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Contas do governo têm déficit inédito no pior primeiro semestre da história

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Nos seis primeiros meses deste ano, houve déficit de R$ 1,59 bilhão.
É o pior resultado para o período da série histórica, que começa em 1997.

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As contas do governo registraram neste ano o pior resultado para um primeiro semestre desde o início da série histórica, em 1997, segundo números divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta quinta-feira (30).

Nos seis primeiros meses deste ano, foi registrado um déficit primário (receitas menos despesas, sem contar os juros da dívida pública) inédito de R$ 1,59 bilhão, segundo números oficiais.

Em igual período do ano passado, foi registrado um superávit de R$ 17,35 bilhões. Até então, o pior resultado para o período havia ocorrido em 1998 (superávit de R$ 3,06 bilhões).

Os resultados das contas públicas têm sido afetados pela redução da arrecadação federal, que registrou o pior desempenho para o período de janeiro a junho desde 2011.

As receitas foram afetadas pelo baixo nível de atividade econômica e, também, pela  desonerações de tributos efetuadas nos últimos anos justamente para tentar estimular o Produto Interno Bruto (PIB) e o nível de emprego – que não foram totalmente revertidas pelo governo federal.

“Não é o resultado que gostaríamos, mas estamos trabalhando no dia a dia. Uma questão de atividade, de ciclo econômico, tem afetado nossa arrecadação. Quando a economia tem um grau de incerteza muito grande, a gente percebe que as empresas retêm um pouco sua disposição ao pagamento de impostos”, afirmou o o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive.

“E isso significa também que o nível de atividade da economia não explica por si só a queda de arrecadação”, declarou.

Captura de Tela 2015-07-30 às 18.09.39Nota de risco
Apesar do resultado ruim das contas públicas e da indicação da Standard & Poors de que a nota brasileira pode ser rebaixada no futuro, Saintive afirmou que o governo não trabalha com redução da nota de risco do país.

“Não trabalhamos com redução de avaliação pelas agências de rating. Temos explicado tudo o que está sendo feito [para as agências]. O esforço fiscal permanece. Quadro fiscal complexo, delicado, mas tem várias medidas que foram mandadas ao Congresso Nacional. Isso nos leva a crer que manteremos nosso ‘investment grade'”, afirmou o secretário.

A equipe econômica trabalha para que a nota brasileira, concedida pelas agências de classificação de risco, permaneça no chamado “grau de investimento” – que é um tipo de recomendação para investimento.

Perdendo essa nota, as regras de vários fundos de pensão de outros países impediriam o investimento no Brasil, o que dificultaria a capacidade de o país, e das empresas do setor privado brasileiro, buscarem recursos no exterior – aumentando subsequentemente os juros destas operações.

Mês de junho
Somente no mês de junho, o Tesouro Nacional informou que foi registrado um déficit primário de R$ 8,2 bilhões. Este também foi o pior resultado para este mês desde o início da série histórica, em 1997.

Até então, o valor mais baixo em junho havia sido em 2014, com o resultado negativo de R$ 1,93 bilhão.

Meta do governo
Na semana passada, o governo formalizou a a redução da meta de superávit primário de suas contas para todo este ano – procedimento que já era esperado pelos analistas do mercado financeiro devido, principalmente, pela redução da arrecadação. O superávit primário é a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida pública.

Em novembro, a equipe econômica havia fixado uma meta de R$ 55,3 bilhões para as contas do governo em 2015. Na última semana, porém, esse objetivo foi reduzido para somente R$ 5,8 bilhões neste ano, o equivalente a 0,10% do PIB.

Para todo o setor público, o que inclui ainda os estados, municípios e estatais, a meta fiscal para este ano caiu de R$ 66,3 bilhões (1,2% do PIB) para R$ 8,7 bilhões (0,15% do PIB).

Medidas
Para tentar atingir as metas fiscais, além de aumentar tributos sobre combustíveis, automóveis, empréstimos, importados, receitas financeiras de empresas, exportações de produtos manufaturados, cerveja, refrigerantes e cosméticos, o governo também atuou na limitação de benefícios sociais, como o seguro-desemprego, o auxílio-doença, o abono salarial e a pensão por morte, medidas já aprovadas pelo Congresso Nacional.

