Crise: construção civil no Acre perde mais de 500 trabalhadores com carteira assinada

De acordo com informações divulgadas pela Fieam, os empresários da Construção Civil acenderam um ‘sinal vermelho’ em relação ao nível de emprego formal no setor.

Kellyton Lindoso, da ContilNet Notícias

Um alerta feito pelo presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Martins surpreende: apenas no Acre, 531 postos formais foram fechados no período de janeiro/fevereiro. O presidente discursou em Manaus, durante o Fórum Norte e Nordeste da Indústria da Construção (FNNIC) realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam).

De acordo com informações divulgadas pela Fieam, os empresários da Construção Civil acenderam um ‘sinal vermelho’ em relação ao nível de emprego formal no setor

De acordo com informações divulgadas pela Fieam, os empresários da Construção Civil acenderam um ‘sinal vermelho’ em relação ao nível de emprego formal no setor. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) dão conta de que, nos últimos 5 meses, o segmento dispensou 250.017 trabalhadores que exerciam a atividade com carteira assinada.

O cadastro afirma que, somente no Acre, 531 postos formais foram fechados no período de janeiro/fevereiro. Entre outubro e dezembro, por exemplo, a categoria chegou a empregar 10 mil no Estado.

Ainda de acordo com o pronunciamento de José Carlos, o número reflete o retorno de muitos trabalhadores para a informalidade e traduz a crise de confiança da iniciativa privada no atual cenário econômico do País.

“O momento é definitivamente de crise e a inconsistência da conjuntura econômica atual começa a refletir de forma impactante na geração de empregos formais no setor”, argumentou.

Ele ainda afirma que, enquanto a classe construtora e empresarial, de forma geral, não souber como se dará a política de ajuste fiscal do Governo Federal, não será possível dar nenhum grande passo em relação a novos investimentos e contratações.

“Para planejar o futuro, o empresário precisa saber se o Governo vai fazer o ajuste diminuindo investimentos ou reduzindo custeios. Se a opção escolhida for a primeira, o ano poderá ser ainda mais difícil e essa redução no número de postos formais pode atingir a marca de 400 mil”.

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Publicado por
Alexandre Lima