaço fúnebre, acabou servindo também para que as pessoas soubessem que esse local existia em Salvador. Houve um apagamento brutal desse lugar e, agora, nós vamos dar esse primeiro passo grande e irreversível rumo a reparação”, destaca.
A arqueóloga Jeanne Almeida, que vai ser uma das responsáveis pelas escavações, detalhou o passo a passo das buscas, que deve durar 10 dias. “Na tarde de hoje, vamos fazer a marcação e fazer a retirada da camada inicial de terra. A partir de agora, vamos trabalhar até conseguir localizar os indivíduos que estamos buscando. Já escolhemos locais pontuais de acordo com a maior potencialidade arqueológica e são neles que vamos fazer as intervenções”, conta.
Os pesquisadores vão atuar das 7h às 16h nos dias de semana e das 8h às 12 no sábado. Segundo Jeanne, a alta intensidade das buscas é proporcional ao desejo de revelar à sociedade o que pode ser o mais antigo cemitério de escravizados do Brasil e o maior da América Latina.
“Espero que a gente possa trazer para a sociedade essas evidências para atualizar a discussão sobre o racismo e a discriminação social. Que a gente possa trazer a sociedade para discutir esse estigma e, através disso, trazer estratégias de reparação”, finaliza Jeanne Almeida.
Fonte: correio24horas
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Corante deixa córrego e animais azuis após acidente com carreta

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14 de maio de 2025Por
G1Produto químico atingiu ruas e o córrego no Jardim Tulipas, em Jundiaí (SP). Pigmento também tingiu a plumagem de patos e gansos. Quatro animais foram resgatados

Imagens de drone mostram córrego azul após carreta bater em poste e derramar corante em Jundiaí (SP) — Foto: Régis Rosa/TV TEM
Imagens captadas por drone mostram o Córrego das Tulipas tomado pelo corante azul que derramou de uma carreta após um acidente em Jundiaí (SP), nesta terça-feira (13). O pigmento também acabou tingindo a plumagem de patos e gansos que vivem no local. Quatro animais precisaram ser resgatados.
No vídeo, é possível ver a água do córrego com uma forte coloração azulada (veja acima). O corante é utilizado para tingir embalagens, como caixas de ovos, e tem odor forte. Segundo apurado pela TV TEM, o motorista estava fora do veículo quando o caminhão desceu e atingiu o poste.
A Associação Mata Ciliar, entidade que desenvolve diversas ações para a conservação da biodiversidade e que tem parceria com diversas prefeituras da região, informou que três gansos e um pato foram resgatados e passaram por procedimentos de desintoxicação.
A equipe da associação também procura por capivaras que costumam ficar na área e que também podem ter sido atingidas pela substância. Na manhã de quarta-feira (14), foram encontrados peixes mortos no córrego. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o Grupo de Resposta a Animais em Desastres disse que equipes estão empenhadas no resgate e tratamento dos animais atingidos.

Patos e gansos ficaram azuis após carreta derramar corante em córrego de Jundiaí (SP) — Foto: Arquivo Pessoal
De acordo com a prefeitura, o acidente provocou o fechamento total da via na entrada do Jardim Tulipas, pois parte da carga também foi derramada na pista. O trecho foi liberado na manhã desta quarta-feira (14).
A Cetesb informou que foi acionada e que acompanha o atendimento à ocorrência. “Ações emergenciais foram adotadas para limpeza e contenção do produto, que chegou na via púbica. O impacto do corante no Córrego alterou as características da água, como a sua cor, e foi observada a mortandade de peixes“.
Segundo Domênico Tremaroli, gerente geral da Cetesb, o impacto ambiental é grande, mas deve ser amenizado pelos trabalhos de contenção da substância realizados pela autarquia. “Como o córrego deságua no Rio Jundiaí, a substância já chegou lá. Foram cerca de 2 mil litros de corante despejados na água. Com relação aos animais, não é esperado nenhum efeito maior do que apenas a tintura nas penas. Já na água, nós estamos trabalhando para diminuir o impacto.”
Nesta quarta-feira (14), técnicos da agência continuam os trabalhos de fiscalização e o monitoramento do local.
Em nota, a CPFL informou que equipes da companhia foram até o local para ajudar na remoção do veículo e na substituição do poste nesta quarta-feira (14). A autarquia disse que o abastecimento de energia deve ser interrompido durante os trabalhos, mas que o ocorrido não afetou o serviço para os clientes.
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Corpo de Santa é exposto ao público na Espanha mais de 400 anos após sua morte

