Com g1/acre
Um homem de 52 anos, identificado como Levir de Lima Luna, está desaparecido dentro de uma floresta de Porto Walter, uma das cidades isoladas do Acre, desde o último domingo (16). Vizinhos tentaram, inicialmente, achar o morador, mas sem sucesso e decidiram acionar o Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul na última quinta-feira (20). As informações recebidas pelas equipes de resgates são de que o morador saiu para pescar na Comunidade Boca do Mirim, zona rural da cidade, e não conseguiu sair da mata. Os moradores da comunidade iniciaram as buscas logo que perceberam que o vizinho estava desaparecido.
Uma guarnição do Corpo de Bombeiros, composta por seis militares dirigiu-se até a comunidade, que fica cerca de 130km de distância de Porto Walter e 264km de Cruzeiro do Sul e ao chegando ao local tiveram que caminhar cerca de seis quilômetros até o ponto indicado.
Após vários dias de buscas com ajuda de moradores locais, apenas vestígios foram encontrados. Devido a área de mata ser muito extensa e o efetivo empenhado na missão ser baixo, as buscas foram suspensas. As buscas se estenderam por mais de 100km² de mata densa.
“As informações que chegaram aqui por meio de parentes são de que ele saiu de casa no domingo com a espingarda para pescar e não retornou no final do dia. Familiares e amigos foram até o local onde costuma pescar e caçar com arma de fogo e não encontraram nenhum vestígio dele”, explicou o comandante do Corpo de Bombeiros do Vale do Juruá, capitão Josadac Cavalcante.
A família disse que estranhou Levir não estar no local, contudo, foi levantada a hipótese dele ter ido caçar, já que também tinha saído com equipamento para abrir caminho na mata e seguiram com as buscas. Mais a frente, foram achados vestígios do homem.
“Encontram o caminho recente aberto na selva, mas chegou um momento em que acabaram os cortes que tinha feito na vegetação e não encontraram mais vestígios. O que acreditam é que, como ele andava com arma de fogo, posso ter saído para buscar alguma caça, esteja desorientado e não conseguiu voltar ao local de origem”, destacou.
O capitão destacou que esse tipo de ocorrência é comum na região e, por isso, as equipes são capacitadas, inclusive dentro da selva, para fazer esse tipo de busca utilizando equipamentos adequados.
“Utilizamos GPS normal, que usamos no dia a dia, e também nos celulares, como forma de backup que trabalha offline. Nossas equipes fazem buscas com a comunidade, com pessoas que conhecem a região, para nos auxiliar, levam fogo de artifício para soltar e chamar a atenção da vítima e responder de alguma forma”, acrescentou.