Eleições poderão causar a maior onda de desincompatibilização já vista no Acre

Faltando pouco menos de 80 dias para encerrar o prazo final para que sejam realizadas as desincompatibilizações, ou seja, a data limite para que o candidato que tem função na administração pública deixe o cargo, o Acre apresenta dezenas de supostos pré-candidatos que irão cumprir este requisito.

Vários secretários, diretores, assessores e superintendentes de autarquias do governo do Acre são apontados como supostos candidatos a cargos eletivos.

Se confirmado, será uma das maiores ondas de desincompatibilização já vistas nos últimos tempos, abrindo vacância para vários setores da administração direta.

Dentre os fortes candidatos às vagas na Câmara Federal e Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) muitos são servidores do primeiro e segundo escalão do governo Tião Viana (PT).

Na formação do chamado ´chapão´ liderado pelo PT, são apresentados, em especulações de bastidores, nomes dos chamados super-secretários, aqueles que estão à frente de programas com forte apelo popular, como é o caso do secretário de Pequenos Negócios, José Carlos Reis, e do secretário de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar, Lourival Marques, o diretor do Instituto de Terras do Acre (Iteracre), Glenílson Araújo Figueirêdo, e o secretário de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens), Edvaldo Magalhães.

Há, também, outros secretários que são apontados como pré-candidatos, como é o caso do secretário da Fazenda, Mâncio Lima Cordeiro, e do secretário de Educação, Daniel Zen.

Todos estes fazem parte do chamado 1° escalão e são filiados a partidos como PT e PCdoB, os partidos linhas de frente da Frente Popular do Acre.

No segundo e terceiro escalão, também há nomes apontados como pré-candidatos, como é o caso do secretário-adjunto de Saúde, Iraílton Lima. Entre os nomes que não confirmam as intenções de candidatar-se, está o de Glenílson Araújo e Iraílton lima.

Glenílson Araújo, todavia, não descarta a possibilidade de disputar uma vaga para Aleac, caso o governador Tião Viana o solicite.

“Estou para ajudar; não assumi este projeto pensando em eleição, mas é o governador que decide”, diz.

Há exemplos de outras pessoas ligadas ao poder público municipal e ligados a órgãos federais, como é o caso do superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrário, Idézio Frank, que concorrerá à Câmara Federal pelo PT.

De acordo com a Lei de Inelegibilidades (Lei Complementar nº 64/1990), têm de deixar o cargo até seis meses antes da eleição (5 de abril de 2014) aqueles que são, dentre outros: ministros de Estado, chefes de órgãos de assessoramento direto, civil e militar da Presidência da República, magistrados, presidentes, diretores e superintendentes de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas, e as mantidas pelo poder público.

Da Contilnet

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Publicado por
Alexandre Lima