Em Porto Velho, vice-presidente prevê a prorrogação da Operação Verde Brasil 2

O vice-presidente argumentou que tem sido confirmado o máximo de apoio que vem sendo dado pelos governadores, a exemplo de Rondônia e Acre que tem empregado as forças policiais, Corpo de Bombeiros, órgãos de fiscalização auxiliando efetivamente e trabalhando lado a lado.

A Operação Verde Brasil 2 é coordenada pela vice-presidência da República. A missão visa ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais na Amazônia Legal.

da Secom/RO

O vice-presidente da República Hamilton Mourão acenou com a possibilidade de que seja prorrogada a Operação Verde Brasil 2, deixando claro que levará a proposta para a reunião do Conselho de Governo na terça-feira (9), quando apresentará ao presidente da República, Jair Bolsonaro, os resultados obtidos até o momento nas ações implementadas. Ele fez o anúncio durante coletiva de imprensa realizada na noite de domingo (7).

Mourão e os governadores do Acre, Gladson Cameli, e de Rondônia, Marcos Rocha, participaram de uma reunião na 17ª Brigada de Infantaria de Selva (17BIS), em Porto Velho, para discutir as ações da Operação Verde Brasil 2 em Rondônia, Acre e Sul do Amazonas.

Durante a coletiva não foram apresentados balanços da operação como quantidade de madeira apreendida, multas ou prisões. O prazo estabelecido para que a operação termine é o dia 10 de junho.

A Verde Brasil 2 visa realizar ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais na Amazônia Legal que engloba os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.

No dia 7 de maio foi publicado o Decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Diário Oficial da União em que o presidente Jair Bolsonaro autorizou o envio de tropas das Forças Armadas para combater focos de incêndio e desmatamento ilegal na região.

A Operação Verde Brasil 2 é coordenada pela vice-presidência da República, em apoio aos órgãos de controle ambiental e de segurança pública. A missão deflagrada pelo governo federal, em 11 de maio deste ano, visa ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais na Amazônia Legal.

Mourão e o governador do Acre, Gladson Cameli, participaram de uma reunião na 17ª Brigada de Infantaria de Selva (17BIS), em Porto Velho, para discutir as ações da Operação Verde Brasil 2 em Rondônia, Acre e Sul do Amazonas.

O vice-presidente da República acompanhou de perto as atividades da Operação Verde Brasil 2 na área de atuação do Comando Conjunto Príncipe da Beira (CCj PB) nos estados do Acre, Rondônia e Sul do Amazonas. Na oportunidade, foram apresentados os detalhes das atividades em andamento da operação, sendo destacada a integração entre as Instituições Federais e Órgãos de Segurança Pública e Fiscalização (OSPF).

Dentre as várias perguntas feitas pela imprensa, uma delas trouxe à tona a integração entre o governo do Estado e o Governo Federal para união de esforços com intuito de compor as medidas desenvolvidas na Operação Verde Brasil 2. O vice-presidente da República argumentou que tem sido confirmado o máximo de apoio que vem sendo dado pelos governadores, a exemplo de Rondônia e Acre que tem empregado as forças policiais, Corpo de Bombeiros, órgãos de fiscalização, ou seja, auxiliando efetivamente e trabalhando lado a lado.

Durante a explanação, Mourão dividiu a resposta com o governador Marcos Rocha que, de imediato, salientou e reforçou a integração, fazendo valer a missão do Conselho que é a de coordenar e integrar as ações governamentais relacionadas à Amazônia Legal. “O governo de Rondônia está unido. Em todas as ações temos reportado ao governo federal, e isso tem dado facilidade para que seja feito o planejamento adequado. Importante é estarmos unidos e combatendo as queimadas ilegais. Todos os órgãos do Estado estão disponíveis ao governo federal para trabalho em conjunto e que possam atuar em defesa da sociedade”, destacou o governador, aproveitando para enaltece as várias ações do governo do Estado que contam com grande apoio do Exército Brasileiro, bem como de outros órgãos, citando como exemplo o drive-thru realizado no sábado para a realização de testes rápidos da Covid-19.

