fbpx
Conecte-se conosco

Brasil

Dia mundial reforça importância de lavar as mãos para prevenir doenças

Publicado

em

Neste ano, o tema da campanha da OMS é Juntos pela Segurança

Torneira de água

Com a pandemia de covid-19, o hábito de lavar ou higienizar as mãos com mais frequência foi amplamente divulgada em todo o mundo, como forma simples, segura e eficaz para evitar a propagação do vírus Sars-CoV-2. Porém, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as desigualdades sociais são um empecilho para populações mais pobres, que sofrem com falta de saneamento e acesso à água potável, manter essa higiene básica.

A campanha Salve Vidas: limpe suas mãos foi lançada pela OMS em 2009, durante a pandemia da influenza H1N1, que durou 16 meses e somou 493 mil casos e 18,6 mil mortes em mais de 200 países. O objetivo é reforçar a importância da medida preventiva. O dia 5 de maio foi definido como o Dia Mundial de Higiene das Mãos, dentro da estratégia global de prevenção e controle de infecções.

“A prevenção e controle de infecções, incluindo a higiene das mãos, é fundamental para alcançar a cobertura universal de saúde, pois é uma abordagem prática e baseada em evidências com impacto demonstrado na qualidade do atendimento e na segurança do paciente em todos os níveis do sistema de saúde”, destaca a organização.

No Brasil, o Ministério da Saúde informa que faz ações de divulgação do Dia Mundial da Higiene das Mãos em seu site e nas redes sociais.

Foco

A médica infectologista e pediatra Natalie Del Vecchio, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz), ressalta que a campanha tinha como foco principal os profissionais de saúde, mas, com a pandemia de covid-19, a lembrança vale para todas as pessoas.

“Este ano, a OMS coloca o slogan Juntos pela Segurança, além do clima e da cultura da higiene das mãos, na qualidade do atendimento e na segurança do paciente. Então, eles querem passar isso para a população, pela segurança e qualidade na prevenção de infecção, na internação, dentro do ambiente hospitalar, para salvar vidas. Todos juntos e empenhados nessa ação. Que a gente possa estar salvando vidas com esse ato tão fácil dentro da comunidade.”

Natalie lembra que o mais adequado é utilizar a água e sabão, mas o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), passou a recomendar, desde 2002, solução alcoólica como substituto.

Desigualdade

Apesar da medida ser simples e eficaz, lavar as mãos pode não ser tão fácil para algumas populações. No ano passado, a OMS alertou que, mesmo entre os profissionais de saúde, em muitos locais a correta higienização das mãos não é feita porque não há instalações disponíveis para isso

“A infecção adquirida durante a prestação de serviços de saúde é um grande problema global, mas os pacientes em países de baixa e média renda têm duas vezes mais probabilidade de infecção do que os pacientes em países de alta renda (15% e 7% dos pacientes, respectivamente); o risco em unidades de terapia intensiva (UTI), principalmente entre recém-nascidos, é entre 2 e 20 vezes maior”, informou o órgão.

Os dados referentes a 2020 indicam que 1,8 bilhão de pessoas no mundo dependem de serviços de saúde sem acesso à água tratada. O relatório mostra que um terço das unidades de saúde não tem as instalações e materiais necessários para lavar as mãos onde os cuidados são prestados, uma em cada quatro não tem serviços de água e 10% não têm saneamento.

“Isso significa que 1,8 bilhão de pessoas usam instalações de saúde sem serviços básicos de água e 800 milhões usam instalações sem banheiros. Nos 47 países menos desenvolvidos do mundo, o problema é ainda maior: metade das unidades de saúde carece de serviços básicos de água. Além disso, a extensão do problema permanece oculta porque persistem grandes lacunas nos dados, especialmente na limpeza do ambiente.”

Del Vecchio reforça que essa é uma desigualdade que precisa ser superada, para salvar vidas.

