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Brasil

Em vídeo, Marcola revela como mediou rebelião e se tornou líder do PCC

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Em conversa com advogado, líder máximo do PCC fala sobre como atuava para controlar massa carcerária e revela motivo para assumir facção

O líder máximo do PCC foi condenado a 152 anos de prisão por causa de oito homicídios, ocorridos durante uma rebelião, em fevereiro de 2001 no Carandiru, zona norte paulistana. Foto: captada

Por Alfredo Henrique/Metrópolis

Em conversa com o advogado de defesa, gravada em vídeo, obtido pelo Metrópoles, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, fala sobre o papel que exercia de mediador de conflitos, quando ainda cumpria pena em São Paulo, e como se tornou o líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele também menciona a “amizade” com um diretor do Carandiru, palco da maior matança da história do sistema carcerário paulista, promovida por agentes estatais.

No registro, feito em 2022, Marcola comenta sobre a atuação dele para apaziguar os ânimos no sistema prisional, a pedido do diretor do Carandiru na ocasião, Guilherme Silveira Rodrigues. Atualmente aposentado, o ex-diretor foi procurado pela reportagem, sem sucesso. O espaço segue aberto para manifestações.

“Esse diretor, ele sempre gostou de mim como um filho. Porque eu conseguia acalmar toda a cadeia dele, que era [ocupada] por muito assassino junto. Não morria ninguém, não acontecia nada quando eu estava lá. Então, ele me tratava mesmo muito bem.”

Marcola conta que, na suposta conversa com o diretor do presídio, afirmou que iria “segurar as pontas” em relação ao controle da massa carcerária, “mas com uma condição”: a transferência dele para outro estado. “Esse doutor Guilherme conseguiu, [indo] atrás da Secretaria da Segurança Pública [SSP], uma transferência para mim em Ijuí, no Rio Grande do Sul.”

Veja vídeo:

Estratégia de defesa

Marcola fala ao advogado a respeito de Guilherme Silveira e conta o motivo pelo qual o defensor deve procurar o ex-diretor de presídio. A ideia é convidá-lo a testemunhar favoravelmente ao nº 1 da facção em um processo de homicídio em que Marcola e o advogado traçam uma estratégia de defesa.

O líder máximo do PCC foi condenado a 152 anos de prisão por causa de oito homicídios, ocorridos durante uma rebelião, em fevereiro de 2001 no Carandiru, zona norte paulistana. Apesar de não ter concretizado a chacina, a Justiça acolheu denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), que apontou Marcola como mandante dos assassinatos. As vítimas eram integrantes da facção rival Seita Satânica.

Na época das mortes, Marcola já estava no sistema carcerário gaúcho, dois dias antes da deflagração da primeira megarrebelião, promovida pelo PCC em 29 presídios paulistas. Oficialmente, atribuiu-se à transferência dele e de outras lideranças da facção o motivo para o motim generalizado – argumento refutado por Marcola ao advogado.

“Eu que fiz esse pedido [de transferência], junto com ele [Guilherme Silveira]. Mas aí falam que as rebeliões foram uma retaliação para a minha transferência para Ijuí, sendo que eu que pedi para ir [para lá].”

Marcola diz ainda que, após atribuírem-lhe responsabilidade pela rebelião, além das mortes, ele foi mantido “só trancado”, por um ano, na Penitenciária Federal da Papuda (DF), onde permaneceu confinado até 9 de fevereiro de 2002.

Execução da esposa

Após isso, ele retornou ao sistema carcerário paulista, onde soube, em 22 de outubro do mesmo ano, do assassinato de sua então esposa, a advogada Ana Maria Olivatto Herbas Camacho, de 45 anos. Marcola atribui o homicídio da companheira a “esses aí”, referindo-se a pessoas ligadas a dois fundadores do PCC: José Márcio Felício, o Geleião, e César Augusto Roriz da Silva, 0 Cesinha.

Geleião também fez uma delação premiada, em 2003, num momento no qual esse dispositivo não era comum no Brasil. Isso, aliado à morte da companheira, balançou Marcola.

“Aí que me tornei o chefe no negócio, porque antes disso eu não era chefe de nada, eu não era nem líder.”

Pessoas ligadas à morte de Ana Olivato foram encontradas por parceiros de Marcola e mortas.

Cesinha e Geleião foram depostos do PCC em 2002, a mando de Marcola, que passou a considerá-los inimigos. Cesinha foi assassinado em 2006. Geleião morreu de Covid-19 em maio de 2021.

Desde então, Marcola mantém o posto máximo da maior facção criminosa do Brasil, na qual implementou um esquema empresarial, que gera bilhões de reais anualmente, por meio do tráfico internacional de cocaína.