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14 de maio de 2025Por
G1Corpo da freira espanhola se encontra em bom estado de conservação. Sua tumba é guardada a dez chaves

Corpo de Santa Teresa d’Ávila é exposto em basílica em Alba de Torres, na Espanha, 443 anos após sua morte — Foto: Cesar Manso/AFP
Centenas de fiéis compareceram a uma basílica na cidade de Alba de Tormes, na Espanha, a cerca de 200 km de Madri, para a exibição do corpo de Santa Teresa d’Avila (1515-1582).
Os restos da santa, uma freira carmelita, encontram-se notavelmente em bom estado de conservação — com a ajuda do clima seco e árido da península Ibérica —, 442 anos após sua morte.
Esta é a primeira vez que o corpo se encontra em exibição em 111 anos, sendo a terceira após sua morte: as outras duas vezes ocorreram em 1760 e 1914. Ele ficará exposto na basílica da Anunciação de Nossa Senhora do Carmo na cidade, próxima a Salamanca, até o dia 25, quando deverá retornar para a cripta.
Guardada a 10 chaves
Teresa d’Ávila é guardada a 10 chaves em um túmulo da Espanha — três estão com as Carmelitas Descalças, três com o padre geral das Carmelitas em Roma, três com o Duque de Alba, e uma com o rei. O esquema de segurança existe desde o século 17.
Cada conjunto de chaves abre uma parte do túmulo: a grade, o cofre de mármore e o cofre de prata. Todo o processo de abertura foi feito no fim de agosto e precisou de uma autorização do Papa Francisco.
Seu túmulo havia sido aberto em 2024 para estudos, com o auxílio de cientistas e médicos italianos. As relíquias incluem o corpo, o coração, um braço e uma mão da santa.
As relíquias têm grande importância para a Igreja Católica, pois representam a presença física e espiritual de um santo na Terra. Segundo a crença, elas estabelecem uma conexão com o mundo divino e são objetos de veneração por parte dos fiéis.
A santa

Corpo de Santa Teresa d’Ávila é exposto em basílica em Alba de Torres, na Espanha, 443 anos após sua morte — Foto: Cesar Manso/AFP
Santa Teresa de Jesus nasceu em Ávila, na Espanha, em 1515. Ela foi enviada para um internato durante a adolescência, onde resolveu seguir a vida religiosa.
Aos 20 anos, decidiu ir para o Convento da Encarnação. Para isso acontecer, precisou fugir de casa, já que o pai dela não aprovava ideia.
Ainda jovem, a santa sofreu de uma doença grave. Ela chegou a ser mandada para uma curandeira famosa, mas o tratamento piorou suas condições de saúde.
Teresa chegou a ser dada como morta. A santa conta, no entanto, que conseguiu se recuperar por intercessão de São José.
Ao longo da carreira religiosa, Teresa fez uma série de reformas e fundou conventos na Espanha. O trabalho dela foi essencial em uma época de transformações dentro da Igreja Católica, contribuindo para a revitalização da ordem carmelita e influenciando diretamente as reformas do período.
Ela também escreveu diversas obras, sendo o “Livro da Vida” uma das mais famosas. Na publicação, ela relata as visões e tentações que teve.
O trabalho e a espiritualidade fizeram com que ela fosse canonizada pelo Papa Gregório XV, em 1622. Já na década de 1970 ela foi nomeada a primeira mulher “Doutora da Igreja” pelo Papa Paulo VI.
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