Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo • Paulo Guereta/Governo do Estado de SP
Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo • Paulo Guereta/Governo do Estado de SP
A posse do ministro Edson Fachin como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (29), reuniu autoridades dos Três Poderes e governadores de diferentes espectros políticos, mas chamou atenção a ausência do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que não compareceu nem enviou representante — apesar de estar em Brasília no mesmo dia.
Pouco antes da cerimônia no STF, Tarcísio visitou o ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre pena em regime domiciliar.
Na porta do condomínio, o governador justificou a visita como um gesto pessoal: “Foi uma visita de cortesia. Estou visitando um amigo, uma pessoa importante, tenho consideração. Amigos são amigos em momentos bons e ruins. O presidente está passando por um momento difícil. Estamos aqui para prestar apoio, sem nenhum tipo de interesse”, disse.
Entre os governadores de oposição, estiveram Romeu Zema (MG), Cláudio Castro (RJ), Ronaldo Caiado (GO) e Eduardo Leite (RS) estiveram presentes na cerimônia.
Ratinho Jr (PR), que está fora do país, foi representado pelo governador em exercício. Ibaneis Rocha (DF) enviou a vice-governadora Celina Leão.
A ausência de Tarcísio, que tem evitado se posicionar publicamente sobre temas ligados ao Judiciário, ocorre em um momento de forte tensão institucional e pode ser interpretada como um gesto político.
A cerimônia marca o início do biênio 2025-2027 sob comando de Fachin, com Alexandre de Moraes como vice-presidente. O evento teve discursos de autoridades, execução do hino nacional e assinatura dos termos de posse.
Fachin, conhecido pelo perfil técnico e discreto, deve adotar uma gestão marcada pela institucionalidade e pelo espírito colegiado.