Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta sexta-feira, 16, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) e do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19, revelou que, com estabilidade em seus indicadores, todo o estado se mantém pela sexta vez em Nível de Atenção (Bandeira Amarela), na avaliação do período entre 27 de setembro e 10 de outubro.
Ainda que haja estabilidade, o Comitê apontou para oscilações negativas nas regionais de saúde definidas para o acompanhamento do avanço da doença. O Alto Acre apresentou crescimento no número de internações por síndrome respiratória aguda grave, enquanto o Baixo Acre registrou aumento no número de casos confirmados de Covid-19, e a regional do Juruá e Tarauacá-Envira tiveram aumentos de ocupação nos leitos clínicos e de UTI com casos da doença.
“Com a manutenção dos indicadores, significa que o comportamento da população não tem sido modificado. E sem grandes mudanças, não conseguiremos apresentar melhoras. Se não houver a manutenção dos cuidados sanitários e farmacológicos, não conseguiremos avançar para Bandeira Verde”, destacou Karolina Sabino, coordenadora do Grupo de Apoio ao Pacto Acre Sem Covid.
Durante este momento do avanço da pandemia em todo o mundo, o governo do Acre, com o apoio do governo federal, realizou um grande investimento na área de saúde pública, totalizando a criação de 90 leitos de UTI e 352 leitos clínicos especificamente destinados ao combate da Covid-19, além do oferecimento hoje de ampla testagem, mas que, mesmo com avanço em tão pouco tempo, os cuidados pessoais e coletivos seguem necessários para que o sistema não corra risco de, no futuro, entrar em colapso.
O secretário de Saúde, Alysson Bestene, reforçou que gestos simples como evitar aglomerações desnecessárias, manter o distanciamento social, lavar as mãos e usar máscaras podem fazer toda a diferença.
“Estamos nos esforçando para levar o amplo conhecimento de combate dessa doença à nossa população. E também estamos em período eleitoral, reforçando as recomendações e os protocolos sanitários estaduais e municipais com as agremiações políticas para evitar o avanço da doença. Estamos chegando ao final do ano e não queremos regredir bandeira. Para isso, precisamos do trabalho conjunto de todos”, reforça o secretário.
A próxima avaliação da classificação de risco será revelada no dia 30 de outubro.
Na Bandeira Amarela, todas as atividades comerciais devem manter as orientações sanitárias estaduais, os protocolos sanitários municipais e demais limitações impostas pela resolução nº 02, de 3 de julho de 2020, do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19.
Alguns setores comerciais tiveram a possibilidade de aumentar a capacidade de atendimento em relação ao previsto na fase anterior (Bandeira Laranja), podendo chegar a 60% agora.
Bares, restaurantes, pizzarias, lanchonetes, sorveterias e similares podem abrir com capacidade de 50% do número de mesas, além do retorno da música ao vivo com cuidados específicos; restaurantes self service deverão ter protocolo e autorização própria. Teatros, cinemas e apresentações culturais também podem voltar com capacidade de até 30%.
Eventos religiosos em templos ou locais públicos, de qualquer credo ou religião, inclusive reuniões de sociedades ou associações sem fins lucrativos podem retornar com 30% da capacidade. Por fim, centros de formação e capacitação, estúdios de dança, escolas e estúdios de música, centros de formação de condutores de veículos automotores e similares também podem reabrir nesta capacidade.
Por meio de decreto, as academias de ginástica também puderam reabrir com capacidade reduzida para 30%. Praças de alimentação também puderam reabrir com protocolo específico. E, recentemente, espaços públicos como parques e piscinas esportivas também foram liberados seguindo protocolos especiais.
Outro decreto também permitiu a volta de laboratórios de saúde e atendimentos a comunidade de instituições de ensino superior privado.
Vale ressaltar que o enquadramento dos estabelecimentos de ensino educacional regular (escolas de ensino fundamental e médio, universidades e centros universitários) e creches será realizado por meio de resolução específica do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19.
O Pacto Acre sem Covid é uma ferramenta destinada a viabilizar a harmonia entre o desenvolvimento econômico, o direito de proteção à saúde e os valores sociais do trabalho, tendo por finalidade fundamental a efetiva proteção do direito à vida.
De acordo com o método definido pelo Pacto Acre sem Covid, a classificação em nível de risco é realizada conforme a delimitação territorial das regionais de Saúde do estado, a saber: região do Alto Acre (Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri), Baixo Acre e Purus (Acrelândia, Bujari, Capixaba, Jordão, Manoel Urbano, Plácido de Castro, Porto Acre, Rio Branco, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira e Senador Guiomard) e a região do Juruá e Tarauacá-Envira (Cruzeiro do Sul, Feijó, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Rodrigues Alves e Tarauacá).
A classificação em níveis de risco (bandeiras), expressa por meio de uma nota geral que varia de 0 a 15, é obtida por meio da mensuração de sete índices, sendo eles: isolamento social; notificações por síndrome gripal; novas internações por síndrome respiratória aguda grave; novos casos por síndrome gripal Covid-19; novos óbitos por Covid-19; ocupação de Leitos Clínicos Covid-19 e ocupação de UTIs Covid-19.
Os níveis de classificação de risco foram divididos em Vermelho, Laranja, Amarelo e Verde, respectivamente do mais restritivo para o mais flexível. A cada 14 dias é realizada uma nova avaliação dos indicadores, cabendo às prefeituras autorizar as atividades permitidas no respectivo nível de risco apurado por meio de decreto municipal, bem como a instituição de protocolos sanitários a serem seguidos pelos setores da economia que estejam autorizados a funcionar. Um trabalho que envolve Estado, prefeituras e entidades e conta com o apoio de toda a comunidade.
Para mais informações de protocolos, acesse: http://covid19.ac.gov.br/