O secretário de governo, Luiz Calixto, que afirmou que até o momento esse assunto não foi tratado com a equipe de governo. Foto: internet
A pressão dos deputados por um aumento das emendas parlamentares para R$ 5 milhõesencontrou resistência do governo do Acre. O secretário de Governo, Luiz Calixto, afirmou que “não existe espaço orçamentário” para atender à demanda e revelou que a administração estadual já enfrenta dificuldades para honrar o compromisso atual.
Valor das emendas: R$ 4.158.036,31
Base de cálculo: 6,8% da Receita Tributária Líquida (após descontos constitucionais)
Previsão legal: Valor estabelecido na Lei Orçamentária Anual (LOA)
Calixto destacou que o assunto não foi tratado formalmente com a equipe de governo e que o valor das emendas é determinado por percentual fixo sobre a receita, não por negociação política.
“As emendas são definidas por um percentual incidente sobre a receita tributária líquida”, explicou o secretário.
Sobre possível diálogo, o secretário afirmou que “sempre existe espaço para conversar”, mas reiterou a restrição orçamentária: “não existe espaço orçamentário”. A declaração revela as dificuldades fiscais enfrentadas pelo estado para cumprir mesmo o atual montante de emendas.
Calixto ressaltou ainda que o valor é definido por percentual constitucional, não por negociação política, e que o governo já enfrenta dificuldades para honrar o compromisso atual. O secretário foi enfático ao afirmar que o assunto sequer foi tratado formalmente com a equipe de governo, indicando que a proposta não encontra respaldo técnico na Secretaria de Economia.
A resistência do governo ocorre em meio a:
Restrições fiscais estaduais
Pressões por investimentos em áreas prioritárias como saúde e educação
Ano eleitoral municipal em 2026, que aumenta demanda por recursos locais
O embate ilustra o dilema crônico entre demandas políticas por emendas e a realidade orçamentária limitada do estado. Enquanto deputados argumentam que recursos adicionais são necessários para atender demandas regionais, o governo mantém a posição de que qualquer aumento comprometeria o já frágil equilíbrio das contas públicas acreanas.