Acre
Denuncia levam policiais a deter pessoas e apreender armas na fronteira
Alexandre Lima
Um trabalho investigativo que partiu do 10º Batalhão da Polícia Militar do Alto Acre durante a tarde desta quinta-feira, dia 21, deteve dois homens que estavam em uma pick-up modelo Chevrolet/S10, placas MZX 3985, próximo a ponte José Augusto, na cidade de Brasiléia.
Dentro, estava Manoel Cristiano Pereira de Araújo (36), juntamente com Francisco Camilo de Oliveira (34), mais conhecido como ‘Nêgo do Nildo’. Este teria sido vítima de uma tentativa de homicídio em maio passado e escapou após ser baleado várias vezes.
Durante a revista dentro do veículo, apenas um revolver calibre 38 foi localizado, que teve Cristiano dizendo que era de sua propriedade. Nêgo disse que apenas estaria fazendo um favor indo buscar uma bomba dágua quando tudo aconteceu.
Diante dos desencontros nos depoimentos na delegacia, para onde os dois foram levados, o delegado titular de Brasiléia, Karlesso Nespoli, resolveu responsabilizar ambos pela posse da arma, aplicando uma fiança para que pudessem responder pelo crime de posse ilegal.
Após pagamento da fiança, Cristiano e Nêgo foram liberados, mas terão que se apresentar posteriormente para responder perante a Justiça. A arma ficou apreendida e passará por perícia.
Dando continuidade as denuncias, os policiais militares e civis, iniciaram buscas pelos bairros da cidade, de outro indivíduo que estaria portando arma. Foi quando localizaram Claudio Adão Almeida de Lima (35) no Bairro Alberto Castro, já na madrugada desta sexta-feira, dia 22.
Diante do cerco, Claudio foi revistado e encontraram mais uma arma, outro revolver calibre 38. Foi quando buscaram informações no sistema de segurança e descobriram que havia dois mandados de prisão em aberto contra o homem, somando mais de 10 anos de reclusão.
Adão foi conduzido à delegacia, onde foi ouvido e transferido ao presídio Francisco de Oliveira Conde na Capital, para que inicie o cumprimento das penas. O caso ainda está em aberto.
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Acre
Vítima de sequestro no Acre disse ser primo de chefe de facção para escapar da morte
Grupo Especial de Fronteira- Gefron, foram acionados e seguem fazendo buscas pelos rios e localidades. Eles já têm pistas sobre os acusados.
O homem de nome Júlio, levado na última sexta-feira, 3, como refém em uma ação de piratas no Rio Juruá, em Rodrigues Alves, disse aos criminosos que é primo de um chefe de facção local para escapar da morte.
Em seguida, ele conseguiu fugir pela mata quando o trio criminoso se assustou e encostou a embarcação, com a possibilidade da chegada da Polícia. Ele já está em segurança.
O homem estava em uma canoa quando foi abordado pelo trio que havia acabado de fazer um assalto a uma balsa e uma residência no encontro das águas dos Rios Paraná dos Mouras e Juruá. Segundo ele, os assaltantes estavam com uniformes militares, incluindo chapéus, coturnos e rádios, o que inicialmente o levou a pensar serem membros do 61º Batalhão de Infantaria de Selva-61 BIS. Eles dispararam dois tiros para abordar a canoa e um deles assumiu o controle da embarcação de Júlio.
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Em um ponto da viagem, um dos assaltantes sugeriu atirar no refém e jogá-lo no rio. No entanto, a vítima conseguiu convencer os assaltantes de que era primo de um conhecido membro de uma facção criminosa, o que parece ter poupado sua vida.
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Em um dado momento, devido a uma embarcação que se aproximava, os assaltantes pensaram ser a polícia e encostaram a canoa na margem do rio com a intenção de fugir. Após perceberem que não se tratava de policiais, os criminosos tentaram retornar para o barco, quando a vítima conseguiu fugir do local antes do retorno dos bandidos. Julio conseguiu retornar em segurança para onde mora.
Gefron e Polícia Militar
Logo depois do assalto à balsa e à residência do empresário Vanje, no encontro dos Rio Paraná dos Mouras e Juruá, equipes da Polícia Militar e do Grupo Especial de Fronteira- Gefron, foram acionados e seguem fazendo buscas pelos rios e localidades. Eles já têm pistas sobre os acusados. O trio foi visto por várias pessoas quando assaltou a balsa, que funciona como comércio e a casa do empresário.
