Brasil
Contas públicas têm superávit de R$ 1,2 bilhão em março
No acumulado em 12 meses, até março deste ano, os juros nominais alcançaram R$ 745,7 bilhões, ficando em 6,76% do PIB, comparativamente a R$ 693,6 bilhões (6,71% do PIB) nos 12 meses até março de 2023.

O resultado representa um aumento de 0,2 ponto percentual do PIB em relação ao mês anterior.
Fonte: EBC Economia
O setor público consolidado fechou o mês de março com um superávit de R$ 1,2 bilhão, informou nesta segunda-feira (6) o Banco Central (BC). No mesmo mês do ano passado, as contas públicas registraram um déficit de R$ 14,2 bilhões. Em 12 meses, o setor público consolidado, que engloba governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais, acumula déficit de R$ 252,9 bilhões, o equivalente a 2,29% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país) e 0,15 ponto percentual inferior ao déficit acumulado até fevereiro.
Segundo o BC, o Governo Central, que reúne o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central, registrou um déficit de R$ 1,9 bilhão e as empresas estatais um déficit de R$ 343 milhões. Já os governos regionais registraram superávit de R$ 3,4 bilhões.
Em março, os juros nominais do setor público não financeiro consolidado, apropriados por competência, somaram R$ 64,2 bilhões em março, ante os R$ 65,3 bilhões registrados em março de 2023.
No acumulado em 12 meses, até março deste ano, os juros nominais alcançaram R$ 745,7 bilhões, ficando em 6,76% do PIB, comparativamente a R$ 693,6 bilhões (6,71% do PIB) nos 12 meses até março de 2023.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 63 bilhões em março. No acumulado em 12 meses, o déficit nominal alcançou R$ 998,6 bilhões (9,06% do PIB), ante déficit nominal de R$ 1.015,1 bilhão (9,24% do PIB) em fevereiro deste ano.
O BC informou ainda que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) fechou o mês de março em 61,1% do PIB (R$ 6,7 trilhões), um aumento de 0,2 do PIB no mês.
“Esse resultado refletiu os impactos dos juros nominais apropriados [aumento de 0,6, do efeito do ajuste de paridade da dívida externa líquida [redução de 0,1, e da variação do PIB nominal [redução de 0,2”, disse o BC.
No ano, a DLSP também cresceu 0,2. do PIB, em função dos impactos dos juros nominais que registraram um aumento de 1,9 do superávit primário acumulado, que teve redução de 0,5do efeito do crescimento do PIB nominal, que apresentou redução de 0,9 e do efeito da desvalorização cambial de 3,2% acumulada no ano, com uma redução de 0,4.
Já a Dívida Bruta do Governo Central (DBGG), que compreende Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais, atingiu, em março, 75,7% do PIB, ficando em R$ 8,3 trilhões. O resultado representa um aumento de 0,2 ponto percentual do PIB em relação ao mês anterior.
Essa evolução no mês decorreu do efeito dos juros nominais apropriados (aumento de 0,6), do resgate líquido de dívida (redução de 0,2), e da variação do PIB nominal (redução de 0,2). No ano, o aumento de 1,3 do PIB decorre principalmente da incorporação de juros nominais (aumento de 1,9, da emissão líquida de dívida (aumento de 0,3 ), e do crescimento do PIB nominal (redução de 1,2.
Comentários
Brasil
FELCN intercepta avião com 345 kg de cocaína após intensa perseguição aérea na região de Chapare
Operação antidrogas na Bolívia apreendeu aeronave carregada com entorpecentes em pista clandestina; dois armamentos também foram confiscados

O relatório preliminar, foram apreendidos dois armas de fogo com munições, uma aeronave foi imobilizada e colocada sob custódia uma estadia com pista clandestina. Foto: captada
Uma ação da Força Especial de Combate ao Narcotráfico (FELCN) resultou na apreensão de 345,1 quilos de cloridrato de cocaína transportados em uma aeronave na região de Chapare, norte de Cochabamba, na Bolívia. A operação, realizada em 19 de julho, contou com perseguição aérea e apoio da Força Aérea Diablos Vermelhos.
Como ocorreu a interceptação:
Efetivos da FELCN identificaram um avião branco descarregando sacos em pista clandestina
Durante a perseguição, 4 sacos foram capturados de um helicóptero suspeito
Na inspeção da aeronave, mais 5 sacos do entorpecente foram encontrados
Testes confirmaram que o material era cocaína pura em tabletes
Material apreendido:
- 345,1 kg de cocaína (9 sacos)
- 2 armas de fogo com munições
- 1 aeronave utilizada para transporte

