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Educação a distância ainda gera desconfiança, diz estudo
O ensino superior a distância ainda não tem a confiança de grande parte dos potenciais estudantes. Um levantamento feito pelo Instituto Data Popular revela que 93% dos jovens com menos de 24 anos e 79% dos que têm mais de 24 anos não querem fazer cursos a distância, nem semipresenciais. Eles desconfiam da qualidade da formação e têm medo de o curso não ser valorizado pelo mercado de trabalho.
Encomendado pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), o levantamento mostra que as instituições terão que fazer algumas adequações para atrair mais estudantes. “É preciso mudar a oferta de EaD [educação a distância] e é ncessária uma mudança de imagem”, diz o diretor executivo do sindicato, Rodrigo Capelato.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a educação a distância vem registrando crescimento de 18% ao ano em número de matrículas. O último Censo da Educação Superior, de 2014, mostra que 1,2 milhão de matrículas na modalidade à distância, o equivalente a 90% dos cursos de EaD, são em instituições privadas.
Neste ano, o MEC homologou uma nova resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) com diretrizes e normas para a educação superior a distância. Em até quatro meses, a modalidade deverá ter uma nova avaliação e novos parâmetros de qualidade.
Menos da metade quer fazer faculdade
O levantamento tem como foco integrantes de famílias com renda média de R$ 1.806,57 e R$ 3.463,03, ou seja, a chamada nova classe média. O estudo mostra ainda que pouco menos da metade daqueles com ensino médio completo, 47%, deseja fazer uma faculdade. Grande parte cursou o ensino médio apenas em escola pública (82%) e trabalha (66%).
A maioria dos potenciais universitários não considera as instituições públicas de ensino superior acessíveis. Embora considerem os estudos importantes, eles citam entre os motivos para não cursar o ensino superior o medo de perder o emprego e de não conseguir pagar a faculdade. Na hora de escolher um curso superior, o que pesa principalmente é a qualidade – 87% daqueles com menos de 24 anos e 77%, com mais de 24 anos destacam a qualidade como fator principal na escolha.
O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é visto como a saída para a maioria dos entrevistados (54%). No entanto, as mudanças feitas desde o ano passado e as restrições à obtenção do financiamento assustam os potenciais universitários. A pesquisa mostra que 55% têm seu plano de ingresso na faculdade prejudicado pelas mudanças no programa.
O Semesp representa 383 mantenedoras e 538 instituições de ensino em mais de 140 cidades do estado de São Paulo. O objetivo do estudo é conhecer os potenciais estudantes e melhorar a oferta de cursos. Em uma sondagem realizada pelo Semesp, no período de 3 a 10 de março deste ano, o número de novos alunos do ensino superior do estado de São Paulo caiu 15,23% em relação ao mesmo período do ano passado. No Brasil, 71% das instituições de ensino superior participantes da sondagem afirmaram que tiveram queda no número de novos alunos.
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Missão da Nasa retorna à Terra com maior amostra de asteroide já coletada

Cápsula com amostra do asteroide Bennu coletada pela missão Osiris-Rex, da Nasa
KEEGAN BARBER / NASA / AFP – 24/09/2023
A amostra, coletada do asteroide Bennu, em 2020, deve conter cerca de 250 gramas de material
A maior amostra já coletada de um asteroide, e a primeira feita pela Nasa, pousou no deserto de Utah neste domingo (24), sete anos após o lançamento da sonda Osiris-Rex. A aterrissagem, observada por sensores militares, foi complementada pelo acionamento de dois paraquedas.
Segundo a agência espacial dos EUA, a amostra, coletada do asteroide Bennu, em 2020, deve conter cerca de 250 gramas de material, muito mais que dois asteroides anteriores trazidos por missões japonesas.
Esse material vai “ajudar a compreender melhor os tipos de asteroide que poderiam ameaçar a Terra”, além de lançar luz sobre “o início da história do sistema solar”, destacou o diretor da Nasa, Bill Nelson.
