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Descubra os sinais que podem identificar violência contra crianças

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Especialistas apontam sinais físicos, emocionais e até alimentares que podem indicar agressões

Henry Borel, de 4 anos, morreu em 8 de março; padrasto e mãe falam em acidente, mas polícia investiga agressão
Foto: Reprodução

Camila Neumam, da CNN em São Paulo

A morte do menino Henry Borel, de 4 anos, no Rio de Janeiro (RJ), chocou a opinião pública pela brutalidade.

Segundo a polícia, a criança sofreu uma série de lesões indicativas de agressões, que causaram a sua morte dentro da casa do padrasto, o vereador conhecido como Dr. Jairinho, namorado de sua mãe, Monique Medeiros. O casal foi preso acusado pela morte da criança.

Casos de violência tão explícita contra menores não são exceções na nossa sociedade, conforme mostra o Datasus, o banco de dados do Ministério da Saúde. De acordo com o documento, de todas as 350 mil vítimas de violência no Brasil em 2019, 140 mil foram crianças e adolescentes de zero a 19 anos. E dentro deste contingente, 35 mil foram crianças abaixo dos 4 anos.

“O histórico de violência contra crianças e adolescentes no Brasil é dramático e pode ser ainda pior, já que 70% dos agressores são os pais, que dão outra versão dos fatos nos hospitais, onde se atesta outro diagnóstico de causa morte”, afirma Marco Antônio Chaves Gama, presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Gama diz ainda que a violência contra menores é sistêmica no Brasil por questões culturais e sobretudo pela impunidade aos agressores. “Pelo menos 35% das crianças que sofrem agressão uma vez vão ser agredidas de novo. As que não morrem podem sofrer por anos e se tornam jovens e adultos com distúrbios, pessoas violentas e até homicidas”, conclui.

Segundo o especialista, o problema ficou ainda pior na pandemia, porque os menores não têm a quem recorrer. “Antes, podiam falar com a professora, com o amiguinho, com o vizinho”.

Principais tipos de violência

Os tipos de agressão mais comuns em crianças e adolescentes no Brasil são negligência, maus tratos ou espancamento, Síndrome de Münchausen por procuração, alienação parental, violência física e sexual, segundo o documento “Violência e saúde de adolescentes e jovens – Como o pediatra deve proceder?”.

Publicado em 2018 por médicos da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e do Conselho Federal de Medicina (CFM), o documento se tornou um guia para médicos de todo o país na identificação e no atendimento de crianças e jovens vítimas de violência.

O estudo mostra que, nas situações de violência física, a autora mais frequente é a mãe, embora os casos mais graves sejam perpetrados pela figura paterna (pai ou padrasto). Nos abusos sexuais, os autores geralmente são homens, sendo cerca de 90% o pai ou companheiro da mãe.

Mudança de comportamento e outros sinais 

Segundo os especialistas consultados pela CNN, a criança violentada física, psicológica ou sexualmente sempre apresenta uma mudança repentina de comportamento. “Esse é o primeiro ponto que deve ser levado em conta em caso de suspeita de violência, especialmente se a mudança não envolver um diagnóstico específico, como uma doença ou um sintoma de saúde”, afirma a pediatra Joana Ferramenta.

Mesmo com possíveis dificuldades de comunicação, seja pela pouca idade, seja por já viverem traumas consideráveis, as crianças e os adolescentes deixam sinais comportamentais claros de que vivem problemas, segundo os pediatras. Veja os principais deles:

1- Marcas na pele: lesões na pele são as mais aparentes e não podem ser ignoradas. Em casos de feridas, hematomas, e queimaduras, deve-se questionar o menor e seu cuidador sobre o ocorrido. Há algumas marcas evidentes de agressão, como de cintos, chinelos e outros objetos. Em caso de queimaduras, por exemplo, é muito diferente a causada porque a criança  encostou a mão em algo quente e logo tirou, de uma pele muito queimada – um indicativo de tortura. Outro exemplo são marcas ovaladas de cigarro na pele, que podem indicar que ele foi pressionado contra a pele.

Retardo mental: crianças sem indicativos de doença neuromotora que de repente apresentam retardo de desenvolvimento, falavam e deixam de falar; passam a ter desenvolvimento motor muito aquém de sua idade (como dificuldades para andar).