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Brasil

Governo vai propor isenção de energia para até 60 milhões de pessoas

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O governo federal deve enviar ao Congresso Nacional, ainda neste semestre, um projeto de lei de reforma do setor elétrico brasileiro. Entre as propostas, está a ampliação da tarifa social, que hoje oferece descontos no pagamento da conta de energia para indígenas, quilombolas, idosos que recebem Benefício de Prestação Continuada (BPC) e famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal com renda até meio salário único.

A ideia é que haja uma isenção de pagamento de tarifa de energia elétrica para essas populações caso elas consumam até 80 kWh por mês, o que chegaria a 60 milhões de pessoas no país.

Atualmente, a isenção completa do pagamento em caso de consumo de até 50 kWh vale para indígenas e quilombolas, enquanto os idosos com BPC e as famílias do CadÚnico têm direito a descontos escalonados de até 65%, caso o consumo seja menor que 220kWh.

“Mais de 60 milhões de brasileiras e brasileiros serão beneficiados com a gratuidade de energia do consumo até 80 gigawatt por mês. Isso representa o consumo de uma família que tem uma geladeira, um chuveiro elétrico, ferro de passar, carregador de celular, televisão, lâmpadas para seis cômodos”, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em evento no Rio de Janeiro.

O ministro não explicou sobre o que será feito em relação aos descontos escalonados que hoje são aplicados para consumos até 220 kWh. Segundo ele, a ideia é subsidiar a política através da correção de “distorções internas do setor”.

“Se você vê o projeto como um todo, você vai ver que estamos fazendo ali uma completa e possível justiça tarifária, corrigindo as distorções dentro do setor. E isso não impacta praticamente o restante dos consumidores”.

Uma das distorções, de acordo com Silveira, é o pagamento sobre a segurança energética.

“O pobre paga mais que o rico na questão, em especial, da segurança energética, para se pagar Angra 1 e 2 e as térmicas. Só o pobre paga. Boa parte do mercado livre não paga por essa segurança energética ou paga pouco. Então, estamos reequilibrando essa questão do pagamento por parte do pobre, do mercado regulado e da classe média”.

Outra proposta do projeto de lei, que deverá ser encaminhada à Casa Civil da Presidência ainda este mês é dar mais liberdade de escolha para o consumidor, inclusive residencial, em relação à origem da energia que ele irá consumir.

“O cara vai poder comprar energia como compra em Portugal ou na Espanha. Ele escolhe a fonte energética que ele quer comprar, pelo celular. Ele vai poder escolher a fonte, o preço e ele vai poder pagar da forma que ele quiser. Pode pagar tanto através da distribuidora quanto pode emitir um boleto direto ou pagar pela internet”

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Brasil

Casa Branca esclarece que tarifas sobre a China chegam a 145%

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REUTERS

Produtos vindos da China para os Estados Unidos agora estão sujeitos a uma tarifa de pelo menos 145%, esclareceu a Casa Branca nesta quinta-feira (10).

A tarifa “recíproca” de 125% anunciada pelo presidente Donald Trump sobre a China na quarta-feira se soma à tarifa de 20% que já estava em vigor.
Não estava claro na quarta-feira se as tarifas eram aditivas. A Casa Branca afirmou na quinta-feira que sim.
Trump vinculou essa tarifa de 20% à imigração ilegal e ao fluxo de fentanil para os EUA, nos quais ele acusa a China de ter um papel.
Além disso, Trump também aumentou as tarifas sobre produtos com preço inferior a US$ 800 vindos da China para 120% a partir de 2 de maio.

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Brasil

Maior apreensão de cocaína em 15 anos no Tocantins: 565 kg escondidos em caminhão de melancias

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Operação conjunta prende 5 suspeitos de tráfico internacional e apreende armas e dinheiro; droga teria entrado no país por via aérea

Em uma das maiores operações contra o narcotráfico no Norte do país, a Polícia Federal e a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/TO) apreenderam 565 kg de cocaína escondidos em um caminhão que transportava melancias. A ação ocorreu nesta quarta-feira (9) em Fátima do Sul, região central do Tocantins.

De acordo com as investigações, a droga teria entrado no Brasil por via aérea antes de ser ocultada na carga de frutas. Além da cocaína – maior apreensão do tipo no estado em 15 anos -, os agentes encontraram:
• Dinheiro em espécie
• Veículos usados na logística do tráfico
• 5 armas de fogo (incluindo pistolas e carabinas com numeração raspada)

Cinco suspeitos foram presos em flagrante e encaminhados à Superintendência da PF em Palmas. Eles responderão por tráfico internacional, associação ao tráfico e posse ilegal de armas, com penas que podem somar mais de 47 anos de prisão. A identidade dos envolvidos não foi divulgada.

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