A ação foi realizada em 19 de julho por efetivos da Força Especial de Combate ao Narcotráfico (FELCN), durante patrulhamento aéreo. Foto: captada
Detalhes da operação:
O ministro boliviano Roberto Rios destacou a ação em suas redes sociais: “A perseguição foi intensa! Nossos efetivos neutralizaram mais uma rota aérea do narcotráfico”. A operação teve acompanhamento de um promotor antidrogas e resultou ainda na interdição da pista clandestina utilizada pelo esquema.
A região de Chapare é conhecida como um dos principais corredores do narcotráfico na Bolívia. Esta é a segunda grande apreensão aérea no local nos últimos três meses.
As autoridades bolivianas investigam a origem da droga e possíveis ligações com cartéis internacionais. A FELCN mantém operações reforçadas na fronteira com Brasil e Peru.
Destaques:
Perseguição aérea com apoio de helicópteros
Droga avaliada em US$ 1,2 milhão no mercado ilegal
Pista clandestina foi mapeada e desativada

Após perseguição aérea, FELCN intercepta avião com 345,1 quilos de cocaína na região de Chapare. Foto: captada
Comentários
Brasil
O poder feminino por trás do artesanato que preserva a identidade acreana e ganha fomento do governo para impulsionar economia sustentável
Na última terça-feira, 8, o secretário de Estado de Turismo, Marcelo Messias, assinou diversos termos de fomento ao artesanato, somando mais de R$ 520 mil em investimentos só em Cruzeiro do Sul

Artesanto preserva cultura e gera renda em comunidades do Acre. Foto: Pedro Devani/Secom
Em cada peça, uma história. Em cada traço, a força de uma tradição que atravessa gerações. O artesanato acreano, feito por mãos femininas e carregado de simbolismo, ganha projeção nacional e internacional com o fortalecimento das políticas públicas voltadas ao setor. Na Casa do Artesão de Cruzeiro do Sul, gerida pela Associação de Artesãos do Vale do Juruá (Assavaj), esse movimento pulsa com intensidade.
Hoje, o espaço se tornou vitrine da criatividade regional; cipó, sementes e buriti se transformam em arte. O artesanato indígena, por sua vez, dá vida à bioeconomia nas aldeias. À frente dessa jornada está um grupo majoritariamente feminino.
“Somos mais de 80 artesãos, e as mulheres lideram. Nossa diretoria é composta só por mulheres. Eu costumo dizer que somos as meninas superpoderosas, porque nunca desistimos, mesmo diante das intempéries”, afirma com brilho nos olhos Maria Nilma dos Santos, vice-presidente da Assavaj.

Na Casa do Artesão de Cruzeiro do Sul, gerida pela Associação de Artesãos do Vale do Juruá (Assavaj), esse movimento pulsa com intensidade. Foto: Pedro Devani/Secom
O Acre que cabe na bagagem
Com 18 anos de vivência como artesã, Nilma testemunha o crescimento do interesse turístico pelas peças locais, lembranças que carregam pedaços da floresta e da identidade acreana. Cruzeiro do Sul, uma joia do turismo regional, recebe visitantes de todas as partes.
“Temos um livro de registros de turistas com nomes de lugares que nem imaginávamos. E é esse público que movimenta nosso artesanato. A cidade está cada vez mais procurada”, destaca.
O apoio do governo tem potencializado esse movimento. Durante a Expoacre Juruá, realizada de 1º a 6 de julho, Nilma alcançou R$ 3,3 mil em vendas — um aumento de 18% em relação ao ano anterior. “Nunca tínhamos atingido esse patamar. As vendas surpreenderam e mostram que estamos evoluindo.”

Mulheres são maioria em associação de artesãos no Vale do Juruá. Foto: Pedro Devani/Secom
Investimento que transforma
Na última terça-feira, 8, o secretário de Estado de Turismo, Marcelo Messias, assinou diversos termos de fomento ao artesanato, somando mais de R$ 520 mil em investimentos só em Cruzeiro do Sul. A proposta inclui oficinas de capacitação para mulheres e ações de empreendedorismo para jovens e adultos.
“Nosso artesanato é uma das maiores expressões culturais e de mercado do estado. Hoje, artesãos acreanos são reconhecidos no Brasil e fora dele. Só neste mês de julho, dois deles participaram da Jornada Exportadora em Lisboa. E ainda estamos na Fenearte [Feira Nacional de Negócios do Artesanato], em Olinda, levando nossa arte para o mundo”, enfatiza o secretário.

Ancestralidade traçada em mãos habilidosas e passada de geração para geração. Foto: Pedro Devani/Secom
Mãos que guardam memórias
Há mais de 20 anos, Maria da Glória Cunha trabalha com o buriti em todas as suas formas: palha, fibra e tronco. Embora tenha feito cursos, foi no compartilhamento cotidiano com outras artesãs que aperfeiçoou suas criações.
“Vi minhas amigas fazendo e aprendi. Minhas caixinhas, luminárias, bandejas vão para outros estados. E usamos tudo do buriti, com consciência de que há tempo para a natureza se regenerar.”
A consciência ambiental é parte do processo. “As pessoas de fora dão mais valor à bioeconomia que criamos. Hoje mesmo estou produzindo mais para mandar para Rio Branco. Ainda não vivo só dessa renda, mas já ajuda muito.”

