Casos de malária aumentam 26% em um ano no Acre, aponta Saúde

Entre janeiro e outubro deste ano, estado registrou mais de 26,7 mil casos. Estado tem incidência de 33,6 casos a cada mil habitantes, diz estudo.

Casos de malária cresceram 26,1% no Acre

Do G1 AC

Dados do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), divulgados nesta quinta-feira (15), mostram que os casos de malária nas cidades acreanas sofreram um aumento de 26,1% entre janeiro e outubro deste ano. O levantamento faz comparação com o mesmo período em 2015.

Somente neste ano, a DVS aponta que foram registrados 26.773 casos da doença. Já no ano passado, durante os meses pesquisados, esse número chegou a 21.236 ocorrências. A incidência, de acordo com o estudo, é de 33,6 casos a cada 1 mil habitantes residentes no estado.

No registro mensal, a Sesacre mostrou que outubro deste ano foi o período com mais registros de malária, 3.416 no total. Em seguida, apareceram janeiro e fevereiro, com 2.973 e 2.903 casos, respectivamente.

Dentre os 22 municípios do Acre, três juntos correspondem a 93,8% do total de casos, são eles: Cruzeiro do Sul, com 15.672 ocorrências da doença; Mâncio Lima, que contabiliza 5.843 casos; e Rodrigues Alves, com 3.610 casos. As três cidades somadas totalizam 25.125 notificações registradas.

Nove cidades apresentaram queda na quantidade de registros neste ano até o mês de outubro, são elas: Porto Walter, Porto Acre, Jordão, Feijó, Senador Guiomard, Plácido de Castro, Epitaciolândia, Assis Brasil e Xapuri. Já Santa Rosa do Purus e Sena Madureira não sofreram variações.

O restante dos locais sofreram crescimento no número de pessoas que adoeceram: Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Tarauacá, Marechal Thaumaturgo, Rio Branco, Capixaba, Acrelândia, Brasileia, Bujari e Manoel Urbano.

Governo federal libera verba

O Ministério da Saúde liberou a verba de R$ 2,8 milhões para que sejam intensificadas ações de combate e controle da malária no estado acreano. A ideia, segundo o órgão, é permitir o reforço nos transportes, ações de controle vetorial, diagnóstico, infraestrutura e material de informática.

A Sesacre informou ao G1 que o recurso deve ser usado para a compra de equipamentos e materiais como telefone, computadores, microscópios, pulverizadores, veículos, geradores, bebedouros, ar-condicionados e impressoras.

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Publicado por
Alexandre Lima