Irritabilidade aumentada: crianças sem diagnóstico anterior de doença relacionada a mudança brusca de humor que se tornam agressivas ou sempre irritadas.

Dificuldade para dormir: a criança sente insônia ou passa a ter o sono alterado.

Choro frequente: criança então alegre passa a demonstrar tristeza constante, dificuldade de encarar adultos e chora com frequência e sem motivo aparente.

Perda do interesse em brincar: a criança para de se relacionar com amigos e parentes, fica isolada e com olhar vago.

Medo de certas pessoas: o corpo demonstra repulsa, com vômitos ou pavor ao se deparar com certas pessoas.

Ter um ambiente acolhedor, paciência com o desenvolvimento e, sobretudo, conversar com crianças e adolescentes são pontos fundamentais para interromper ou evitar escaladas de violência em família, segundo os especialistas.

Levando em conta a maior vulnerabilidade das crianças e adolescentes na pandemia, a Unicef (Fundo das Nações Unidas para Infância) divulgou cinco dicas de como a sociedade pode atuar na proteção de menores em casa ou fazendo denúncias. Elas parecem simples, mas podem fazer diferença no dia a dia corrido das famílias:

1. Mantenha um clima acolhedor em casa

A casa de crianças e adolescentes deve ser um lugar seguro, livre de agressões e abusos. Manter um clima de paciência, amor, carinho e segurança é importante para eles. Isso inclui oferecer apoio e reservar um tempo para interagir com os filhos. Além de fortalecer a relação entre cuidadores e crianças e adolescentes, ajuda a perceber se algo está errado. Conversar e brincar sempre que possível, e explicar a situação que estamos vivendo de forma amorosa e adequada à idade da criança. Entender o que está acontecendo é o primeiro passo para que o menor se sinta seguro.

2. Mantenha a saúde mental

A correria do dia a dia aumenta a chance de nos sentirmos nervosos, estressados e com a ansiedade a mil. Mas é fundamental cuidar da saúde mental para não descontar o estresse ou a frustração nas crianças e nos adolescentes. Afinal, eles também podem sofrer destes sentimentos. Estar bem informado é importante, mas se desconectar um pouco de notícias e evitar fake news ajuda no processo.

3. Procure ajuda de pessoas de confiança

Se você é o único adulto responsável pelas crianças da casa, e por motivo de saúde não conseguir cuidar do menor, peça ajuda de pessoas da sua confiança ou ligue para o Conselho Tutelar e busque apoio dos órgãos de proteção à criança na sua cidade. Se você conhece alguém nessa situação, ofereça ajuda e entre em contato com os órgãos de proteção responsáveis. Crianças e adolescentes incomodados com alguém em suas casas, que estejam sofrendo qualquer tipo violência, se sentindo em risco, ou se testemunharem uma violência, devem pedir ajuda. Isso inclui falar com um adulto em que confiam, procurar o Conselho Tutelar mais perto ou ligar no Disque 100, que recebe denúncias anônimas sobre violência contra crianças e adolescentes.

Em caso de tristeza, desânimo ou ansiedade, qualquer pessoa pode conversar com o Centro de Valorização da Vida (CVV), que presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção ao suicídio. Crianças, adolescentes e adultos podem ligar para o 188 ou acessar cvv.org.br pela internet, a qualquer dia e a qualquer hora, e não precisam se identificar se não quiserem.

4. Denuncie casos de violência

Xingar, humilhar e praticar castigos físicos, como bater, são formas de violência. Por isso, tenha em mãos os canais de denúncia para qualquer situação dessas contra crianças e adolescentes. Se você testemunhar, souber ou suspeitar de algum menor vítima de negligência, violência, exploração ou abuso, disque 100. Para violências contra mulheres e meninas, disque 180. As ligações são gratuitas e você não precisa se identificar.

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Tragédia em Rio Branco: Menino de 1 ano e 5 meses morre afogado em piscina

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Uma família de Rio Branco viveu momentos de desespero na noite do último domingo (28) quando seu pequeno B.S.C, de apenas 1 ano e 5 meses, foi vítima de afogamento em sua própria residência, localizada na Rua Maracujá, no bairro Mocinha Magalhães.

