Dupla que matou, esquartejou e escondeu corpo de diarista em mala tem pena aumentada para mais de 81 anos

Corpo de diarista estava em mala dentro do igarapé da Judia em Rio Branco — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Por Aline Nascimento

A Justiça do Acre atendeu um pedido do Ministério Público do Acre (MP-AC) e aumentou a pena Denilson Rocha Santos e Douglas da Silva Leontino de mais de 67 anos de prisão para mais de 81 anos.

Os dois são acusados da morte bárbara da diarista Marcela Andreia, que teve o corpo esquartejado e encontrado dentro de duas malas no Igarapé Judia, em Rio Branco, em novembro de 2017.

A dupla foi condenada por um júri popular na 1ª Vara do Tribunal do Júri, em setembro de 2020. Os acusados foram condenados por homicídio com as seguintes qualificadoras: motivo torpe, meio cruel e dissimulação; além de ocultação e vilipêndio de cadáver.

O MP-AC achou que ‘houve erro e injustiça no tocante à pena imposta aos apelados’ e entrou com recurso contra o resultado. O pedido foi avaliado e acatado pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre.

O advogado da dupla, Cláudio Baltazar, explicou que já foi notificado do resultado e também entrou com recurso contra o resultado em primeira instância, só que pediu a redução da pena dos acusados.

“Existe um recurso meu que não foi apreciado. Pedi para que apreciem meu recurso”, resumiu.

Com a mudança, Denilson Rocha Santos, que tinha sido condenado a 40 anos e 10 meses de reclusão, teve a sentença fixada em 46 anos, 5 anos e 23 dias. Já Douglas da Silva Leontino teve a pena aumentada de 27 anos, 8 meses e um dia para 35 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão.

Crime

A primeira mala com parte do corpo da vítima foi encontrada por moradores da região no dia 7 de novembro de 2017. Três dias depois, uma outra mala foi achada com os braços, pernas e cabeça da mulher. A diarista foi morta com cerca de 20 facadas e esquartejada para ser colocada dentro das malas.

No Instituto Médico Legal (IML), a vítima foi reconhecida por parentes por conta das tatuagens que tinha pelo corpo.

Na época em que o corpo foi encontrado, um parente, que pediu para não ser identificado, contou que a família não tinha contato com a diarista durante dois dias. Marcela morava com a família no bairro Seis de Agosto, mas tinha se mudado antes de ser assassinada.

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Publicado por
G1 Acre