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Acre

Círio de Nazaré: Durante procissão no Acre, fiéis contam histórias de devoção e graças alcançadas

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Mulher participa há 17 anos de procissão após conseguir engravidar depois de seis abortos. Pai solo de menino com cisto no cérebro também acompanhou a caminhada.

Procissão lotou as ruas de Rio Branco neste domingo (9) — Foto: Tácita Muniz/g1

Procissão lotou as ruas de Rio Branco neste domingo (9) — Foto: Tácita Muniz/g1

Histórias de fé e devoção marcaram a volta da tradicional procissão, que faz parte do encerramento do Círio de Nazaré, em Rio Branco. A estimativa é que pelo menos 3 mil pessoas tenham participado da procissão, que aguardou o encontro das imagens de Nossa Senhora de Nazaré e Jesus Cristo e depois percorreu as ruas do Centro até a Catedral que leva o nome da santa, padroeira de Rio Branco.

A corda, de 200 metros, é um dos maiores símbolos da grande procissão do Círio de Nazaré, onde há pagamento de promessas ou pedidos por bênçãos.

Em meio a multidão, muitas são as histórias de devoção. Este ano, após dois anos suspensa devido à pandemia, a procissão tem uma significado ainda maior para os fiéis, que em sua maioria foi para agradecer pela vida e outras graças alcançadas.

Eliane engravidou após seis abortos e vai à procissão há 17 anos  — Foto: Tácita Muniz/g1

Eliane engravidou após seis abortos e vai à procissão há 17 anos — Foto: Tácita Muniz/g1

Uma dessas pessoas é Eliane Silva, de 39 anos. Já são 17 anos participando deste ato de fé. Isso é uma promessa que ela cumpre por ter conseguido engravidar após, segundo ela, ter seis abortos.

“Os médicos diziam não eu podia ter filhos e fiz a promessa para ter meu filho e agora todo ano participo, tanto como o ato de gratidão a Deus pela vida de meu filho e também à Nossa Senhora de Nazaré, como também para agradecer as bênçãos que sempre estamos recebendo”, diz ao comemorar a vida dos filhos de 13 e 17 anos.

Raimundo vai à procissão pedir por ele e pelo filho, de 6 anos — Foto: Tácita Muniz/g1

Raimundo vai à procissão pedir por ele e pelo filho, de 6 anos — Foto: Tácita Muniz/g1

‘Peço por mim e por ele’

Pai solo do Caio Vicente, de 6 anos, que luta contra um cisto no cérebro, Raimundo Silva está participando da procissão pela segunda vez. Como é só ele e o filho, ele diz que vai para pedir longevidade para ficar ao lado de Caio por muitos anos.

“O pensamento da gente é de ser ajudado e pedir ajuda à Nossa Senhora, principalmente pra ele. Então, venho nesse objetivo de pedir intercessão para ela por todos nós. Até hoje sou eu e ele, então preciso de longevidade.

Antônio José, de 74 anos, foi embora do Acre há 15, mas estava na cidade. Devoto, aproveitou que estava na cidade para ir até a procissão. Ele estava a passeio na capital acreana, quando perdeu um irmão para o câncer. O momento, para ele, é de reflexão e devoção.

“Sou devoto de Nossa Senhora da Conceição, porque tive problema de artrose e fiz um pedido com a promessa de que, se me ajudasse, toda procissão eu iria andando o tempo todo, independente de qual fosse a procissão. Vim para agradecer também porque meu filho teve problema em Brasília e estava quase para ser transplantado e fiz minhas orações, porque sou muito católico e deu certo, ele está curado, agora também é momento de agradecer” conta.

O bispo da Diocese de Rio Branco, Dom Joaquim Pertinez, destacou que este foi um momento de reencontro e celebração.

“Momento muito emotivo de nos reencontrarmos de novo para celebrar nossa fé, com uma festa bonita para Nossa Senhora de Nazaré, padroeira da Catedral e de Rio Branco. Foram tempos difíceis, de muita turbulência, muito sofrimento, mas estamos com a graça de Deus, agradecer tudo de bom que aconteceu também nestes anos e isso é celebrarmos nossa fé nesta festa bonita de Nazaré, o Círio, a procissão, o encontro das imagens”, explica.