Trata-se da “maior amostra já recuperada desde as rochas lunares” do programa Apollo, que terminou em 1972, contou à AFP a cientista da Nasa Amy Simon, antes do pouso.
Aproximadamente quatro horas antes do horário programado, a sonda Osiris-Rex lançou a cápsula que continha a amostra, a mais de 100 mil quilômetros da Terra.
A cápsula atravessou a atmosfera durante 13 minutos: entrou com uma velocidade superior a 44 mil quilômetros por hora e chegou a registrar uma temperatura de 2.700°C.
A Osiris-Rex continuou sua missão em direção a outro asteroide.
Assim que a cápsula pousou no deserto de Utah, uma equipe munida de luvas e máscaras analisou seu exterior, antes de colocá-la em uma rede para ser levada por um helicóptero.

Asteroide Bennu pode ser uma ameaça à Terra
NASA
Na segunda-feira (25), a amostra será transferida de avião para o Centro Espacial Johnson, em Houston, no Texas, onde será analisada, em um processo que deve durar dias.
Os resultados iniciais devem ser apresentados em uma coletiva de imprensa da Nasa em 11 de outubro.
A maior parte da amostra será preservada para estudo das gerações futuras. Cerca de 25% será usada imediatamente para experimentos, e uma pequena parcela será compartilhada com os parceiros Japão e Canadá.
Tóquio já havia presenteado a agência espacial americana com fragmentos do asteroide Ryugu, do qual obteve 5,4 gramas, em 2020, na missão Hayabusa-2. Em 2010, o país também relatou uma quantidade microscópica de outro asteroide.
Mas a amostra de Bennu é “muito maior, então poderemos fazer muito mais análises”, afirmou o presidente da Nasa.
Os asteroides são formados por materiais originários do Sistema Solar que, diferentemente da Terra, permaneceram intactos. Logo, eles contêm “pistas sobre como o Sistema Solar se formou e evoluiu. É a história da nossa própria origem”, explicou Melissa Morris, diretora do programa Osiris-Rex.
Ao colidirem com o planeta Terra, “pensamos que os asteroides e os cometas trouxeram matéria orgânica, potencialmente água, que ajudou a desenvolver a vida na Terra”, disse Simon.
Os cientistas acreditam que o Bennu, que tem 500 metros de diâmetro, seja rico em carbono e contenha moléculas de água envoltas em minerais.
A superfície do asteroide mostrou ser menos densa que o esperado. Logo, compreender melhor sua composição poderá ser útil no futuro.
Há uma pequena probabilidade (uma em 2.700) de que o Bennu colida com a Terra em 2182, o que seria catastrófico. Em 2022, a Nasa conseguiu desviar a trajetória de um asteroide ao impactá-lo.
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Golpistas passam a usar inteligência artificial; saiba se proteger
Segundo especialista, cuidado precisa ser redobrado quando um parente pede dinheiro emprestado, por exemplo
O avanço da tecnologia sempre traz benefícios e prejuízos. Foi assim ao longo de toda a história. Com a IA (inteligência artificial), não seria diferente.
Apesar de facilitar a vida dos programadores, por exemplo, a ferramenta está sendo utilizada para aplicar golpes.
“A IA é a mais nova ferramenta dos criminosos para fazer vítimas, principalmente em fraudes financeiras e, certamente, também é uma das formas mais sofisticadas de aplicar golpes. Os criminosos estão acompanhando os avanços na tecnologia e aprimorando técnicas, que se tornam cada vez mais complexas”, explica Henrique Schneider, presidente-executivo da Netfive, empresa especializada em segurança da informação.
Um dos principais golpes aplicados com a ajuda da inteligência artificial é a manipulação ou simulação da voz. Há programas capazes de “clonar” uma voz, tendo como base um áudio de poucos segundos.
Assim, criminosos conseguem imitar desde o tom de fala até pausas e a respiração da vítima, e tornam pedidos de dinheiro muito mais convincentes ao enviar áudios para amigos e familiares ou efetuar ligações que enganam até as pessoas mais próximas devido à semelhança com a voz real.
