Colono ferido em derrubada paga por tratamento na Bolívia após ir à Capital

Edivaldo está com fratura em dois lugares do braço e três costelas, além de levar pontos na cabeça e ferimentos pelo corpo – Foto: Alexandre Lima

Alexandre Lima

Em menos de uma semana após a secretaria de saúde do Acre, Sueli Melo, ter visitado a fronteira e avisar que iria melhorar o atendimento na regional Alto Acre, além de criticar o atendimento das unidades de saúde, se esqueceu de falar da falta de transporte, medicamentos e falta de material e estrutural do sucateado Hospital Raimundo Chaar.

Ferimentos no corpo de Edivaldo – Foto: Alexandre Lima

Como foi anunciado neste final de semana, um homem teria sofrido um acidente de trabalho quando realizava derrubada, numa colônia localizada no ramal do km 19, na Estrada do Pacífico. Uma das árvores teve parte de sua galhada que caiu sobre o homem.

O incidente lhe causou fraturas no braço esquerdo, duas ou três costelas fraturadas, um corte na cabeça que lhe rendeu cinco ponto, além de escoriações pelo corpo. Após receber os primeiros socorros em Brasiléia, recebeu encaminhamento para a Capital, onde deveria passar por cirurgias no braço.

Novamente, o hospital estaria desassistido de ambulância, devido estar atendendo outra ocorrência. O veículo disponibilizado ao hospital, está estacionada a dias em frente do prédio com defeitos mecânicos, este que misteriosamente apareceu depois de muitas reclamações, mas não funciona.

Edivaldo Lourenço de Araújo, 26 anos, bancou com recursos próprios sua transferência num taxi para a Fundação Hospitalar em Rio Branco. Lá achava que iria ser atendido, mas foi surpreendido ao ficar no corredor juntamente com outros doentes.

Somente depois de horas, foi atendido e soube que poderia ficar no hospital por até dois meses até ser operado, segundo um dos médicos que lhe avisou que não iria passar na frente de pessoas que já esperavam por cerca de duas semanas.

Apavorado com o que viu e ouviu, pediu a chapa de raio-x e o encaminhamento para ir embora, o que lhe foi negado. Ouviu no hospital que não precisaria já que iria buscar atendimento particular, então resolveu voltar para Brasiléia de taxi com sua mãe e esposa.

Na noite desta segunda-feira, dia 5, foi procurar atendimento na cidade de Cobija, capital de Pando, lado boliviano. O fato causou revolta de seus pais, parentes e amigos que repudiaram o ocorrido.

Edivaldo falou com o jornal oaltoacre.com, veja vídeo reportagem abaixo.

Ambulância com problemas mecânicos…

… acumula poeira em frente ao prédio do hospital – Foto: Alexandre Lima

Veja momentos em que Edivaldo foi levado ao hospital de Cobija para que pudesse ser tratado dos ferimentos.

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