Denúncia de máquinas do governo em Rondônia, estão sendo usadas em fazenda de amigo de secretário do Acre

O estado do Acre não pode se dá ao luxo de emprestar máquinas principalmente para um estado rico, como Rondônia”, denunciou Diniz (Foto: Montagem)

O deputado Gherlen Diniz (PP) usou a tribuna nesta quarta-feira (21) para fazer uma grave denúncia na área da agricultura. Segundo o parlamentar, chegou ao seu conhecimento que duas colheitadeiras pertencentes ao patrimônio público do Acre estariam prestando serviços em uma fazenda de Rondônia.

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O secretário frisou que no caso específico citado por Ghlene Diniz, o proprietário da área em que ocorre a colheita pagou ao Acre uma taxa de 60% do equivalente ao preço de mercado pelo uso das máquinas.

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A fazenda localizada na Ponta do Abunã, segundo o deputado denunciante, seria de um amigo do secretário de Agricultura e Pecuária – SEAP (SEAP), José Carlos Reis, e que as duas colheitadeiras estariam sendo usadas na lavoura de arroz. Ainda de acordo com o parlamentar, o próprio secretário teria publicado, em rede social, as fotos do campo e que foi reconhecido por um engenheiro.

“Seriam máquinas novas pertencentes ao estado do Acre e estariam servindo para interesses supostamente de amigo do secretário da Seaprof. Não tenho nada contra os trabalhadores de Rondônia, mas precisamos das nossas máquinas. O MP tem que intervir e verificar essa denúncia. É algo grave. O estado do Acre não pode se dá ao luxo de emprestar máquinas principalmente para um estado rico, como Rondônia”, denunciou Diniz.

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O parlamentar pediu aos órgãos de fiscalização que apurem a denúncia. Questionado por nossa reportagem, o deputado disse que vai protocolar um requerimento na Mesa Diretora e solicitar a vinda do secretário para que se explique na comissão de Agricultura da Aleac.

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O secretário Reis afirmou à imprensa que não há qualquer ilegalidade no uso das máquinas em propriedade particular no estado vizinho. Segundo Reis, há uma espécie de parceria entre Acre e Rondônia. O secretário frisou que no caso específico citado por Ghlene Diniz, o proprietário da área em que ocorre a colheita pagou ao Acre uma taxa de 60% do equivalente ao preço de mercado pelo uso das máquinas. ” O que estamos fazendo não é de graça”, diz.

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folha do acre