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“Enxugar gelo no molhado”, diz Ulysses sobre a atual política nacional de Combate aos Crimes Transfronteiriços

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Em artigo publicado pelo blog do Fausto Macedo, no Estadão deste sábado, 5, o deputado federal, Coronel Ulysses, do União/AC, 2º vice-presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, afirma que o enfrentamento aos crimes transfronteiriços carece de política nacional capaz de promover a verdadeira integração dos esforços dos entes e dos diversos órgãos que, direta ou indiretamente desenvolvem, ou articulem ações e estratégias nas faixas de fronteira.

O parlamentar tira essa conclusão a partir da primeira audiência pública da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, da Câmara dos Deputados, realizada recentemente sobre a temática.

O encontro teve a participação de representantes de órgãos estratégicos de unidades federadas do País encarregados das políticas locais atinentes ao tema. Ainda se fizeram presentes os fundadores do programa Guardiões da Fronteira e os representantes dos órgãos federais – Forças Armadas, Ministério da Justiça e Segurança Pública, Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Polícia Federal e Receita Federal – que possuem responsabilidades constitucionais em relação à segurança e a fiscalização fronteiriça.

O debate, segundo o deputado, centrou no esforço desempenhado individualmente pelos órgãos para promover estratégias (eficazes) capazes de possibilitar a mínima efetividade para se alcançar êxito ante ao desafio de assegurar a vigilância dos 16.885,7 quilômetros na faixa de fronteira do Brasil com 10 países da América do Sul.

“Porém, no debate, constatou-se que, infelizmente, o esforço desses órgãos tem sido “um enxugar gelo no molhado”. E por quê? A razão é simples: os recursos – de todos os entes federados – são parcos, ou melhor, ínfimos, para superar as adversidades e reduzir um problema que só se agrava com o passar dos dias”, afirmou.

O deputado avalia que, ou o Estado brasileiro investe para atingirmos a eficiência no combate aos crimes transfronteiriços, ou ficará cada vez mais refém de grupos criminosos organizados que agem em nossas fronteiras.

“O Estado se tornará refém dos criminosos caso insista, como tem feito, em não patrocinar a efetiva vigilância nos modais terrestres, aéreo e fluvial de forma mais integralizada. O que se vê na atualidade é uma gritante falta de coordenação estratégica de ações, carência de insumos básicos (embarcações, por exemplo) em áreas de extrema complexidade”, acrescenta.

Para Ulysses, ocorreram no governo Bolsonaro avanços significativos na segurança das áreas fronteiriças através dos Programas de Proteção Integrada de Fronteiras e Guardião das Fronteiras.

“Porém, no atual governo, percebe-se certo desleixo nesse setor. Há carência de recursos financeiros – repita-se, são ínfimos diante da complexidade do problema – e logísticos, além da falta coordenação nacional das estratégias e ações, para o enfrentamento aos crimes transfronteiriços”, enfatiza.

Por fim, ele diz que, contudo, o debate concluiu que medidas urgentes devem ser adotadas para solucionar o problema. Eis as principais delas:

– Aumentar os recursos destinados pelo Programa Guardiões da Fronteira aos Estados que adotam politicas locais de enfrentamento aos crimes transfronteiriços, bem assim, viabilizar alteração na legislação federal – Lei 12.855/2013, que institui a indenização devida a ocupante de cargo efetivo das Carreiras e Planos Especiais de Cargos que especifica em exercício nas unidades situadas em localidades estratégicas vinculadas à prevenção, controle, fiscalização e repressão dos delitos transfronteiriços – no sentido de possibilitar que a União arque com auxílio pecuniário destinado a prestigiar os operadores de segurança estaduais que atuam na faixa de fronteira;

– Implantar Centros de Comando e Controle nos três arcos fronteiriços, a fim de estabelecer a coordenação integrada dos órgãos federais e estaduais que atuam na faixa de fronteira, bem como, potencializar a estrutura atual do Centro Nacional de Comando e Controle do Ministério da Justiça e Segurança Pública, para promover a gestão estratégica das ações, por meio do Sistema CORTEX;

– Os Estados que integram a faixa de fronteira e possuem população carcerária superior às médias nacionais, em razão da política local de enfrentamento promovido aos crimes transfronteiriços, ou seja, ao combate ao narcotráfico internacional de armas e substâncias entorpecentes, deveriam receber maior gama de recursos do Fundo Nacional Penitenciário ou a própria União arcar com a custódia dos infratores encarcerados;

– As Forças Armadas assumirem, por meio da Operação Ágata, a vigilância ininterrupta de bases permanentes de fiscalização na Faixa de Fronteira, com postos de controle de trânsito e patrulhamento fluvial, em caráter permanente, em todas as vias terrestres e fluviais
que permitem acesso a países fronteiriços;

– Investir em tecnologias de cercamento eletrônico de rodovias vinculadas aos Centros de Comando e Controle Regionais e viabilização de recursos orçamentários e financeiros, em caráter de urgência, para implantação definitiva do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira do Exército Brasileiro-SISFRON.

“Insisto, mais uma vez: que urge ao Legislativo promover o aprimoramento das leis afetas à matéria, pois é preciso readequar competências institucionais e garantir aos Estados condições normativas para promoção de políticas locais de segurança; é, também, indispensável se assegurar nos próximos orçamentos da União verba específica à política de enfrentamento aos crimes transfronteiriços.
Se assim não o fizermos, há o risco do país se transformar efetivamente em um narcoestado”, finaliza.

