Moradora tenta chegar em casa em meio à enchente no bairro Seis de Agosto — Foto: Júnior Andrade/Rede Amazônica
Prefeitura de Rio Branco e governo estadual mantêm pontos de acolhimento em escolas e centros culturais; número de desalojados também cresce. Foto: captada
A enchente atípica do Rio Acre em dezembro já desabrigou mais de 400 pessoas em Rio Branco, segundo dados da Prefeitura e do governo estadual. Ao todo, 411 pessoas — de 141 famílias — estão em sete abrigos montados em escolas e centros culturais. Outras 216 famílias estão desalojadas em casas de parentes ou amigos, sendo que 138 delas contaram com auxílio da Defesa Civil para remoção.
O nível do rio continua subindo mesmo sem chuva: na medição das 9h desta segunda-feira (29), marcava 15,36 metros, um aumento de 42 centímetros em 24 horas sem precipitação. A surpresa com a cheia em dezembro foi expressa por moradores como Janaína Brenna, de 22 anos, que vive no bairro Seis de Agosto: “Ninguém estava esperando […] é mais para fevereiro e março. E ainda assim, Natal, Ano Novo, você pensa que quando vai festejar, vem isso”.
A situação mantém a capital em estado de emergência, com equipes da Defesa Civil atuando na remoção de famílias e no monitoramento contínuo do nível do rio.
Janaína Brenna mora no bairro Seis de Agosto e se mudou para a casa do pai. Foto: captada/Rede Amazônica
A Prefeitura de Rio Branco mantém seis abrigos e o governo do Acre mais um para atender às famílias desabrigadas pela enchente do Rio Acre. Ao todo, sete pontos de acolhimento foram abertos — a maioria em escolas e centros culturais — e já abrigam 411 pessoas, de 141 famílias.
Com o nível do rio continuando a subir a expectativa é que mais pessoas precisem ser removidas de áreas de risco. Além dos desabrigados em abrigos, outras 216 famílias estão desalojadas em casas de parentes ou amigos. Os locais seguem recebendo doações e contam com apoio da Defesa Civil e de equipes de assistência social.
A cota alerta máximo é fixada em 14 metros. Isto significa que a partir desta marca, o manancial pode começar a inundar os bairros próximos às margens. Este é o segundo registro de transbordo em menos de um ano, uma vez que o rio também ultrapassou a marca em março.