“Na assistência à saúde, às vezes falta até papel. Ou, então, a pia está longe de onde a pessoa está atendendo um paciente, então a preparação alcoólica chega como um substituto da higiene das mãos com água e sabão. Mas quando a gente não tem álcool e nem a água, como é que a gente vai higienizar as mãos? Então, que todos possam ter acesso ou à água limpa com sabão ou sabonete, ou à preparação alcóolica para poder fazer esse procedimento, esse ato importante”.

Falta d’água

A médica lembra também que em muitas localidades falta água tratada nas residências.

“Falamos em higiene das mãos com água limpa e vemos que em muitos lugares não tem água limpa. Então, como você pode higienizar as mãos sem a água? O melhor substituto é a preparação alcoólica, mas em comunidades mais carentes não sei se isso chega.”

Uma nota técnica do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) publicada após os primeiros meses de pandemia de covid-19 no Brasil aponta que 85,5% das residências brasileiras têm acesso à rede de distribuição de água, sendo que nas regiões Norte e Nordeste, em cidades do interior e na região metropolitana Rio de Janeiro os índices são mais baixos, chegando a apenas 20% no Acre e 28% em Pernambuco com acesso diário à água.

O Ipea relata que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cerca de 5 milhões de domicílios no Brasil se situam em áreas de aglomerados subnormais, que compreendem as favelas, palafitas e loteamentos irregulares, sendo 80% deles em regiões metropolitanas. Nessas áreas, o acesso à rede de água ficou em 88,3% no Brasil, sendo de apenas 57,7% na região metropolitana de Manaus, 61,3% na de Belém e 65,9% na de São Luís.

De acordo com o instituto, a pandemia trouxe denúncias de interrupções constantes no fornecimento de água nessas áreas.

“Segundo as denúncias, em Paraisópolis, em São Paulo, todos os dias, a partir de determinada hora da noite, o fornecimento de água é cortado até a manhã do dia seguinte;. A situação perdura pelo menos desde 2014, configurando um racionamento velado.

No Rio de Janeiro, a Ouvidoria Externa da Defensoria Pública do estado recebeu 550 denúncias de falta de água permanente ou regular em 143 lugares entre favelas e bairros de quatorze municípios. Na capital, favelas como Tabajara, Rocinha, Alemão e Maré estiveram entre as que mais reclamaram”, diz a nota técnica.

Higienização correta

Segundo a OMS, as mãos devem ser lavadas com sabão e em água corrente por 40 a 60 segundos. Qualquer sabão ou sabonete comum é eficaz para matar vírus como o da covid-19, além da fricção mecânica retirar outros tipos de agentes patogênicos.

técnica correta de lavagem das mãos inclui esfregar as palmas e as costas das mãos, entre os dedos, friccionar as pontas dos dedos na palma oposta e envolver o polegar oposto com a palma fechada. Álcool ou álcool em gel podem substituir a água e sabão quando esses não estiverem disponíveis e devem ter concentração de ao menos 60%. Os mesmos procedimentos são indicados para a aplicação do álcool gel, que pode ter o tempo reduzido para 20 a 30 segundos, até o álcool secar.

Para os profissionais de saúde, a recomendação é que lavem as mãos sempre antes de tocar o paciente; antes de realizar procedimento asséptico; após risco de exposição a fluidos corporais; após tocar o paciente; e após contato com superfícies próximas ao paciente.

Edição: Maria Claudia

Comentários

Continue lendo

Brasil

Copiloto de helicóptero da Polícia Civil é baleado na cabeça ao sobrevoar comunidade da Zona Oeste do Rio durante operação

Publicado

em

O copiloto de um helicóptero da Polícia Civil foi baleado na cabeça durante uma ação na Vila Aliança, na Zona Oeste do Rio, na manhã desta quinta-feira (20).

Felipe Marques Monteiro, 45 anos, foi atingido em uma aeronave do Serviço Aeropolicial da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil e seu estado de saúde é considerado gravíssimo, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

Criminosos atearam fogo em barricadas durante operação da polícia na Vila Aliança — Foto: Reprodução

O policial foi levado para o hospital Miguel Couto, na Gávea, na Zona Sul do Rio, para passar por uma cirurgia.

