Enfermeiro espera a cinco meses por remédio do Estado para tratar doença degenerativa

Raimundo mostra os exames que fez até descobrir a doença que pode atingir seus filhos – Foto: Alexandre Lima

Alexandre Lima

Vídeo: Marcus José e Marquinho Filho

A cerca de sete meses atrás, o técnico em enfermagem começou a perceber um cansaço no corpo e a língua pesada, fato esse que até lhe causou desconforto no local de trabalho por comentários de terceiros, por achar que o mesmo poderia estar trabalhando sob efeito de álcool no hospital de Brasiléia.

Foi quando Raimundo Rodrigues do Nascimento, de 47 anos, iniciou uma bateria de exames pelo corpo para tentar descobrir que estaria lhe causando esses problemas. Quando recebeu o diagnostico definitivo, viu que estaria mudando por completo sua vida.

O físico vivo, Stephen Hawking, descobriu a doença debilitante aos 21. Foi diagnosticado com Esclerose lateral amiotrófica (ELA).

Raimundo descobriu que está com uma doença rara e degenerativa, que irá lhe tirar os movimentos do corpo até ficar de vez numa cadeira de roda ou numa cama. O enfermeiro soube que está desenvolvendo uma doença rara que atinge um em cada 100 mil.

O mais renomado físico vivo, Stephen Hawking, descobriu que tem a doença debilitante e sem cura. Aos 21, foi diagnosticado com Esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença degenerativa do sistema nervoso, que acarreta paralisia motora progressiva e irreversível.

É difícil exagerar a letalidade dessa doença, afinal, a ELA traz primeiro fraqueza muscular e, então, paralisia, interrompendo a capacidade de falar, engolir e até mesmo de respirar.

Casa e a moto que Raimundo está vendendo para comprar o remédio. Contato: 9962-1237

A Associação ELA diz que a média de vida de alguém diagnosticado com a doença é entre dois a cinco anos. Mais de 50% vive até depois do terceiro ano, 20% consegue depois do quinto ano. A partir daí, o número cai. Menos de 5% sobrevive depois de duas décadas.

Diante da notícia, Raimundo iniciou a busca pelo tratamento e soube que, o remédio Riluzol, que serve para o retardo do avanço da doença, não existe no Estado e deve ser fornecido pela Secretaria de Saúde do Acre, através do Sistema Único de Saúde – SUS.

Raimundo está a espera do remédio que poderá retardar que a doença que poderá paralisar seu corpo – Foto: Alexandre Lima

Pare seu desespero, está a cinco meses a espera do remédio, onde uma caixa com 60 capsulas custa cerca de R$ 1.080 reais, sendo que necessita de duas por mês. “Estou preocupado, pois tenho dois filhos e essa doença pode ser hereditária, segundo os médicos”, disse Raimundo.

Em sua luta para poder obter o remédio nestes meses, já procurou o Ministério Público, onde recebeu respostas dizendo que num prazo de 20 dias, estaria em suas mãos mas, não chegou até agora. Além do remédio, Raimundo irá precisar de acompanhamento de um psicólogo, fonoaudiólogo e um neurologista.

Para poder continuar o tratamento por conta própria, Raimundo está se desfazendo de uma casa e uma moto, e poder comprar os remédios. O jornal oaltoacre.com, entrou em contato com a Assessoria da Sesacre, que se prontificou em dar retorno sobre o caso mais breve possível.

VEJA VÍDEO REPORTAGEM ACIMA.

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