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Campos Neto sugere autonomia administrativa e financeira para o BC

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Presidente da instituição esteve em homenagem ao avô dele na Câmara

Brasília (DF) 02/08/2023 Sessão solene para celebrar os 106 anos de nascimento do economista ex-deputado federal Roberto de Oliveira Campos. Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto discurssa no plenário da câmara dos deputados. Foto Lula Marques/ Agência Brasil.

Em sessão solene na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (2), o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, sugeriu a necessidade de ampliar a autonomia da instituição ao dizer que é difícil ter apenas autonomia operacional. Campos Neto participou de uma sessão em homenagem ao seu avô, o ex-senador, ex-deputado, ex-ministro e economista Roberto Campos. Se estivesse vivo, Roberto Campos faria 100 anos hoje.  

“Meu avô defendia uma autonomia (do Banco Central) que tinha três dimensões, a dimensão operacional, a dimensão administrativa e a dimensão financeira. Nós finalmente aprovamos a autonomia com dimensão operacional e hoje, depois de algum tempo a frente do BC com autonomia operacional, eu vejo a dificuldade que é ter autonomia operacional sem ter autonomia administrativa e financeira”, destacou.

A lei sancionada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em fevereiro de 2021 concedeu autonomia operacional ao Banco Central e o art. 6º da Lei diz que a instituição tem “autonomia técnica, operacional, administrativa e financeira”. Porém, essas autonomias não são plenas, segundo explicou à Agência Brasil o professor de economia da Universidade de Brasília, César Bergo.

Brasília (DF) 02/08/2023 Sessão solene  para celebrar os 106 anos de nascimento do economista ex-deputado federal Roberto de Oliveira Campos. Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto discurssa no plenário da câmara dos deputados. Foto: Lula Marques/ Agência Brasil
Campos Neto defende autonomia operacional, administrativa e financeira do Banco Central- Lula Marques/ Agência Brasil

“A autonomia financeira se dá quando a autarquia tem total recolhimento de recursos capaz de fazer frente a suas despesas e esse não é o caso. Então o Banco Central ainda depende de uma cobertura financeira por parte da União”, explicou o economista, que acrescentou que o BC também não tem plena autonomia administrativa “em função de situações que envolvem a gestão do Banco Central em si, como em relação a recompor os quadros de técnicos e a dificuldade de atrair bons profissionais”.

Liberalismo econômico

Ao citar o avô na sessão solene da Câmara dos Deputados, o presidente do Banco Central destacou que o político foi um porta-voz do “pensamento liberal” no país. Roberto Campos Neto lembrou que o avô defendia a “redução da intervenção do Estado na economia”, além de “flexibilizar as relações do mercado de trabalho”.

Campos Neto ainda destacou a participação do avô na Assembleia Constituinte. Segundo o presidente do Banco Central, o Roberto Campos foi um duro crítico da atual Carta Magna brasileira. “Para ele, a Constituição de 1988 estabeleceu um amplo conjunto de direitos nem sempre compatíveis com as fontes de receitas, atribuiu ao Estado papel fundamental em empreendimentos estratégicos e presentou na sua forma final um caráter anacrônico, muitas vezes não alinhado com avanço da globalização e livre mercado” destacou. “Ele realmente foi uma pessoa muito a frente do seu tempo”, conclui o neto do economista Roberto Campos.

Roberto Campos trabalhou no governo de Getúlio Vargas, foi presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no governo de Juscelino Kubitschek e ministro do planejamento do governo de Castelo Branco, já na ditadura militar. Em 1982, elegeu-se senador pelo Mato Grosso e, em 1990, virou deputado federal pelo Rio de Janeiro. Em setembro de 1999, foi eleito imortal da Academia Brasileira de Letras. Faleceu em 2001, no Rio de Janeiro.

Edição: Aline Leal

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Estudo revela efetividade das ações de conservação ambiental

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Um estudo sobre pesquisas que analisaram os impactos das ações de conservação ambiental revelou que iniciativas como criação de áreas protegidas, controle de espécies e restauração da vegetação nativa são eficientes para melhorar a biodiversidade ou desacelerar o desequilíbrio de ecossistemas. Os resultados, obtidos em escala global, foram lançados no Brasil neste sábado (18) por um dos autores, o pesquisador Martin Harper, da rede global Birdlife Internacional.

Com o título The positive impact of conservation action (O impacto positivo da ação de conservação), o estudo foi recentemente publicado na Science, um dos periódicos científicos mais conceituados no mundo. O estudo traz resultados alcançados em 2021, com base na análise de 186 pesquisas e 665 ensaios de diferentes partes do mundo, com alcance de 100 anos de investigações científicas sobre iniciativas de conservação da biodiversidade.