Além disso, efetuou um bloqueio inicial de R$ 69,9 bilhões no orçamento deste ano, valor que foi acrescido de outros R$ 8,6 bilhões na semana passada. As principais rubricas afetadas pelo contingenciamento do orçamento de 2015 são os investimentos e as emendas parlamentares.

Receitas, despesas e investimentos
De acordo com dados do governo federal, as receitas totais subiram 4,3% nos seis primeiros meses ano (em termos nominais, sem descontar a inflação), contra o mesmo período do ano passado, para R$ 627 bilhões. O aumento das receitas foi de R$ 26 bilhões sobre o mesmo período do ano passado.

Ao mesmo tempo, as despesas totais subiram o dobro nos seis primeiros meses deste ano (ainda em termos nominais): 8,7%, para R$ 514 bilhões.

Neste caso, o aumento foi de R$ 41 bilhões. Os gastos somente de custeio, por sua vez, avançaram 16,1% na parcial deste ano, para R$ 119 bilhões – um aumento de R$ 16,52 bilhões.

Já no caso dos investimentos, porém, houve forte redução de gastos. Segundo números oficiais, as despesas com investimentos caíram 31,1% nos seis primeiros meses deste ano, para R$ 27,79 bilhões. A queda frente ao mesmo período de 2014 foi de R$ 12,56 bilhões, de acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional.

Dividendos, concessões, CDE e subsídios
Além do fraco comportamento da arrecadação, fruto do baixo ritmo da atividade econômica, o governo também informou que recebeu, nos seis primeiros meses deste ano, menos recursos de dividendos de empresas estatais.

Captura de Tela 2015-07-30 às 18.11.34De janeiro a junho de 2015, o governo recebeu R$ 3,36 bilhões em dividendos (parcelas de lucros), contra R$ 10,49 bilhões no mesmo período de 2014. O Tesouro Nacional informou que não estão previstos pagamentos de dividendos pela Petrobras neste ano.

Em concessões, porém, o governo recebeu mais recursos de janeiro a junho deste ano (R$ 3,98 bilhões) contra o mesmo período do ano passado (R$ 1,24 bilhão).

O governo informou ainda que foi realizado um pagamento de R$ 1,25 bilhão para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) nos seis primeiros meses deste ano, em comparação com R$ 4,1 bilhões no mesmo período do ano passado.

Apesar de ter prometido não fazer pagamentos para a CDE neste ano, foi paga uma última parcela em janeiro. A CDE é um fundo por meio do qual realiza ações no setor elétrico, entre elas o financiamento de programas como o Luz para Todos, subsídio à conta de luz de famílias de baixa renda, compra de combustível para termelétricas e pagamento de indenizações para empresas.

No caso dos subsídios, a Secretaria do Tesouro Nacional informou que os pagamentos somaram R$ 11,28 bilhões de janeiro a junho deste ano, contra R$ 4,96 bilhões no mesmo período do ano passado.

Segundo o secretário Marcelo Saintive, chefe do Tesouro Nacional, a gestão do governo “vem pagando tempestivamente as despesas”. “Isso tem acontecido. Resultado de subsídios e subvenções mostra isso”, declarou ele. Nos últimos anos, o governo atrasou alguns pagamentos, processo que ficou apelidado como “pedaladas fiscais” – que está sendo questionado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

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Missão da Nasa retorna à Terra com maior amostra de asteroide já coletada

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Cápsula com amostra do asteroide Bennu coletada pela missão Osiris-Rex, da Nasa
KEEGAN BARBER / NASA / AFP – 24/09/2023

A amostra, coletada do asteroide Bennu, em 2020, deve conter cerca de 250 gramas de material

A maior amostra já coletada de um asteroide, e a primeira feita pela Nasa, pousou no deserto de Utah neste domingo (24), sete anos após o lançamento da sonda Osiris-Rex. A aterrissagem, observada por sensores militares, foi complementada pelo acionamento de dois paraquedas.

Segundo a agência espacial dos EUA, a amostra, coletada do asteroide Bennu, em 2020, deve conter cerca de 250 gramas de material, muito mais que dois asteroides anteriores trazidos por missões japonesas.

