Por Iryá Rodrigues, G1 AC
Os dois homens suspeitos de participação na morte do turista Maurício Silva, de 29 anos, em fevereiro do ano passado, vão a júri popular.
A decisão de pronúncia, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, foi publicada na última quinta-feira (5). A vítima morreu após levar dez facadas no último dia 3 de fevereiro. A suspeita inicial era de latrocínio, hipótese que foi descartada pela polícia.
Suzeudo Alves do Nascimento e Walesson Luiz Abreu de Souza foram denunciados pelos crimes de homicídio qualificado e participação em organização criminosa. Na decisão, a Justiça determinou ainda a manutenção da prisão provisória da dupla.
O advogado da dupla, Giliard Silva de Souza, afirmou que não vai recorrer da pronúncia e que vai aguardar o julgamento. Segundo a defesa, ainda não há uma data para acontecer o júri popular.
“O que existe nos autos são apenas indícios. O Suzeudo, em especial, na noite do evento criminoso, se viu pela análise da tornozeleira dele, que estava próximo da área onde aconteceu o fato e por conta de mensagens telefônicas entre ele e o Walesson. Onde o Walesson fala do rapaz que chegou dizendo que era de uma facção criminosa, mas em nenhum momento existe a confissão de nenhum dos dois. Então, isso vai ser debatido por ocasião do conselho de sentença”, afirmou o advogado.
A vítima era natural de São Paulo e estava hospedada no Hotel Triângulo desde o dia 26 janeiro e teria saído por volta das 19 horas e foi encontrada perto do hotel sem o celular e as roupas.
Silva ainda foi socorrido e levado ao Pronto-Socorro de Rio Branco, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 23 horas.
Suzeudo Alves do Nascimento, de 32 anos, foi preso no dia 15 de março do ano passado, no bairro Papoco, em Rio Branco, mesma região onde ocorreu o crime. A prisão ocorreu durante uma ação de cumprimento de mandados de prisão na região Central da capital acreana pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
No último dia 17 de fevereiro foi realizada audiência de instrução, onde cinco testemunhas foram ouvidas. Conforme a Justiça, foi relatado que a vítima chegou no bairro Papoco afirmando ser de uma facção rival a que predomina na região. Após isso, Silva foi abordado e em seguida morto.