A crise econômica que o país atravessa está desestimulando a permanência de imigrantes haitianos e senegaleses. Agora eles estão fazendo a rota contrária, saindo inclusive em grupos com destino ao Haiti e outros países.
A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) tem acompanhado um novo movimento dos imigrantes africanos que antes usavam o Acre como porta de entrada ao Brasil, a procura de emprego.O fluxo migratório começou em 2010 e muitos conseguiram se estabilizar no país, chegando com muita disposição ao trabalho. Mas com o advento da crise econômica que assolou a nação, agora haitianos e senegaleses estão retornando.
“Todos os dias chegam em aviões, em grupos de 20 a 30 aproximadamente. Seguem direto para o Peru depois para os Estados Unidos, Canadá e também vão para o Haiti. Eles retornam ao país de origem para rever parentes e também ver oportunidades de trabalho no país”, explica o Secretário da Sejudh, Nilson Mourão.
A Sejudh não tem registro do número de imigrantes que estão retornando usando o Acre, agora como porta de saída. A Secretaria quer saber esse dado e vai solicitar informações das empresas aéreas.
O abrigo que acolhia principalmente haitianos, fechou em fevereiro deste ano, e de acordo com o secretário, os estrangeiros não pedem mais o serviço. Mesmo assim, outros tipos de atendimento ainda são oferecidos. “Aqueles que nos procuram informamos sobre questões jurídicas, de saúde, orientamos sobre contato com a Polícia Federal e sobre a rede de atendimento a imigrantes”, completa o secretário.
Por Gislaine Vidal