De acordo com o estudo, a efetividade das ações foi comprovada em mais de 50% das amostras de pesquisas e em dois terços dos casos analisados; e o declínio da biodiversidade, como perda de espécies da fauna e da flora, foi desacelerado. Outra conclusão foi de que tais ações são eficazes em diferentes localizações geográficas, biomas e sistemas políticos.

Segundo Harper, o estudo busca contribuir com evidências científicas que possam orientar a construção de políticas públicas e legislações em diferentes países. “Fundamentalmente, é preciso que governos em todo o mundo traduzam os compromissos descritos no Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal – adotado por quase 200 governos em 2022 – em estratégias nacionais e planos de ação apoiados por financiamento adequado.”

Apesar do efeito positivo das ações de conservação, a pesquisa  também destaca o declínio da biodiversidade, um dado confirmado por outros estudos como o da União Internacional para Conservação da Natureza, que aponta a existência de 44 mil espécies documentadas em risco de extinção.

Insuficiência de ações

Para Harper. é possível concluir que o volume das ações de conservação ambiental ainda é insuficiente para manter os serviços ecossistêmicos equilibrados. “O Fórum Econômico Mundial sugeriu que a perda de biodiversidade e o colapso do ecossistema são o terceiro maior risco para a economia mundial na próxima década”, lembrou.

Para o diretor executivo da Save Brasil, parte integrante da Birdlife Internacional, Pedro Develey, o volume insuficiente de ações de conservação impacta negativamente de forma mais efetiva países com muita biodiversidade, como o Brasil.

Segundo o biólogo, catástrofes climáticas como a do Rio Grande do Sul evidenciam isso e reforçam a urgência de investimento. “Precisamos de mais incentivo e mais recurso para pesquisa e também mais investimento na conservação, trabalhos de conservação de ponta, que são caros, mas para restaurar é mais caro”, enfatizou Develey.

As pesquisas brasileiras usadas na amostra do estudo também apontaram efetividade da destinação de terras públicas para a criação de unidades de conservação e de territórios indígenas na Amazônia.

Para Develey, isso traz orientações importantes para o Brasil, mostrando que, apesar de o país ter uma legislação forte, ainda é necessário efetivar ações como a destinação adequada de terras públicas, a regularização da situação fundiária em áreas privadas e uma fiscalização maior sobre o manejo dos biomas. “Com vontade política, é possível tudo isso, mas é preciso também apoio da sociedade, porque conservação é importante para todo mundo, é importante para a nossa vida.”

Fonte: EBC GERAL

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Coluna João Vicente: o fotógrafo e as primeiras debutantes

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Coluna João Vicente: o fotógrafo e as primeiras debutantes
João Vicente Costa

Coluna João Vicente: o fotógrafo e as primeiras debutantes

Luciano Carneiro, é um nome que provavelmente você nunca ouviu falar. Dá nome a uma avenida próxima ao Terminal Rodoviário e ao Aeroporto de Fortaleza . Fora isso, é pouco lembrado. Cearense nascido em 1926, teve uma carreira impressionante como fotojornalista na importantíssima, na sua época, revista O Cruzeiro.

Além de grande fotógrafo e jornalista, Luciano era louco por aviação e por aventuras, incluindo algumas bem arriscadas. Possuía brevê de piloto e de paraquedista o que lhe permitia fazer imagens incríveis e impensáveis para a época. Com 16 anos entrou para o Correio do Ceará e com 23 já era uma estrela no Correio do Ceará, quando escreveu uma matéria de capa, com fotos aéreas suas, onde deu o nome de “Praia do Futuro” a uma praia distante, quase inacessível e desconhecida da população cearense.

Mas Luciano ganhou fama mundial em O Cruzeiro, especialmente por algumas matérias fotografadas por ele como quando cobriu a Revolução Cubana em 1959 acompanhando a entrada das forças lideradas por Fidel Castro em Havana e principalmente na Guerra da Coreia em 1951 onde conseguiu, olha que louco, se juntar aos paraquedistas das forças das Nações Unidas para saltar nas linhas inimigas e registrar, junto à tropa, a Operação Tomahawk.

E o que tem Brasília nisso? É que próximo do Natal de 1959, a revista O Cruzeiro pautou uma reportagem sobre o primeiro baile de debutantes da futura capital brasileira. Inicialmente a revista iria enviar outro reporter e fotógrafo cearense para vir à Brasília, Luiz Carlos Barreto, mais tarde conhecido cineasta e produtor. O problema é que não o encontraram. O que fazer? Quem mandar? Tem o Luciano, mas Luciano é metido com guerras e fotos aéreas, sem contar que não era nada acostumado a eventos sociais. Mas não tem tu, vai tu mesmo e chamaram ele.

