Descaso: Inaugurado há 10 anos, posto do Idaf jamais funcionou

 

Da redação, com Wesley Moraes da TV Gazeta

Quem passa pela rodovia BR-317, Estrada do Pacífico, observa a mesma cena há pelo menos dez anos. No entroncamento de acesso a Xapuri existem dois postos de fiscalização: o da Polícia Rodoviária Federal, PRF e outro do Instituto de Defesa Animal e Florestal, Idaf.

Construído para ser ponto estratégico de controle no trânsito de animais, o posto do Idaf jamais entrou funcionamento. O motivo: problemas de documentação junto ao DNIT, Departamento Nacional de Infraestrutura.

Ao longo dos anos, o prédio está sendo corroído pela ação do tempo e também de cupins. A estrutura de madeira está completamente comprometida. Algumas peças de sustentação vieram abaixo.

Jefferson Cogo, diretor-presidente do Idaf, afirma que o local sempre passa por manutenção. Ele afirma que está à procura de convênios para reformar o espaço. “Vamos precisar de pelo menos R$ 70 mil”, confirma.

Além disso, o funcionamento do posto esbarra em outra dificuldade: a falta de fiscais agropecuários. Seriam necessários, pelo menos, seis profissionais para garantir o funcionamento 24 horas. “A crise que o estado passa impede a contratação dos fiscais”, argumenta Cogo.

Lugar estratégico

O posto de fiscalização está localizado a 65 quilômetros de Epitaciolândia, na fronteira do Brasil com a Bolívia. O país vizinho não tem certificado de área livre de aftosa, ao contrário do Acre. O estado já conseguiu eliminar a doença do rebanho bovino.

A falta de fiscalização 24 horas facilita a entrada ilegal de animais bolivianos e coloca em risco a conquista acreana na Organização Mundial de Saúde Animal(OIE).

É interesse do Idaf ativar o local e manter o controle permanente dos animais. Jefferson Cogo espera a aprovação de convênios para cumprir a meta. “A Bolívia é a nossa preocupação. O vírus da febre aftosa ainda circula pelo país. Com o posto em funcionamento, seria uma ajuda a mais no controle. Mas hoje, temos uma fiscalização móvel no município de Epitaciolândia”, finaliza.

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Publicado por
Alexandre Lima