Brasil

Desembargador e juiz do AM são afastados pelo CNJ e têm gabinetes lacrados

Os dois magistrados do Amazonas são responsáveis por decisões que causaram um prejuízo temporário de cerca de R$ 150 milhões aos cofres da Eletrobras, dez dias atrás

Mauro Campbell, corregedor nacional de Justiça, afastou o desembargador Elci Simões e o juiz Jean Pimentel. Foto: Gustavo Lima/STJ

O corregedor nacional de Justiça, Mauro Campbell Marques, determinou nesta sexta-feira (21) o afastamento do desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas, Elci Simões de Oliveira, e do juiz Jean Pimentel, que atuava na comarca de Presidente Figueiredo.

Os dois magistrados do Amazonas são responsáveis por decisões que causaram um prejuízo temporário de cerca de R$ 150 milhões aos cofres da Eletrobras, dez dias atrás. O valor foi devolvido por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

O valor foi pago por decisão dos dois magistrados a um homem que, tendo nascido em 1985, cobrava da empresa títulos de crédito emitidos na década de 1970. A Eletrobras diz ter sido alvo de uma fraude.

De acordo com reportagem do jornalista Lauro Jardim, publicada no jornal O Globo online, o processo tramitou na vara de Presidente Figueiredo, onde o juiz Jean Pimentel atuava. Foi dele a ordem de pagamento do valor milionário.

A Eletrobras recorreu e, na segunda instância, o desembargador Elci Simões suspendeu o pagamento no primeiro momento, mas depois liberou para que ele fosse feito.

Mauro Campbell, além de afastar os magistrados, determinou a lacração dos gabinetes deles, e a apreensão de notebooks, celulares e tablets funcionais que estavam no local de trabalho do juiz e do desembargador.

Os magistrados também estão proibidos de acessar os sistemas do Judiciário, assim como os servidores dos gabinetes deles.

O processo tramitou em Presidente Figueiredo porque o homem que ajuizou a ação, identificado como Bruno Thomé, é morador do município. Ele afirma que a cobrança é legal, mas o corregedor do CNJ desconfia da legalidade, e disse estranhar a celeridade da tramitação do processo.

Mais informações acesse a reportagem de Lauro Jardim.

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Publicado por
Marcus José