Turistas são público-alvo dos artesanatos feitos localmente. Foto: Pedro Devani/Secom
Ancestralidade em forma de arte
Maria Amélia Marubo carrega nas mãos os ensinamentos que recebeu da mãe, aos 14 anos, no sul do Amazonas. Hoje, em Cruzeiro do Sul, divide o ofício com a sobrinha, Cilia Marubo. Juntas, produzem peças que dialogam com espiritualidade e proteção.
“Cada peça traz um significado. São pinturas corporais indígenas transformadas em arte. Quando compram um artesanato, levam com eles a conexão com a natureza.”
Maria Amélia prefere criar do que vender. Por isso, conta com pontos de venda como a Casa do Artesanato e o mercado municipal. “O público local nem sempre compra, mas os turistas valorizam. Gosto quando perguntam sobre os processos, sobre a floresta.”
Entre suas peças preferidas estão os colares, especialmente os que representam a cobra coral. “A cobra coral se defende com força, por isso é considerada uma peça de proteção. É bonita e cheia de significado.”

Cestarias de cipós são uma das atrações do artesanato. Foto: Pedro Devani/Secom
Raízes que se entrelaçam
No Projeto de Assentamento Narciso Assunção, às margens da BR-364, a produtora rural Vera Lúcia Andrade descobriu, em 2013, que a terra poderia dar mais que alimentos. O cipó extraído da floresta virou matéria-prima para cestas que encantam.
“Aprendi com minha mãe, que aprendeu com a dela. Passei para minhas filhas, que estão seguindo o caminho. Elas gostam mais do buriti, mas a arte mesmo veio de mim.”
Essas mulheres pedem, em uníssono, que os investimentos continuem chegando para que a floresta siga em pé, como símbolo de resistência, memória e cultura.
Comentários
Brasil
Marcus Alexandre assume presidência do MDB em Rio Branco e projeta fortalecimento partidário para 2026
Ex-prefeito é homologado no cargo com presença de aliados, incluindo Petecão (PSD) e representantes do PP; foco será no programa “MDB Presente” para engajamento local

Marcus Alexandre começa seu projeto de trabalho a partir do MDB Presente, programa lançado pelo diretório nacional do partido cujo objetivo é aproximar a agremiação das bases. Foto: captada
O ex-prefeito de Rio Branco Marcus Alexandre foi oficializado como presidente do diretório municipal do MDB nesta sexta-feira (18), em cerimônia que reuniu filiados, lideranças estaduais do partido e o senador Sérgio Petecão (PSD). A homologação marca o início de sua estratégia para fortalecer a sigla no Acre, com o programa “MDB Presente”, iniciativa nacional de capilarização partidária.
O evento contou com a presença de Gemil Júnior, suplente do senador Alan Rick (sem partido), e do vice-presidente do PP-AC, Lívio Veras, representando o governador Gladson Cameli. A articulação entre partidos sugere alinhamentos preliminares para o pleito de 2026.
Foco nas bases
Em discurso, Marcus Alexandre destacou o “MDB Presente” como eixo de sua gestão, com visitas a bairros e interior para consolidar a legenda. “Queremos um partido enraizado, pronto para disputar em 2026”, afirmou. A meta é ampliar a influência do grupo na capital, como no estado
O movimento ocorre em meio a reconfigurações políticas locais, com o MDB buscando espaço após derrotas em 2022. A adesão de Marcus, que já foi do PT, reforça a sigla como alternativa de centro.
Marcus Alexandre destaca experiência e planeja engajamento do MDB em Rio Branco
Em seu discurso após assumir a presidência do MDB municipal, o ex-prefeito Marcus Alexandre afirmou que o diretório estará atento às principais pautas da cidade e colocará sua trajetória política a serviço do partido. “Já fui prefeito duas vezes, participei de eleição majoritária recentemente, elaborei um plano de governo e percorri todos os bairros de Rio Branco. Queremos contribuir com esses debates, ouvindo a população por meio do programa MDB Presente”, declarou.
Apoio aos vereadores e alinhamento com o MDB estadual
Marcus Alexandre reconheceu o protagonismo do diretório estadual nas discussões para as eleições de 2026, mas ressaltou que a executiva municipal terá um papel ativo. “Vamos acompanhar e dar suporte aos nossos três vereadores – Neném Almeida, Fábio Araújo e Eber Machado –, que fazem um excelente trabalho na Câmara”, completou. A fala reforça a estratégia do partido de fortalecer sua base local enquanto se prepara para a disputa estadual.
A declaração reforça a intenção do MDB de se manter relevante no cenário político acreano, após um período de rearticulação. Com Marcus na liderança municipal, a sigla busca reposicionar-se como uma força de centro, capaz de agregar aliados e influenciar decisões-chave nos próximos anos.

O movimento ocorre em meio a reconfigurações políticas locais, com o MDB buscando espaço após derrotas em 2022. Foto: arquivo
Marcus Alexandre Médici Aguiar Viana da Silva, conhecido como Marcus Alexandre (Ribeirão Preto, 13 de junho de 1977) é um engenheiro e político brasileiro, filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Foi prefeito de Rio Branco, capital do estado do Acre.
Você precisa fazer login para comentar.