Luciano era muito curioso para conhecer melhor Brasília e tem uma versão de que ele mesmo que propôs vir para assim conhecer os palácios, especialmente do Palácio da Alvorada, onde faria as fotos das belas moçoilas de Brasília. Assim, partiu para para Brasília em 19 de dezembro.

Feito o trabalho, Luciano correu para voltar para o Rio de Janeiro para passar o natal com a esposa grávida. Mas na escala em São Paulo soube que havia um Viscount da VASP que faria a Ponte Aérea no mesmo dia. A VASP, na época, importante companhia aérea paulista, havia recém recebido uma leva dos moderníssimos aviões Viscount, um turboélice que matava de curiosidade os amantes da aviação, como Luciano, por ser o primeiro avião comercial equipado com motores a turbina, que representava um salto tecnológico considerável na aviação comercial brasileira.

O rapaz não teve dúvida. Correu no balcão da VASP e trocou a passagem para viajar pelo avião novinho em folha. Era dia 22 de dezembro. Naquele dia, um cadete da FAB, segundo contam, pegou um Focker de treinamento para voar e impressionar sua namorada. E veio a tragédia. O pequeno avião tocou no Viscount da VASP que se aproximava do pouso no aeroporto do Galeão. A aeronave caiu sobre algumas casas de Ramos e todos as 33 pessoas à bordo morreram (43 mortos no total, com os mortos em terra), entre eles, nosso herói, Luciano Carneiro.

O desastre causou grande comoção nacional e criou uma pressão para a mudança da Escola de Aeronáutica das proximidades do aeroporto do Galeão para Pirassununga no interior de São Paulo, onde está até hoje.

Mas no meio dos destroços, as equipes de resgate conseguiram recuperar algumas malas, em uma delas, a de Luciano, estavam as duas câmeras fotográficas e rolos de filmes chamuscados. E, por incrível que pareça, alguns dos filmes puderam ser recuperados pelos técnicos de O Cruzeiro apesar da exposição à luz e calor. Na sua edição de 16 de janeiro de 1960, a revista fez uma homenagem a seu fotógrafo morto publicando algumas das fotografias do ensaio. A mais bela mostra algumas debutantes e, por causa dos espelhos, no centro, LUCIANO. Quase como o quadro “As Meninas” de Velázquez.

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Fonte: Nacional

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Após decisão da Justiça, Ifac dá prazo para novo chamamento do concurso público

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A perspectiva é de que como haverá novo chamamento, haverá também novo sorteio de temas

Candidatos deverão continuar acompanhando demais informações pelo site do Idecan (www.idecan.org.br) para maiores informações.

Em razão de um pedido do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça suspendeu a segunda etapa do concurso público para provimento de vagas de professor do ensino básico, técnico e tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre (IFAC).

A medida, concedida em caráter de urgência, surge após a constatação de um erro na convocação dos aprovados na primeira fase do concurso, que estava em desacordo com o edital.

Nesta sexta-feira (17), a reitoria do Ifac publicou uma nota informando que em até 20 dias, uma nova convocação deverá ser realizada após os ‘entraves judiciais’.

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“Informamos, outrossim, que tão logo os entraves judiciais sejam resolvidos, será realizado um novo chamamento para a realização dessa etapa suspensa, com um prazo não inferior a 20 dias e que não conflite com a data de realização de outros concursos congêneres”, explicou.

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A perspectiva é de que como haverá novo chamamento, haverá também novo sorteio de temas.

Os candidatos deverão continuar acompanhando demais informações pelo site do Idecan (www.idecan.org.br) para maiores informações.

VEJA A NOTA NA ÍNTEGRA: 

COMUNICADO OFICIAL N° 02 – CONCURSO PÚBLICO (EDITAL 01/2023-IFAC)

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre (Ifac) e o Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan) informam aos candidatos docentes que a prova didática que seria realizada nos dias 17/05/2024 a 20/05/2024 referente ao Concurso Docente EBTT, EDITAL 01/2023/IFAC, fol suspensa por força de decisão judicial liminar.

Informamos, outrossim, que tão logo os entraves judiciais sejam resolvidos, será realizado um novo chamamento para a realização dessa etapa suspensa, com um prazo não inferior a 20 dias e que não conflite com a data de realização de outros concursos congêneres.

Nessa perspectiva, como haverá novo chamamento, havera novo sorteio de temas.

Os candidatos deverão continuar acompanhando demais informações pelo site do Idecan (www.idecan.org.br) para maiores informações.

Instituto Federal do Acre e Idecan
Rio Branco-AC, 17 de maio de 2024.

 

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