Departamento Penitenciário Nacional analisa terrenos para possível instalação de presídio federal no Acre

Depen fez visita técnico em terrenos indicados pelo Governo do Acre na terça (22). Estado se reuniu com comitiva e cobrou mais apoio da União nas fronteiras.

Depen analisa terrenos para possível instalação de presídio federal no Acre (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Com G1 Acre

O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) fez uma visita técnica em terrenos indicados pelo Estado onde pode ser construído um presídio federal no Acre. A informação foi confirmada pelo Governo do Acre após o encontro da comitiva do Depen com o governador Tião Viana (PT-AC).

A ação, conforme o Depen, faz parte de um projeto de expansão do sistema nacional. Ao todo, o Brasil possui quatro unidades federais, que ficam nos estados do Paraná, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte. Uma nova penitenciária deve ser inaugurada no Distrito Federal.

Durante a reunião, Viana e o secretário de Segurança Pública do Acre (Sesp-AC), Vanderlei Scherer, afirmaram que estão abertos à implantação do presídio federal, mas também cobraram apoio da União nas áreas de fronteira para o combate ao narcotráfico.

O governo também divulgou alguns dados sobre o crescimento da população carcerária no estado devido à guerra entre facções criminosas. Em 2017, o Acre saiu da média de 400 presos por ano para 700. Além disso, somente em uma semana deste ano, 128 pessoas foram presas por tráfico de drogas.

Fugas em presídios estaduais

Em menos de 10 meses, mais de 80 detentos conseguiram fugir de presídios de quatro cidades acreanas. Desde julho do ano passado, foram registradas ao menos 11 fugas.

As fugas ocorreram nos presídios Francisco D’ Oliveira Conde, em Rio Branco, Moacir Prado, em Tarauacá, Manoel Neri, em Cruzeiro do Sul e 5ª Unidade Prisional, em Feijó.

O Iapen-AC afirmou que está fazendo uma reestruturação no sistema penitenciário e deve investir R$ 50 milhões na criação de 2,2 mil novas vagas nas unidades para coibir novas fugas até o fim de 2018.

Os investimentos devem ser feitos em todas as sete penitenciárias do estado. As novas 2.226 vagas devem, segundo o órgão, solucionar a superlotação e zerar o déficit carcerário.

Em menos de 10 meses, mais de 80 detentos conseguiram fugir de presídios de quatro cidades acreanas (Foto: Quésia Melo/G1)

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Publicado por
Marcus José