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Inscrições para a Corrida Tiradentes se encerram na próxima quinta
Como parte da programação em comemoração aos seus 108 anos de história, a Polícia Militar do Acre (PMAC) vai promover mais uma edição da tradicional Corrida Tiradentes, no dia 2 de junho. As inscrições se encerram na próxima quinta-feira, 9, e podem ser feitas online, no site da empresa parceira Acre Running.
Segundo a comissão organizadora, a expectativa é de que pelo menos 400 atletas, entre profissionais e amadores, participem do evento. A corrida, que terá a largada às 7h, em frente ao Quartel do Comando-Geral (QCG), é aberta ao público e será dividida nas categorias militar e civil, por faixa etária. Cada participante deve escolher entre os percursos de 5 ou 10 km.
As inscrições dão direito a um kit com a camisa do evento, numeração, medalha de metal e um combo pós-corrida, que inclui hidratação e frutas. Quem optar por não levar a camisa, pode fazer a inscrição com desconto.
Para se inscrever, o atleta deve preencher um formulário online, de acordo com sua categoria, ou fazer contato com os organizadores por meio do telefone (68) 992822271.
Abaixo, os links para inscrição:
– Policias militares: https://forms.gle/5L7t8RDf7DxFNgYX7
– Comunidade em geral: https://forms.gle/FeVJuBowdWs4kodJ9
Fonte: Governo AC
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Em quatro meses, Acre teve oito operações e três prisões em combate ao abuso sexual infantil
Maio Laranja é uma campanha que incentiva o combate a exploração e abuso sexual infanto juvenil, Em adolescentes de 14 a 17 anos, foram 6 casos em 2022, sendo 9,4 casos por 100 mil habitantes, colocando o Acre com a oitava maior taxa do Brasil nesta faixa etária.
O mês de maio é marcado pela campanha Maio Laranja, que combate o abuso e exploração sexual e comercial de crianças e adolescentes. No Acre, o aumento expressivo de operações que combatem armazenamento e consumo de pornografia infantil, deflagradas pela Polícia Federal, pode mostrar também o aumento desse cenário de crimes no estado e em todo o mundo.
Apenas em quatro meses de 2024, foram deflagradas oito operações relacionadas ao abuso sexual infanto-juvenil no Acre, que representa mais que o dobro das operações deflagradas em 2023, que foram apenas três. Dos mandados judiciais cumpridos em 2024, três pessoas foram presas em flagrante, segundo o delegado da Polícia Federal, Kennedy Barbosa.
O delegado explicou que as três pessoas foram presas em flagrante em 2024 por armazenamento de conteúdo pornográfico infanto juvenil, decorrentes das operações deflagradas. Além disso, uma delas também houve o cumprimento de um mandado de prisão preventiva.
Segundo o delegado, é cada vez maior a procura por conteúdo pornográfico infanto juvenil, não apenas no Acre, mas em todo o país.
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, o último divulgado, o Acre apresenta baixos registros de pornografia infanto-juvenil entre crianças de 0 a 4 anos, com apenas 1 caso em 2022. O mesmo dado se apresenta com faixa etária de crianças de 5 a 9 anos. Já em crianças de 10 a 13 anos, o Acre apresentou 4 casos.
Em adolescentes de 14 a 17 anos, foram 6 casos em 2022, sendo 9,4 casos por 100 mil habitantes, colocando o Acre com a oitava maior taxa do Brasil nesta faixa etária.
Os casos de exploração sexual infantil foram registrados em crianças e adolescentes acima dos 10 anos no Acre. Na faixa etária 10-13, foi um caso em 2022, já entre 14-17 anos, foram 2 registros.
O Brasil registrou altas taxas por 100 mil habitantes em casos de estupro de crianças e adolescentes, com 51.971 registros em números absolutos, com taxa de 104 por 100 mil habitantes. Já os números absolutos de pornografia infanto-juvenil foram 1.630 casos em 2022.
Segundo o delegado da Polícia Federal do Acre, oito operações já foram deflagradas em apenas quatro meses em 2024, podendo ser considerada uma média de duas operações por mês. “Infelizmente é uma crescente mundial. A Polícia Federal vem trabalhando ferrenhamente no combate ao abuso sexual infantojuvenil, sendo inclusive criada uma Diretoria, a DCIBER, e as Delegacias Especializadas no âmbito das Superintendências Regionais, as DELECIBER”, explicou o delegado.
Apesar do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, com dados do ano anterior, não ter sido divulgado ainda, as investigações da Polícia Federal podem indicar o aumento na procura desse tipo de conteúdo no Acre e com isso, crescendo também o número de operações deflagradas no estado.