Com 490,4 mil pessoas registradas pelo Censo em três meses, AC é 3º estado mais atrasado na pesquisa

Com menos da metade dos recenseadores necessários em campo, somente 54,07% da população acreana foi recenseada, segundo balanço parcial do IBGE.

Depois de três meses do início da coleta de dados, o Censo Demográfico 2022 contou 490.385 pessoas em 149.786 no Acre. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse contingente corresponde a 54,07% da população estimada no estado, que é de 906.876 pessoas.

Os dados do terceiro balanço da coleta foram divulgados pelo IBGE nessa terça-feira (1°). Com esse percentual, o Acre aparece como o terceiro estado mais atrasado na pesquisa, ficando atrás somente de Mato Grosso e Amapá, com 42,72% e 51,47% da população recenseada, respectivamente.

Do total da população acreana recenseada até o momento, 50,45% são mulheres e 49,54% homens. Além disso, 22.801 indígenas foram recenseados até o momento.

Cerca de 1,63% dos domicílios acreanos (média nacional) se recusaram a responder a pesquisa.

Em todo o Brasil, nos três primeiros meses de coleta, foram recenseadas cerca de 136 milhões de pessoas, o que corresponde a 63,8% da população brasileira estimada, sendo 51,7% mulheres (70,3 milhões) e 48,3% homens (65,7 milhões).

O instituto informou ainda que continua enfrentando dificuldades para colocar recenseadores nas ruas para fazerem a coleta. No Acre, são 275 recenseadores em campo – apenas 40,4% do total de vagas disponíveis (680).

O IBGE anunciou em 3 de outubro o adiamento do fim da coleta de dados do Censo Demográfico de 2022 justamente por causa da falta de recenseadores. A previsão anterior era de encerrar a coleta no final de outubro. Agora, a previsão de encerramento é dezembro.

Os recenseadores são remunerados por número de questionários respondidos e de acordo com a dificuldade da área pesquisada. Desde setembro, o IBGE fez mudanças na faixa de remuneração, com aumento no valor pago. Mas isso foi insuficiente para manter recenseadores ou atrair candidatos. Muitos ainda reclamam de baixa remuneração e de atrasos nos pagamentos.

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Publicado por
G1 Acre