É a segunda vez somente este ano que o vice-presidente general Mourão vem a Porto Velho. No início de maio, o vice-presidente, que naquele momento estava em exercício na presidência, esteve reunido com o governador Marcos Rocha e demais secretários de Estado, ocasião em que foi detalhado o planejamento elaborado pelo governo estadual, definindo propostas para a Amazônia rondoniense, com ênfase na defesa de importantes pilares que vão desde a conservação, proteção e desenvolvimento ambiental, ao ordenamento e regularização fundiária, bem como prevenção e combate aos incêndios florestais.

Planejamento

Ao tecer comentários durante a coletiva de imprensa sobre o planejamento para regiões afetadas, Mourão lembrou que no dia 23 de março, o Conselho Nacional da Amazônia Legal fez uma reunião, ocasião em que foram apresentadas as bases para o planejamento estratégico que está sendo realizado dentro das quatro Comissões (Integradora; Proteção; Preservação; e Desenvolvimento).

Ao mesmo tempo, conforme o vice-presidente, sete ações prioritárias foram decididas, entre elas a questão do combate imediato ao desmatamento, garimpo ilegal e as queimadas. “Obviamente, brevemente estaremos entrando na estação das queimadas e o nosso planejamento prevê essas operações até o final desse período de governo do presidente Jair Bolsonaro, ou seja, até 2022, porque na situação atual que estamos, onde ainda não temos uma regularização fundiária e ainda temos a carência do zoneamento econômico e ecológico, temos carência dos órgãos de fiscalização por falta de pessoal, é necessário que operações integradas dessa natureza sejam levadas em efeito para que possamos coibir as ilegalidades”, enfatizou.

A Operação Verde Brasil 2 tem apoio de agentes de fiscalização da Sedam, Batalhão da Polícia Ambiental (BPA), Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura e Serviços Públicos (DER), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), Defesa Civil, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Forças Armadas (Exército Brasileiro, Aeronáutica, Polícia Federal).

Antes da coletiva de imprensa, o vice-presidente da República esteve reunido juntamente com o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo; com o comandante Militar da Amazônia, general Theophilo Gaspar de Oliveira; com o comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva (17ª Bda Inf Sl), general Luciano Batista de Lima; com o governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha; com o governador do Acre, Gladson Cameli; bem como outras autoridades civis e militares.

“Entreguei para o vice-presidente da República um relatório das medidas de tolerância zero que o governo do Acre vem adotando contra o desmatamento ilegal e as queimadas em nosso estado. Reforçamos que é possível aliar o desenvolvimento com a preservação do meio ambiente e, por isso, não vamos admitir a destruição da floresta. Quem insistir, será rigorosamente punido”, enfatizou o governador do Acre.

Gladson solicita ajuda do governo federal no combate ao coronavírus e pede agilidade na aprovação de projetos de infraestrutura. Outros assuntos levantados por Gladson dizem respeito ao combate à pandemia do novo coronavírus e obras de infraestrutura. O gestor acreano pediu celeridade na aprovação de projetos e o envio de mais equipamentos para ampliar a estrutura da rede pública hospitalar.

“Entreguei também pedidos de solicitação para a liberação de projetos de obras na área de infraestrutura. Como a reconstrução de pistas dos aeródromos dos municípios isolados e manutenção de ramais. Solicitei ainda mais respiradores e fui informado que mais 30 equipamentos estarão chegando ao Acre nos próximos dias”, declarou.

Cameli aproveitou a oportunidade para relatar a situação de imigrantes que se encontram no município de Assis Brasil, na fronteira com Peru e Bolívia. O chefe do Executivo pediu apoio do governo federal, já que esta é uma responsabilidade da União.

“Falei ao general Mourão sobre a situação de centenas de estrangeiros que se encontram abrigados em Assis Brasil devido ao fechamento das fronteiras brasileira e peruana. O governo estadual e a prefeitura do município vêm arcando com a maior parte das despesas para manter estes imigrantes. Porém, sabemos que esta é uma responsabilidade do governo federal e fiz esse apelo ao general Mourão”, pontuou.

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Publicado por
Assessoria

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