A economia do contracheque continua a ser a grande locomotiva do Estado, apesar da iniciativa privada ter experimentado certo grau de crescimento.
O Acre foi o terceiro maior em crescimento no número de milionários entre os Estados brasileiros nos últimos 10 anos. Em 2003, havia somente cinco acreanos com renda superior a US$ 1 milhão de dólares declarados à Receita Federal. Em 2013 este número passou para 17. Entre os maiores crescimentos, o Acre fica somente do Tocantins (510%) e Roraima (320%). Rondônia vem em quinto com 197%.
É o que mostra reportagem publicada neste domingo (18) pela “Folha de São Paulo”, apontando o Norte e Centro-Oeste como os novos “Eldorados” do Brasil. Dos 13 Estados que ampliaram sua quantidade de milionários, 8 são dos 10 que compõem estas duas regiões.
Esta mudança numa leve redução da riqueza concentrada no Sul e Sudeste aponta o bom crescimento pelo qual o interior do país passou nos últimos anos.
Este salto se deu sobretudo pela ampliação do agronegócio nas regiões, tornando-se grandes concentradoras da produção de grãos, mais o aumento na própria pecuária. Este boom de milionários no Acre chama a atenção por a cadeia econômica não ter sofrido muitas alterações na década pesquisada.
A economia do contracheque continua a ser a grande locomotiva do Estado, apesar da iniciativa privada ter experimentado certo grau de crescimento. A produção bovina também apresentou saltos positivos, consolidando sua marca como um dos setores mais competitivos e rentáveis da economia local.
A ampliação do crédito, por sua vez, possibilitou ao empresariado ampliar seus investimentos, com a construção de novos empreendimentos. Todo este movimento foi impulsionado pela ampliação do poder de compra da classe média, que ainda se constitui como uma das principais bases da pirâmide social acreana.
Por Fábio Pontes, da ContilNet com Folha
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