O bispo destaca ainda que a tradição das imagens virem pelo rio vem de uma retomada de um hábito de anos passados, quando o manancial era uma forma de comunicação e de disseminar a fé.

“O rio nos trouxe a fé. Foi pelo rio que chegou Nossa Senhora, a fé e queremos rememorar tudo isso, viver e celebrar nossa fé. Infelizmente, foram dois anos sem acontecer a procissão, mas agora estamos aqui para dar graças a Deus. Hoje tem mais força ainda nosso agradecimento. Damos graças, porque com certeza ela continua abençoando a todos”, disse.

Retomada importante para Eunice Braga, que sempre se fez presente nas procissões.

“Muito gratificante que a gente tenha passado essa pandemia. No Círio, nem todas as vezes eu vinha, mas sempre que podia vinha. Cumpro a promessa de vir todos os anos para agradecer os pedidos e fazer mais para serem cumpridos na próxima procissão”, destaca.

Aos 69 anos, Francisca Etelvina faz questão de participar todos os anos. Desta vez, ela veio agradecer por ter passado a pandemia sem perdas na família.

“Venho para agradecer tudo que foi feito pela minha família, filhos e netos. E eu sou devota de Nossa Senhor a vida toda. É uma promessa vir todos os anos, nunca falho.”

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Em 2º Instância :Motorista que matou mototaxista atropelado vai a júri popular 

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A Justiça do Acre, manteve a sentença de pronúncia do motorista Josimar Santos da Silva, condutor do carro que atropelou e matou o mototaxista Lucas Fernandes.

A decisão é da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre.

Para evitar o julgamento do réu em júri popular, o advogado ingressou com um habeas corpus na Câmara Criminal contra a sentença de pronúncia.

No recurso, foi pedido a desclassificação do homicídio doloso, quando há a intenção de matar, para o culposo, não há intenção.

A defesa solicitou ainda a substituição da prisão preventiva pela domiciliar com monitoramento eletrônico.

No entendimento do advogado do réu, a conduta negativa de embriaguez, por si só, não tem associação com os pressupostos do dolo eventual, a intenção de matar;

O desembargador Francisco Djalma disse que existem indícios suficientes a embasar a tese acusatória.

O magistrado citou que o réu dirigia em alta velocidade, sob influência de álcool, causado grave acidente, que levou a vítima a morte e, ainda fugir do local sem prestar socorro.

O voto do relator foi acompanhado pelos demais desembargadores.

Com a decisão, em 2º instância, Josimar Santos será julgado por homicídio e também por não prestar socorro a vítima, por fugir do local e ainda por conduzir veículo autor motor sob a influência de álcool.

Todos os crimes aconteceram na madrugada de sete de maio do ano passado, na Estrada da Floresta.

Lucas Fernandes, esperava um passageiro, em frente a uma distribuidora de bebidas, quando foi atropelado pelo carro conduzido pelo réu.

Josimar Santos foi preso pouco tempo depois pela Polícia Militar. A data do júri ainda será definida.

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Acre

Presidente do TJAC anuncia instalação de PID para aldeias indígenas do Juruá

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Desembargadora-presidente fez o anúncio durante a agenda em que cumpria na região do Juruá, nos dias 23 e 24 de abril

Em visita às aldeias indígenas Puyanawa, no município de Mâncio Lima, e Kamanawa, em Cruzeiro do Sul, a presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), desembargadora Regina Ferrari, anunciou a instalação de dois Pontos de Inclusão Digital da Justiça (PidJus), um para cada comunidade.

A desembargadora fez o anúncio durante a agenda em que cumpria na região do Juruá, nos dias 23 e 24 de abril, com magistradas e magistrados em formação de mestrado, pela Escola do Poder Judiciário (ESJUD), e com juízas e juízes de Direito substitutos que cumpriam aula prática no curso de formação sobre direitos indígenas. A Esjud proporcionou vivência dos magistrados nas aldeias e realizou o I Congresso Jurídico no Juruá.

