Criança da entrada em hospital com fratura no crânio e morre: Mãe é principal suspeita

Abrahão apresentou um forte trauma no lado esquerdo do crânio, além de hematomas em outras partes do corpo: Mãe será ouvida e tem problemas mentais – Foto: Alexandre Lima

Alexandre Lima

O delegado de Epitaciolândia, município localizado na fronteira do Acre, deverá ouvir nas próximas horas, Rosângela Aparecida dos Santos, de aproximadamente 35 anos, mãe do pequeno Abrahão dos Santos, que iria completa seis meses de vida no dia 17 deste mês de agosto.

Segundo consta no boletim do Hospital de Clinicas Raimundo Chaar, da cidade de Brasiléia, a criança deu entrada por volta das 2h45 da madrugada deste domingo, após ser entregue por uma ambulância da cidade vizinha de Cobija, lado boliviano.

Com ele, estaria sua mãe e outras pessoas não identificadas e que apresentava trauma craniano e hematomas em outras partes do corpo e foi posto em tratamento emergencial.

No boletim do hospital, consta que a mãe seria a causadora dos traumas na criança, onde teria batido em sua cabeça com algum objeto e o jogado contra a parede. Após agonizar e lutar contra a morte, Abrahão não resistiu e foi a óbito por volta das 4h45.

Foi deixado na delegacia de Epitaciolândia, um atestado médico onde consta que a mãe tem problemas mentais, o que a torna inimputável. Ainda não se sabe onde a criança foi espancada, se no lado brasileiro ou boliviano, já que foi conduzido por um veículo estrangeiro ao hospital.

Prefeitura de Epitaciolândia cedeu um caixão para que o corpo pudesse ser levado ao IML na Capital – Foto: Alexandre Lima

FALTA DE POLÍCIA TÉCNICA E IML

O que revoltou a população que souberam da morte d criança, não seria apenas o possível espancamento e morte por parte da mãe. Foi a negligência por parte da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Acre, que retirou os agentes da regional do Alto Acre.

Dessa forma, vítimas de algum tipo de tragédia, estão novamente, a mercê de agentes que se deslocam da Capital, distante cerca de 240km da fronteira, ou quase 350km de Assis Brasil, fazendo com que os corpos esperem por longas horas até a chegada.

Membros do Conselho Tutelar não foram localizados durante o dia deste domingo, e somente às 15 horas, uma funerária foi acionada, onde colocou o corpo num caixão cedido pela Prefeitura de Epitaciolândia e depois, um parente acompanhou um policial civil até o IML na Capital.

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Alexandre Lima