Com Agência Brasil
Também nesta segunda começa a Campanha Nacional de Multivacinação. Crianças e adolescentes menores de 15 anos, não vacinados ou com vacinas em falta, devem comparecer às unidades de saúde para atualizar a caderneta de vacinação.
A campanha contra a poliomielite é voltada para crianças menores de 5 anos de idade, e conta com estratégias diferenciadas para crianças com até 1 ano e as que têm de 1 a 4 anos.
Dependendo do esquema vacinal registrado na caderneta, a criança poderá receber a Vacina Oral Poliomielite (VOP), como dose de reforço ou dose extra, ou a Vacina Inativada Poliomielite (VIP), como dose de rotina.
A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos. Em casos graves, pode levar a paralisias musculares, em geral nos membros inferiores, ou até mesmo à morte. A vacinação é a única forma de prevenção.
A falta de saneamento, as más condições habitacionais e higiene pessoal precária são fatores que favorecem a transmissão do poliovírus. Ele é transmitido por meio do contato direto com fezes ou secreções eliminadas pelas pessoas doentes.
Não existe tratamento específico para a poliomielite. Todas as pessoas contaminadas devem ser hospitalizadas para receber tratamento de acordo com o quadro clínico.
Entre os sintomas mais frequentes estão febre, dor de cabeça e no corpo, vômitos, espasmos e rigidez na nuca. Na forma de paralisia, ocorre a súbita deficiência motora, acompanhada de febre, flacidez e assimetria muscular, e persistência de paralisia residual (sequela) após 60 dias do início da doença.
As sequelas são tratadas por meio de fisioterapia e exercícios que ajudam a desenvolver a força dos músculos afetados. Além disso, pode ser indicado o uso de medicamentos para aliviar as dores musculares e das articulações.
Desde 2016, o esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável (aos 2, 4 e 6 meses de idade) e mais as doses de reforço com a vacina oral bivalente (gotinha). A medida está de acordo com a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e faz parte do processo de erradicação mundial da pólio.
O último caso de infecção pelo poliovírus selvagem registrado no Brasil ocorreu em 1989, na cidade de Souza, na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a certificação de área livre de circulação do vírus. No cenário internacional, hoje há dois países endêmicos para a doença: o Paquistão e Afeganistão.
De acordo com o Ministério da Saúde, até o momento não há contraindicação médica para vacinar pessoas infectadas com Covid-19. A pasta orientou a rede pública a adotar medidas de prevenção contra o novo coronavírus, para garantir a segurança das pessoas que comparecerem aos postos.
Entre as orientações, estão garantir a administração das vacinas em locais abertos e ventilados, disponibilizar local para lavagem das mãos ou álcool em gel, orientar que somente um parente acompanhe a pessoa a ser vacinada, e realizar a triagem de pessoas com sintomas respiratórios antes da entrada na sala de vacinação.