Cerca de 2500 imigrantes estão vivendo em condições sub-humanas em Brasiléia

Fechamento da BR 364 impossibilita saída e cerca de 40 imigrante chegam todos os dias

Alexandre Lima

Condições do abrigo vem piorando a cada dia em Brasiléia – Foto: Alexandre Lima

São cerca de quatro tendas juntamente com um velho clube esportivo, onde cerca de 2500 imigrantes de várias nacionalidades (haitianos, senegaleses, dominicanos, bengaleses e equatorianos), estão se espremendo em espaço com capacidade para cerca de 400 ou 500 no máximo.

Além disso, o principal organizador que acompanha esse problema desde 2010, Damião Borges, vem enfrentando outros como uma espécie de segregação racial entre eles, já que os senegaleses que aqui estão totalmente ilegais, não aceitam se ‘misturar’ com outras religiões.

Em não querer se misturar, as confusões e brigas estão se tornando uma constante no dia-dia. A exemplo, neste final de semana foi preciso deter vários na delegacia de Brasiléia por vias de fato, lei Maria da Penha e ameaças. Fazendo com a Polícia Militar disponibilize quase que 24 horas, uma equipe na frente do abrigo para tentar intimidar os briguentos.

As tendas estão ao lado de lama mal cheirosa e acumulada das chuvas e lavagem de roupa constante – Foto: Alexandre Lima

Damião Borges reclama do fechamento da BR 364 causado pela enchente do Rio Madeira, que tem impedido empresas do Sul a vir buscar mão de obra contratando os imigrantes. “Quando abrir a BR, tenho certeza que esse número vai cair para menos de 600”, disse.

Esgoto mal cheiroso invadiu Avenida e passa em frente do prédio do MP em Brasiléia – Foto: Alexandre Lima

Para piorar a situação no abrigo, o Estado tem repassado pouco dinheiro para a manutenção do abrigo. Um simples pacote de saco para lixo, praticamente se tornou um objeto escasso e faz falta na limpeza do local, causando o acumulo do lixo.

Todos os dias, são cerca de 40 imigrantes chegando em Brasiléia. Vários armazéns estão sendo alugados por Brasiléia e Epitaciolândia para servir de moradia temporária, já que alguns se recusam em morar num lugar insalubre, como o que está se tornando o abrigo.

Sem uma estrutura de saneamento adequada para escoar a água com sabão usada no banho e urina, o acumulo mal cheiroso está sobrando para a Avenida Rui Lino passando em frente do prédio do Ministério Público que fica ao lado e passa por reformas.

Em suma, Brasiléia e Epitaciolândia não tem um prazo ou data para ver encerramento desta situação. Enquanto isso, espaços públicos estão sendo tomados por pessoas que estão arriscando sair de seu País de origem em busca de uma vida melhor, mas estão encontrando o caos.

Água mal cheirosa jogada na avenida Rui Lino – Foto: Alexandre Lima

 

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