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Ação das polícias na fronteira soluciona assalto na Bolívia

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Investigações levaram os policiais até o quinteto que foram identificados e presos, mas, após serem ouvidos, foram liberados.

Uma operação conjunta entre as polícias Civil e Militar do Acre, resultou na identificação dos envolvidos em um assalto ocorrido na manhã desta quarta-feira (15) em Cobija, na Bolívia.

O crime aconteceu em plena luz do dia na Avenida Internacional, onde dois indivíduos em uma motocicleta abordaram a vítima, apontaram uma arma e levaram uma bolsa contendo aproximadamente 19 mil bolivianos, cerca de 14 mil reais.

A vítima aguardava uma pessoa com quem havia combinado, por telefone, uma troca de reais por bolivianos. A investigação revelou que o contato foi feito por uma mulher de 17 anos. O crime foi registrado por câmeras de segurança no lado boliviano da fronteira.

Ao todo, cinco pessoas estão envolvidas no crime: quatro homens e a adolescente. Além dos dois assaltantes, outros dois forneceram apoio logístico após o assalto. Todos foram identificados, localizados e levados à delegacia para depoimentos.

Apesar de terem sido recuperados cerca de 4 mil bolivianos do montante roubado, os suspeitos não foram presos em flagrante e, após serem ouvidos, foram liberados. Eles deverão se apresentar à justiça posteriormente.

Matéria relacionada:

Veja vídeos: Brasileiro é vítima de assalto à luz do dia em avenida de Cobija, na Bolívia

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Acidente entre veículos na Estrada do Pacífico quase termina em tragédia

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Fiat invadiu a contra-mão na curva e bateu na lateral do Chevrolet o fazendo cair no barranco.

Era por volta das 15:40 desta quinta-feira, dia 16, quando dois veículos se envolveram em um acidente que por pouco não termina em tragédia na BR 317 (Estrada do Pacífico), no quilometro 5, em uma curva que dá acesse a reta onde ocorreu outro acidente fatal no domingo passado.

No local, um veículo modelo Fiat/Mob, placa SHA2I52, que ia sentido cidade de Brasiléia vindo de Assis Brasil, colidiu na lateral de um Chevrolet/Tracker, placas SJA7C24, que ia sentido contrário. A batida na lateral fez com a SUV caísse em um barranco e por pouco capotasse com os dois passageiros.

Segundo foi levantado no local, o senhor Antônio Venâncio, que é representante comercial de uma empresa de ração do estado de São Paulo, estava se deslocando para o km 10, onde teria uma reunião com um cliente. Já o condutor do Fiat, Gustavo Castro, retornava da cidade de Assis Brasil na companhia de um amigo.

Na versão de Antonio, o representante comercial, ao acessar a curva percebeu que o Fiat vinha invadindo sua pista e ainda teria tentado desviar, mas o choque na lateral foi inevitável, fazendo com que perdesse o controle e foi rumo ao barranco saindo da estrada.

“Ainda bem que estávamos a uns 60km por hora. Caso estivéssemos com mais velocidade, talvez teria sido mais grave”, destacou o representante comercial. Já o condutor do Fiat, ainda estava assustado com o acontecido e se recuperava do susto.

Policia Rodoviária Federal esteve no local e orientou os condutores.

Por um milagre, todos saíram ilesos do acidente, registrando apenas danos materiais dos veículos e deveriam acionar os seguros para poder fazer os consertos. Uma viatura da Policia Rodoviária Federal – PRF, que fazia fiscalização na BR, chegou no local e realizou os procedimentos relacionado ao incidente.

Como não houve feridos ou vítimas fatais, os envolvidos foram liberados para que dessem início aos procedimentos relacionado ao acidente. O Fiat foi retirado do meio da pista com ajuda de um caminhão e o Chevrolet que é de uma locadora, seria acionada para buscar o veículo.

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Vândalos que apedrejaram ônibus são identificados e nenhum é preso

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Por Sandra Assunção

A Polícia Militar identificou os suspeitos de terem apedrejado dois ônibus que faziam o percurso entre Cruzeiro do Sul e Rio Branco na BR-364, nos dias 23 e 24 de abril. O caso aconteceu na comunidade São João, que fica no município de Tarauacá.

Como os suspeitos não foram pegos em flagrante delito, não foram presos e a PM de Cruzeiro do Sul entregou um relatório na Delegacia Geral de Policia Civil de Tarauacá.

No primeiro caso, o ônibus estava se deslocando de Cruzeiro do Sul para Rio Branco.

No segundo, o veículo fazia o percurso contrário. Após receber denúncias, a Polícia Militar de Cruzeiro do Sul foi até o local e conseguiu identificar os suspeitos.

“As informações indicavam que veículos estavam sendo apedrejados na BR-364, nas proximidades da comunidade São João. Enviamos policiais militares para a região e foi possível identificar os autores da infração penal”, citou o comandante da PM de Cruzeiro do Sul, Tenente-coronel Edvan Rogério.

Nenhum passageiro ficou ferido nos ataques aos ônibus. Não há informação sobre a motivação para o caso, sendo que uma das hipóteses é que o objetivo era parar os ônibus para a realização de assaltos.

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