Outro tipo de fraude que utiliza a inteligência artificial é a técnica da deepfake, que substitui rostos e cria, assim, imagens e vídeos falsos. A IA consegue colocar um rosto no lugar de outro e simular falas e movimentos corporais, o que torna os vídeos bem realistas.
Essa técnica pode ser usada para fraudar sistemas de biometria facial, por exemplo, frequentemente utilizada como etapa de segurança para o acesso a contas bancárias ou aplicativos e sites que exigem o reconhecimento facial.
Além disso, a criação de fotos e vídeos falsos por meio da deepfake também pode facilitar golpes como o do falso sequestro, na medida em que criminosos conseguiriam gerar imagens para manipular familiares e induzi-los a fazerem transferências bancárias ou passar dados como forma de pagar pelo resgate de um parente.
Para o executivo, os avanços da tecnologia exigem que tenhamos um cuidado cada vez maior com nossos dados.
“Atualmente, os criminosos não estão empenhados em roubar apenas nossas senhas e nosso dinheiro, mas também nossa imagem e até nossa voz. Por isso, redobre os cuidados ao postar algo nas suas redes sociais, principalmente se seu perfil for público, porque, assim, suas informações ficam muito mais expostas e podem ser acessadas por qualquer pessoa”, alerta Schneider.
Além disso, ele recomenda muita atenção e certa dose de desconfiança ao receber mensagens de familiares e amigos pedindo dinheiro. Nesses casos, tente contatar diretamente a pessoa. Se for pessoalmente, melhor.
Também é possível combinar previamente uma palavra de segurança entre os familiares ou amigos, para ser usada como forma de confirmar a identidade da pessoa.
Desconfie também de mensagens (SMS ou no WhatsApp) e e-mails com links, principalmente de remetentes que sejam diferentes dos canais oficiais das empresas. Procure sempre contatá-los por esses canais e, se possível, resolva pendências presencialmente, sobretudo as que envolverem questões financeiras.
Ainda, não forneça dados como CPF e número do cartão nem faça transferências para desconhecidos.
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Brasil, 40 graus: capitais devem ultrapassar marca neste domingo
Cuiabá, Palmas, Rio e Teresina podem atingir a temperatura mais alta do ano; recordes históricos podem ser quebrados hoje
A onda de calor que atingiu o Brasil nesta semana alcançará seu pico neste domingo (24). A expectativa é de que 11 capitais registrem a temperatura mais alta do ano hoje, incluindo São Paulo e Curitiba (PR), que podem chegar a recordes históricos.
Segundo o Climatempo, os termômetros podem alcançar os 38ºC na capital paulista, o que seria a maior temperatura da história da cidade, superando os 37,8°C de outubro de 2014. O mesmo pode acontecer em Curitiba, onde a previsão de máxima é de cerca de 35°C, mas que pode ultrapassar a marca histórica de 35,5°C.
Outras capitais, por sua vez, podem registrar as maiores temperaturas no ano. O domingo no Rio de Janeiro certamente terá praias lotadas, com os termômetros chegando aos 41°C durante a tarde.
Palmas, no Tocantins, e Teresina, no Piauí, também não ficam longe da Cidade Maravilhosa. A previsão aponta 40ºC nos dois municípios.
A capital com maior temperatura neste domingo será Cuiabá, no Mato Grosso, onde os termômetros devem chegar a 43°C.
Neste sábado (23), a cidade de São Paulo registrou recorde de temperatura máxima no ano de 2023. Os termômetros marcaram 34,8ºC às 16h, mais do que os 34,7ºC anotados na sexta (22). Foi a quarta quebra em um intervalo de apenas dez dias na cidade. Os dados são do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
Brasília (DF): 34°C
Belo Horizonte (MG): 36°C
Campo Grande (MS): 39°C
Cuiabá (MT): 43°C
Curitiba (PR): 35°C (possível recorde histórico)
Goiânia (GO): 38°C
Palmas (TO): 40°C
Rio de Janeiro: 41°C
Teresina (PI): 40°C
São Paulo: 38°C (possível recorde histórico)
Vitória: 36°C
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