De acordo com relatos da polícia, os pais da criança estavam desfrutando de um momento de lazer com seus filhos em um parque próximo. Ao retornarem para casa, a mãe decidiu dar banho em uma das crianças. Ao sair do banheiro, a mãe se deparou com uma cena de horror: seu filho mais novo boiava na piscina. Em um ato de desespero, ela rapidamente chamou o marido e ambos lutaram para retirar a criança da água.

Apesar dos esforços heróicos, os pais não conseguiram reanimar o menino, que já estava desacordado. Uma tentativa de massagem cardíaca foi realizada, mas sem sucesso. O pequeno foi imediatamente levado ao pronto-socorro de Rio Branco, porém, lamentavelmente, não resistiu.

Na emergência pediátrica, os médicos plantonistas tentaram todas as medidas possíveis para reverter a situação, mas o coração do pequeno B.S.C não voltou a bater. A Polícia Militar foi acionada e compareceu ao pronto-socorro para os procedimentos padrão. O corpo da criança foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização dos exames cadavéricos.

As autoridades, representadas pela Equipe Pronto (EPE), já deram início às investigações para esclarecer os detalhes dessa tragédia. O caso estará sob responsabilidade da Polícia Civil, enquanto a família e a comunidade local lamentam a perda irreparável.

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PF prende peruano por tráfico internacional de drogas no AC

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A Polícia Federal prendeu em flagrante um indivíduo nacional do Peru por tráfico internacional de drogas, na manhã desta sexta-feira (26/4), durante inspeção de rotina no posto de controle migratório em Assis Brasil/AC.

Na ocasião, o peruano solicitava entrada no Brasil com destino a Goiânia/GO. Entretanto, durante vistoria foi encontrada significativa quantidade de pilhas que apresentavam sinais de adulteração.

Após examinação dos itens, policiais federais constataram que as pilhas estavam recheadas de cocaína.

Diante dos fatos, o homem foi preso em flagrante e conduzido à Delegacia de Epitaciolândia/AC para prestar esclarecimentos. O indivíduo poderá responder por tráfico internacional de drogas.

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Em mais uma edição do programa Juntos pelo Acre, governo do Estado leva saúde, cidadania e bem-estar social para 10 mil moradores da Cidade do Povo

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A comunidade da Cidade do Povo, o maior conjunto habitacional de casas populares de Rio Branco, foi a localidade que durante todo este sábado, 27, recebeu um evento de grande relevância social: mais uma edição do programa Juntos Pelo Acre, promovido pelo governo do Estado e parceiros.

Cerca de 10 mil pessoas foram atendidas na passagem do Juntos Pelo Acre na Cidade do Povo. Foto: Diego Gurgel/Secom

Com a presença do governador Gladson Cameli, cerca de 10 mil pessoas foram atendidas e participaram das atividades oferecidas ao longo do dia. O programa, que já completou um ano de sucesso, tem como objetivo principal promover a integração entre o governo e a comunidade, buscando eliminar as causas de mazelas sociais e melhorar a qualidade de vida dos moradores.

Diversos serviços foram oferecidos durante o Juntos Pelo Acre, incluindo a expedição de documentos, aplicação de vacinas, consultas médicas, atendimentos jurídicos, psicológicos e assistência social para mulheres através do Ônibus Lilás, além de atividades de cultura, esporte e lazer para as crianças.

Para o governador Gladson Cameli, este é um momento de cidadania e estar próximo da população. Foto: Diego Gurgel/Secom

“É fundamental mostrar que o Estado está mais próximo das pessoas. A Cidade do Povo abriga cidadãos que contribuem para impulsionar a economia e que são tão dignos quanto qualquer outro. Devemos enfrentar e diminuir as desigualdades sociais. Estamos aqui para ouvir o público, entender suas necessidades e agradecer toda a equipe que está presente neste sábado, contribuindo para melhorar efetivamente a vida das pessoas”, destacou o governador.

O evento contou com a participação de 20 secretarias de governo, além da Polícia Militar e diversos outros órgãos do Estado, destacando a redução significativa nos índices de violência na região nos últimos sete meses. Segundo dados fornecidos pela PM, não houve registro de mortes intencionais no bairro nesse período, e houve uma redução de 30% nos casos de roubos e furtos em 2023 em comparação com o ano anterior. Esse resultado é fruto de um trabalho conjunto que envolve não apenas as autoridades, mas também intensa mobilização comunitária.