Esse material vai “ajudar a compreender melhor os tipos de asteroide que poderiam ameaçar a Terra”, além de lançar luz sobre “o início da história do sistema solar”, destacou o diretor da Nasa, Bill Nelson.

Trata-se da “maior amostra já recuperada desde as rochas lunares” do programa Apollo, que terminou em 1972, contou à AFP a cientista da Nasa Amy Simon, antes do pouso.

Aproximadamente quatro horas antes do horário programado, a sonda Osiris-Rex lançou a cápsula que continha a amostra, a mais de 100 mil quilômetros da Terra.

A cápsula atravessou a atmosfera durante 13 minutos: entrou com uma velocidade superior a 44 mil quilômetros por hora e chegou a registrar uma temperatura de 2.700°C.

A Osiris-Rex continuou sua missão em direção a outro asteroide.

Assim que a cápsula pousou no deserto de Utah, uma equipe munida de luvas e máscaras analisou seu exterior, antes de colocá-la em uma rede para ser levada por um helicóptero.

Asteroide Bennu pode ser uma ameaça à Terra
NASA

Na segunda-feira (25), a amostra será transferida de avião para o Centro Espacial Johnson, em Houston, no Texas, onde será analisada, em um processo que deve durar dias.

Os resultados iniciais devem ser apresentados em uma coletiva de imprensa da Nasa em 11 de outubro.

A maior parte da amostra será preservada para estudo das gerações futuras. Cerca de 25% será usada imediatamente para experimentos, e uma pequena parcela será compartilhada com os parceiros Japão e Canadá.

Tóquio já havia presenteado a agência espacial americana com fragmentos do asteroide Ryugu, do qual obteve 5,4 gramas, em 2020, na missão Hayabusa-2. Em 2010, o país também relatou uma quantidade microscópica de outro asteroide.

Mas a amostra de Bennu é “muito maior, então poderemos fazer muito mais análises”, afirmou o presidente da Nasa.

Os asteroides são formados por materiais originários do Sistema Solar que, diferentemente da Terra, permaneceram intactos. Logo, eles contêm “pistas sobre como o Sistema Solar se formou e evoluiu. É a história da nossa própria origem”, explicou Melissa Morris, diretora do programa Osiris-Rex.

Ao colidirem com o planeta Terra, “pensamos que os asteroides e os cometas trouxeram matéria orgânica, potencialmente água, que ajudou a desenvolver a vida na Terra”, disse Simon.

Os cientistas acreditam que o Bennu, que tem 500 metros de diâmetro, seja rico em carbono e contenha moléculas de água envoltas em minerais.

A superfície do asteroide mostrou ser menos densa que o esperado. Logo, compreender melhor sua composição poderá ser útil no futuro.

Há uma pequena probabilidade (uma em 2.700) de que o Bennu colida com a Terra em 2182, o que seria catastrófico. Em 2022, a Nasa conseguiu desviar a trajetória de um asteroide ao impactá-lo.

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Golpistas passam a usar inteligência artificial; saiba se proteger

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Segundo especialista, cuidado precisa ser redobrado quando um parente pede dinheiro emprestado, por exemplo

O avanço da tecnologia sempre traz benefícios e prejuízos. Foi assim ao longo de toda a história. Com a IA (inteligência artificial), não seria diferente.

Apesar de facilitar a vida dos programadores, por exemplo, a ferramenta está sendo utilizada para aplicar golpes.

“A IA é a mais nova ferramenta dos criminosos para fazer vítimas, principalmente em fraudes financeiras e, certamente, também é uma das formas mais sofisticadas de aplicar golpes. Os criminosos estão acompanhando os avanços na tecnologia e aprimorando técnicas, que se tornam cada vez mais complexas”, explica Henrique Schneider, presidente-executivo da Netfive, empresa especializada em segurança da informação.

Como os criminosos usam a IA

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Um dos principais golpes aplicados com a ajuda da inteligência artificial é a manipulação ou simulação da voz. Há programas capazes de “clonar” uma voz, tendo como base um áudio de poucos segundos.

Assim, criminosos conseguem imitar desde o tom de fala até pausas e a respiração da vítima, e tornam pedidos de dinheiro muito mais convincentes ao enviar áudios para amigos e familiares ou efetuar ligações que enganam até as pessoas mais próximas devido à semelhança com a voz real.