Informações preliminares davam conta de que Felipe pilotava a aeronave, mas, posteriormente, a Polícia Civil informou que ele era o copiloto.

Helicóptero da Polícia Civil durante operação na Vila Aliança na manhã desta quinta (20) — Foto: Reprodução

Felipe foi baleado durante uma operação contra uma quadrilha especializada em roubos de vans. Segundo a investigação, a quadrilha atua, principalmente, na Zona Oeste. Após roubar os veículos, o bando desmancha e revende as peças.

Em um dos endereços, na Vila Aliança, os bandidos atiraram nos policiais e atearam fogo em barricadas.

Piloto de helicóptero da Polícia Civil é baleado ao sobrevoar a Vila Aliança durante operação — Foto: Reprodução / TV Globo

 

Comentários

Continue lendo

Brasil

O ‘Senhor do Senhor das Armas’: PF mira real chefe de esquema que enviou 2 mil fuzis de Miami ao Rio; alvo é policial federal aposentado

Publicado

em

Por

Casa no Recreio onde alvo atirou contra policiais — Foto: Reprodução/TV Globo

Senhor das Armas, o brasileiro Frederick Barbieri, condenado por tráfico internacional de armas pela Justiça dos Estados Unidos, tem um chefe. E a TV Globo apurou que esse homem é o policial federal aposentado Josias João do Nascimento, de 56 anos.

Senhor do Senhor das Armas é um dos alvos de 14 mandados de busca e apreensão cumpridos pela PF nesta quinta-feira (20) na Operação Cash Courier. Segundo as investigações, o esquema de Josias e de Barbieri enviou 2 mil fuzis de Miami para o Rio de Janeiro — o destino eram favelas do Comando Vermelho (CV).

Um dos endereços atribuídos a ele é uma mansão no Alphaville, um condomínio de alto luxo na Barra da Tijuca. Até a última atualização desta reportagem, não se sabia se o agente aposentado estava na residência.

Comentários

Continue lendo

Brasil

Cheia do Rio Acre altera entregas dos Correios em Rio Branco

Publicado

em

Devido à cheia do Rio Acre, os Correios tiveram que alterar o fluxo de entregas em Rio Branco para garantir a continuidade dos serviços. Pela dificuldade de acesso dos carteiros a endereços que estão alagados, a distribuição foi centralizada, de maneira contingencial, na agência localizada na Avenida Epaminondas Jacome, 2858, no centro da capital.

Os destinatários nessa situação precisam acessar o site ou o app dos Correios para conferir o rastreamento do objeto. Nele, vai aparecer a informação de “retirada disponível”. O prazo para retirada é de sete dias corridos para encomendas e de 20 dias corridos para cartas/correspondências.

A medida temporária atende os destinatários das seguintes localidades:
  • Bairro Base: Rua Barbosa Lima; Rua Estado do Acre; Rua Floriano Peixoto Trecho no início; Rua Sena Madureira; Rua Xapuri; Travessa Cruzeiro do Sul; Travessa Feijó;
  • Bairro Habitasa: Rua Venezuela; Rua Paris; Rua Paraguai; Rua México; Trav. Progresso; Trav. Maria Tereza; Trav. Judith Paiva; Trav. Nilo Bezerra; Trav. Suriname;
  • Bairro Cidade Nova: Rua Baixa Verde (parte); Rua Guajará (parte); Rua Beira Rio; Avenida Beira Rio;
  • Bairro 6 de Agosto: Rua Santa Terezinha; Trav. Praxedes; Trav. Cearense.

Os Correios seguem monitorando com a Defesa Civil o cenário da cheia do Rio Acre e permanecem à disposição dos moradores pelos canais oficiais de atendimento, pelos telefones 3003-0100 ou 0800-725-7282, ou pelo site www.correios.com.br.

Comentários

Continue lendo