A Tribuna
O tabuleiro eleitoral em Mâncio Lima, município mais ocidental do Brasil, coloca o ex-governador Jorge Viana (PT) e o senador Sérgio Petecão (PSD) novamente do mesmo lado político.
Partidos tradicionalmente rivais, em extremos opostos do espectro ideológico, político e até na divisão entre legendas laicas e religiosas estão formando as mais estranhas e inusitadas coligações, impensáveis há alguns anos.
Longe de parecer estranho, isso só demonstra um amadurecimento político e o fim das idiossincrasias dos falsos rótulos, acenando que a velha divisão entre esquerda e direita e entre os que se diziam puros contra os que classificavam de forma rasteira e crítica como corruptos ou párias não existe mais.
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Por exemplo, em Mâncio Lima, coligação fechada em convenção definiu a chapa do atual prefeito Isaac Lima, do PT, tendo como vice Ângela Valente (Republicanos), partido ligado á Igreja Universal, que sempre foi arqui-inimigo dos petistas.
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Em Marechal Thaumaturgo, a coligação reunirá PSD, PSDB, PP e PCdoB, no apoio ao atual prefeito, Isaac Piyãko ( PSD).
Que ainda tem influência entre os tucanos e sempre se considerou adversário do comunismo e socialismo, a ponto de criticar o apoio do governador Gladson Cameli, na capital, à socialista Socorro Neri.
Nessa sopa de letras partidárias no estado, os preconceitos, as diferenças ideológicas vão ficando para trás de tal maneira que nenhum partido poderá pureza e compromisso ideológico de ninguém.