Acre
Carne de boi com aumento à vista
Depois de muitos avanços e recuos nas negociações entre representantes dos frigoríficos e pecuaristas em Rondônia, começam a surgir as primeiras reações sinalizando que a curto prazo o preço da arroba do boi, pode inclusive superar a margem de R$ 130,00, o que está sendo bem visto pelos pecuaristas.
Hélio Dias, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Rondônia (Faperon), reconhece que quem dita as regras do mercado é a oferta e procura. “Temos agora que fazer o dever de casa, juntamente com os frigoríficos criando um grupo técnico de estudos para implementar as boas práticas de manejo e nutrição visando buscar a melhoria na carne bovina de Rondônia”, disse.
Isso significa maciez e menos gordura na carne, rondoniense para atender às exigências de novos mercados, principalmente, americano, chinês e europeu, com objetivo de agregar valores ao produto. Segundo Hélio Dias, a retomada dos preços sem traumas e baseado no diálogo entre as partes interessadas, tudo caminha no sentido da normalidade com o Estado, os frigoríficos e pecuaristas ganhando, pela produção de matéria-prima de boa qualidade.
Rondônia tem 480 mil bois prontos para o abate
Na opinião de Hélio Dias, esse rebanho de 480 mil cabeças acabadas e prontas para o abate com mais de 36 meses de idade, mesmo cumprindo às mais recentes exigências do mercado que pede animais com apenas 24 meses para o abate, levará entre 6 e 8 meses para ser negociado e abatido pelos frigoríficos. Neste período serão abatidas entre 120 e 140 mil cabeças mês.
Com o clima desanuviado entre frigoríficos e pecuaristas em Rondônia, depois da última reunião na quinta-feira (7), com ambas as partes teoricamente satisfeitas, pode-se observar que tendo como referência, os meses de janeiro, fevereiro e março, as plantas frigoríficas com o Serviço de Inspeção Federal (SIF) abateram 455.243 cabeças de bovinos. Outro número significativo trata-se da saída de bovinos que foram abatidos fora do Estado, no mesmo período, 123.705 cabeças. Os incentivos entesourados pelos frigoríficos nos primeiros três meses de 2016 totalizam R$ 50.008.232,00.
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Na Expoacre, café feito de açaí é apresentado para os acreanos por associação de bolivianas
Por Wanglézio Braga
Direto da comunidade de Santa Rosa do Abunã, no Departamento de Pando, na Bolívia, um grupo de produtoras da Associação S.O.S Mulheres de Pando trouxe à Expoacre 2025 uma novidade que está chamando atenção de quem circula pelos estandes: o Café de Açaí. Feito a partir da torragem e moagem da semente do açaí, o produto é 100% natural, não contém cafeína e carrega um potencial nutritivo impressionante, com vitaminas A, D, E e K.
Segundo a promotora de vendas Sandra Zairo, o produto integra uma linha chamada TAPEC e é fruto do trabalho artesanal de mulheres que selecionam cuidadosamente as sementes antes do processamento. “É um café bem orgânico, saudável e diferente de tudo o que a gente conhece. Mesmo quem não gosta de café tradicional, costuma aceitar bem o sabor do nosso produto”, contou Sandra ao Portal Acre Mais.
Por enquanto, a produção ainda é modesta — cerca de uma tonelada por ano — mas a proposta é expandir conforme cresce o interesse do público. O processo de fabricação é simples e segue os moldes tradicionais: a semente (ou “semelha”, como chamam por lá) é separada, torrada e moída, sem adição de químicos ou conservantes.
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Secretário Luiz Tchê comemora decisão judicial que libera recursos da Expoacre: “Constituição foi respeitada”
Tribunal de Justiça revogou medida do TCE que bloqueava verba para premiações do rodeio; secretário critica atuação da conselheira Naluh Gouveia
O secretário de Agricultura do Acre, Luiz Tchê, celebrou nesta segunda-feira (28) a decisão do Tribunal de Justiça do Estado (TJAC) que suspendeu a medida da conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Naluh Gouveia, a qual bloqueava recursos destinados ao pagamento de prêmios das competições de rodeio da Expoacre 2025.
Em entrevista ao consórcio de veículos formado pelos portais AcreNews, O Alto Acre, Correio Online e AcreMais, Tchê afirmou que a decisão do Judiciário garantiu o cumprimento da Constituição. “Ela [a conselheira] não olhou a Constituição Estadual, nem a Federal. O Tribunal de Contas apenas fiscaliza, quem aprova orçamento é a Assembleia Legislativa”, declarou.
A decisão liminar foi proferida pelo desembargador Junior Alberto, que entendeu que a suspensão dos repasses ultrapassava a competência do TCE, uma vez que apenas o Poder Legislativo pode impedir a execução de contratos. O governo do Estado reforçou seu compromisso com a legalidade e o bom uso dos recursos públicos.
A Expoacre, que este ano celebra 50 edições, é considerada o maior evento de negócios e cultura do estado e segue com programação intensa até o próximo domingo.
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DPE/AC aciona Justiça para garantir energia elétrica a moradores da Resex Chico Mendes em Brasileia
Por Fernando Oliveira
Pela garantia de direitos e da dignidade da pessoa humana. A Defensoria Pública do Estado do Acre ingressou no dia 24 de junho com uma Ação Civil Pública contra a Energisa Acre – Distribuidora de Energia S/A, para garantir a conclusão da instalação da rede elétrica na comunidade Etelvir, localizada no km 75 + 8 do ramal da Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes, em Brasiléia. A ação foi protocolada após solicitação da presidente da Associação dos Seringueiros e Pequenos Produtores Rurais João Barbosa, Sarlene Oliveira Brito.
Segundo a presidente, a comunidade vem enfrentando sérias dificuldades devido à ausência do serviço essencial de energia elétrica. Ela destaca que, mesmo com a autorização ambiental em mãos, a empresa não cumpriu com a obrigação de finalizar as obras.
“A autorização para a obra foi conquistada com muito esforço junto ao Ministério do Meio Ambiente e ao ICMBio. A rede elétrica chegou a ser parcialmente instalada, mas boa parte das famílias da comunidade segue sem energia. Isso afeta diretamente a qualidade de vida, o armazenamento de alimentos, o funcionamento de equipamentos e o acesso à educação e saúde”, argumenta Sarlene Oliveira Brito.
A obra, vinculada ao Programa Luz para Todos, foi autorizada oficialmente por meio da Autorização Direta nº 42/2023, emitida em 27 de julho de 2023, com validade de dois anos. No entanto, com cerca de um mês para o fim do prazo, parte da instalação, equivalente a aproximadamente 8 a 10 km — ainda não foi concluída, deixando sete famílias fora do atendimento.
A Energisa, segundo a ação, justificou o atraso com a falta de empresa terceirizada disponível para finalizar os serviços. No entanto, a Defensoria Pública, por meio do defensor Dr. Henry Sandres, vê a situação como um grave desrespeito à população tradicional da floresta e uma violação dos direitos básicos garantidos por lei.
“Neste sentido, a Defensoria Pública do Estado do Acre lança mão do presente instrumento legítimo, qual seja, a Ação Civil Pública, buscando a tutela de direitos coletivos relacionados à relação de consumo, visto se tratar de serviço essencial de fornecimento e distribuição de energia elétrica”, destacou o defensor público Dr. Henry Sandres, que atua em Brasiléia.
A ação aguarda agora a decisão do juiz, após a empresa Energisa se manifestar dentro do prazo legal e propor um acordo, que inclui a apresentação de um plano de execução da obra ainda este ano para a comunidade em questão.
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