“O PidJus é para facilitar a comunicação de vocês com o Poder Judiciário. Juntos vamos trabalhar com respeito e cooperação buscando sempre alcançar excelência em nossas atividades. Contem com todo o apoio e suporte necessário do Poder Judiciário nas causas indígenas”, disse.

O PidJus será um local onde as comunidades indígenas Puyanawa e Kamanawa terão acesso a serviços e informações jurídicas por meio da tecnologia. O PidJus permitirá que eles possam realizar consultas processuais, e outros serviços do Poder Judiciário, além de serviços do Ministério Público Estadual, Defensoria Pública, o Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Regional (TRT14) e o Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC). Os monitores que ficam no PidJus, geralmente estudantes, ganham uma bolsa-auxílio no valor de meio salário mínimo.

Os indígenas aprovaram a novidade compartilhando o quanto a visita da equipe do Poder Judiciário pôde compreender a realidade e os direitos deles.

“O povo Kamanawa é a maior aldeia que nós temos. Ajudará muito termos esse serviço aqui”, disse o presidente da Associação Geral do Povo Kone Kui, Levir.

O cacique Joel Ferreira disse da satisfação de ter recebido a equipe do Poder Judiciário na Aldeia Puyanawa e ainda de a aldeia ser beneficiada com o serviço do PidJus.

No Acre, já foram instalados seis PidJus.

Fonte: Tribunal de Justiça – AC

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Com apoio do Sebrae, castanha do Acre é um dos destaques em feira internacional

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Produto está em processo de registro de Marca Coletiva

A Castanha-do-Brasil produzida no Acre foi destaque no estande do Sebrae Nacional durante a Anuga Select Brasil 2024, que aconteceu de 9 a 11 de abril, em São Paulo. Apoiado pelo Sebrae no Acre e Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), o produto foi apresentado pelo representante da CooperAcre, Tião Aquino.

O evento reuniu mais de 15 mil visitantes, o que fez com que o Sebrae recebesse o prêmio “Stand + Inovador”. Em apenas três dias, foi gerado um volume de negócios de mais de R$ 2 milhões em venda da castanha para o exterior, o que corresponde a 48 toneladas do produto, além de despertar o interesse de indústrias de chocolate.

A iniciativa de participação da feira integra o projeto AC – Marca Coletiva da Castanha-do-Brasil, que é fomentado pelo Sebrae Nacional e integra o projeto de Bioeconomia do Sebrae no Acre, coordenado pelo analista Francinei Santos. “O Acre foi selecionado para representar a bioeconomia da Região Norte, e essa feira foi uma grande vitrine. A nossa castanha será a primeira com Marca Coletiva, o que traz um diferencial frente às castanhas de outros estados da Amazônia”.

De acordo com Eneide Taumaturgo, chefe da Divisão de Extrativismo e Sociobiodiversidade (Dives) da Seagri, o evento proporcionou troca de experiências valiosas para os participantes. “A feira contribuiu para conhecimentos técnicos e ampliação de redes de contato que fomentarão projetos voltados às cadeias de valores produtivas do Acre. A Seagri vem trabalhando com a estruturação e inovação na cadeia produtiva da Castanha-do-Brasil, por meio de capacitações e boas práticas, além de atuar junto ao Sebrae na construção da Marca Coletiva para a nossa castanha”, disse.

O representante da Cooperacre, Tião Aquino, destacou a importância da participação na feira para acessar novos mercados e visibilidade ao produto. “Queremos tirar o atravessador e agregar o Pagamento de Serviço Socioambiental (PSSA) no custo final. O Sebrae também está nos ajudando na elaboração da marca coletiva e no processo de rastreabilidade”, pontuou.

No Acre, o projeto Marca Coletiva atua com sete cooperativas da Reserva Extrativista Chico Mendes, que trabalham toda a cadeia produtiva da Castanha-do-Brasil. “Cerca de 90% da castanha existente aqui no estado está nessa Reserva, então a Marca Coletiva poderá ser utilizada por qualquer uma das sete cooperativas, ratificando e garantindo a personalidade e origem do produto. Com isso, poderemos ampliar a competitividade, qualidade, faturamento e o acesso a mercados”, explicou o gestor.

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