Serviços de diversas áreas foram oferecidos para a população. Foto: Diego Gurgel/Secom

Uma das principais atrações do evento foi a Carreta da Defensoria, uma unidade móvel da Defensoria Pública do Estado do Acre, que ofereceu serviços de atendimento tanto cível como criminal, além de orientações jurídicas e auxílio em ações judiciais.

O Estado mais próximo do cidadão

O governador Gladson Cameli destacou a importância de aproximar o estado das pessoas e diminuir a desigualdade. Ele expressou gratidão ao ver o semblante das pessoas sendo atendidas pelo estado, ressaltando que todos são iguais e merecem o mesmo cuidado e atenção por parte do poder público.

Atividades esportivas também fizeram parte da ação. Foto: Diego Gurgel/Secom

“Quero que o poder público esteja cada vez mais presente nesta cidade, onde vivem milhares de pessoas, cidadãos de bem que nos ajudam a construir um Acre melhor”, reforçou o governador.

O secretário de Governo, Alysson Bestene, enfatizou que o programa Juntos Pelo Acre é resultado do esforço conjunto do governador e da vice-governadora, Mailza Assis, e que a participação ativa do governo junto aos moradores é essencial para promover mudanças positivas na comunidade.

Secretário Alysson Bestene reforça união dos órgãos de governo pelo cidadão. Foto: Diego Gurgel/Secom

“Hoje, testemunhamos a participação efetiva da comunidade, acompanhada pelos líderes comunitários e religiosos. Tudo isso é resultado de ações essenciais, que abrangem a saúde, a participação comunitária em atividades esportivas, sociais e na obtenção de documentos. Hoje, damos mais um passo adiante na cidadania”, reforçou Bestene.

Chegando a quem precisa

Presente desde cedo na ação do Juntos pelo Acre com quatro dos seis filhos, Katiane Marino, moradora da Cidade do Povo há 8 anos, compartilhou sua jornada marcada por desafios e superações.

Ela nasceu e cresceu em uma área alagada, onde a luta contra as enchentes era constante, resultando na perda de seus pertences quase anualmente, até conseguir se mudar para a Cidade do Povo no sonho de buscar uma vida melhor e se tornando um alívio, pois acabou com o sofrimento provocado pelas inundações do Rio Acre. Agora, Katiane reside com seus filhos, enfrentando os desafios da vida com trabalhos temporários, mas com um sorriso no rosto e orgulho pela dignidade.

Katiane Marino levou suas filhas mais novas para tirar o RG. Foto: Diego Gurgel/Secom

“Deus abençoa e nós sobrevivemos. E hoje eu achei tão importante esses serviços aqui, por causa da vacinação que eu vim colocar em dia e tirar a identidade das minhas meninas mais novas. Elas já tão precisando dos documentos delas, é importante ter. Às vezes a gente não tem o dinheiro pra ir no Centro, ficar se locomovendo pela cidade pra buscar esses serviços, então eu agradeço demais por eles estarem aqui no bairro”, relatou ao lado de suas filhas.

Outra moradora do bairro, Diana Aquino já está há quase seis anos na Cidade do Povo. Reconhecida como líder comunitária, Diana observa melhorias na qualidade de vida dos moradores, principalmente nas novas ações da Polícia Militar, que trouxeram mais tranquilidade ao bairro e mudanças positivas nos últimos sete meses de gestão. Ainda assim, ela ressalta a necessidade desse olhar mais atencioso, especialmente para crianças e mulheres.

“Já é uma grande evolução, né? Termos esse projeto aqui dentro, porque o nosso bairro é bem longe do Centro, então tudo que a gente tem que fazer, a gente tem que sentir e se deslocar bastante. E junto com esse projeto que o governo trouxe hoje, é excelente, muitas mulheres estão sendo atendidas, todo o povo que está aqui está precisando desse serviço, e estando mais perto tudo fica bem melhor”, conta Diana.

Diana Aquino defenda mais projetos como esse para o bem-estar de mulheres e crianças. Foto: Diego Gurgel/Secom

O Juntos Pelo Acre na Cidade do Povo foi um verdadeiro sucesso e demonstrou o compromisso do governo do Acre em cuidar das pessoas e promover o bem-estar social. Com a união de esforços entre autoridades e comunidade, é possível construir um futuro melhor para todos os cidadãos acreanos.

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