Outro tipo de fraude que utiliza a inteligência artificial é a técnica da deepfake, que substitui rostos e cria, assim, imagens e vídeos falsos. A IA consegue colocar um rosto no lugar de outro e simular falas e movimentos corporais, o que torna os vídeos bem realistas.

Essa técnica pode ser usada para fraudar sistemas de biometria facial, por exemplo, frequentemente utilizada como etapa de segurança para o acesso a contas bancárias ou aplicativos e sites que exigem o reconhecimento facial.

Além disso, a criação de fotos e vídeos falsos por meio da deepfake também pode facilitar golpes como o do falso sequestro, na medida em que criminosos conseguiriam gerar imagens para manipular familiares e induzi-los a fazerem transferências bancárias ou passar dados como forma de pagar pelo resgate de um parente.

Saiba como se proteger

Para o executivo, os avanços da tecnologia exigem que tenhamos um cuidado cada vez maior com nossos dados.

“Atualmente, os criminosos não estão empenhados em roubar apenas nossas senhas e nosso dinheiro, mas também nossa imagem e até nossa voz. Por isso, redobre os cuidados ao postar algo nas suas redes sociais, principalmente se seu perfil for público, porque, assim, suas informações ficam muito mais expostas e podem ser acessadas por qualquer pessoa”, alerta Schneider.

Além disso, ele recomenda muita atenção e certa dose de desconfiança ao receber mensagens de familiares e amigos pedindo dinheiro. Nesses casos, tente contatar diretamente a pessoa. Se for pessoalmente, melhor.

Também é possível combinar previamente uma palavra de segurança entre os familiares ou amigos, para ser usada como forma de confirmar a identidade da pessoa.

Desconfie também de mensagens (SMS ou no WhatsApp) e e-mails com links, principalmente de remetentes que sejam diferentes dos canais oficiais das empresas. Procure sempre contatá-los por esses canais e, se possível, resolva pendências presencialmente, sobretudo as que envolverem questões financeiras.

Ainda, não forneça dados como CPF e número do cartão nem faça transferências para desconhecidos.

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Brasil, 40 graus: capitais devem ultrapassar marca neste domingo

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Cuiabá, Palmas, Rio e Teresina podem atingir a temperatura mais alta do ano; recordes históricos podem ser quebrados hoje

A onda de calor que atingiu o Brasil nesta semana alcançará seu pico neste domingo (24). A expectativa é de que 11 capitais registrem a temperatura mais alta do ano hoje, incluindo São Paulo e Curitiba (PR), que podem chegar a recordes históricos.

Segundo o Climatempo, os termômetros podem alcançar os 38ºC na capital paulista, o que seria a maior temperatura da história da cidade, superando os 37,8°C de outubro de 2014. O mesmo pode acontecer em Curitiba, onde a previsão de máxima é de cerca de 35°C, mas que pode ultrapassar a marca histórica de 35,5°C.

Outras capitais, por sua vez, podem registrar as maiores temperaturas no ano. O domingo no Rio de Janeiro certamente terá praias lotadas, com os termômetros chegando aos 41°C durante a tarde.

Palmas, no Tocantins, e Teresina, no Piauí, também não ficam longe da Cidade Maravilhosa. A previsão aponta 40ºC nos dois municípios.

A capital com maior temperatura neste domingo será Cuiabá, no Mato Grosso, onde os termômetros devem chegar a 43°C.

São Paulo

Neste sábado (23), a cidade de São Paulo registrou recorde de temperatura máxima no ano de 2023. Os termômetros marcaram 34,8ºC às 16h, mais do que os 34,7ºC anotados na sexta (22). Foi a quarta quebra em um intervalo de apenas dez dias na cidade. Os dados são do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Veja capitais que podem quebrar recordes anuais ou históricos hoje:

Brasília (DF): 34°C
Belo Horizonte (MG): 36°C
Campo Grande (MS): 39°C
Cuiabá (MT): 43°C
Curitiba (PR): 35°C (possível recorde histórico)
Goiânia (GO): 38°C
Palmas (TO): 40°C
Rio de Janeiro: 41°C
Teresina (PI): 40°C
São Paulo: 38°C (possível recorde histórico)
Vitória: 36°C

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