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Acre

32 anos: Aniversário de morte do ex-governador Edmundo Pinto

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Edmundo Pinto de Almeida, se preparava para depor numa CPI do Congresso sobre corrupção e desvios de recursos públicos. Àquela época uma onda de escândalos no Acre e no Brasil viraram manchetes na imprensa. Era o governo Collor.

Edmundo Pinto foi morto a tiros por três homens no apartamento 707 do Hotel Della Volpe Garden na Rua Frei Caneca na capital paulista

Há 32 anos, o Acre perdia o governador Edmundo Pinto, assassinado durante um assalto no Hotel Della Volpe, em São Paulo (SP). Ele estava hospedado no apartamento 704 quando três criminosos invadiram o local e anunciaram o roubo. Na perícia feita pela Polícia Civil de São Paulo, havia indícios de que Edmundo lutou contra a morte. Haviam sinais de uma luta corporal.

Edmundo Pinto de Almeida Neto era casado com Fátima Almeida e deixou três filhos, um deles, Rodrigo Pinto, que foi vereador de Rio Branco, inclusive.

Filho de Pedro Veras de Almeida e de Angelina Veras de Almeida. Advogado com Bacharelado em Direito na Universidade Federal do Acre iniciou sua carreira política na legenda da (ARENA), sendo derrotado como candidato a deputado estadual em 1974 e a vereador em Rio Branco em 1976. Após o fim do bipartidarismo graças a uma reforma política aprovada no governo João Figueiredo ingressou no PDS e em 1982 foi eleito vereador em Rio Branco e deputado estadual pelo Acre em 1986.

Advogado com Bacharelado em Direito na Universidade Federal do Acre iniciou sua carreira política na legenda da (ARENA). Foto: internet

Na Assembleia Legislativa do Acre foi opositor dos governos Flaviano Melo e Edison Cadaxo, ambos do PMDB e em 1990 foi eleito governador do Acre numa disputa onde superou Jorge Viana (PT) em segundo turno sendo empossado em 15 de março de 1991.

Assassinato

Na madrugada de domingo, 17 de maio de 1992, Edmundo Pinto foi morto a tiros por três homens no apartamento 707 do Hotel Della Volpe Garden na Rua Frei Caneca na capital paulista. O relógio marcava pouco mais de 5h30m quando três homens invadiram o apartamento 704 do luxuoso Hotel Dell Volpe Garden, centro de São Paulo (SP), e atiraram por três vezes. Dois tiros acertaram o executivo que ainda tentou se defender, mas sem chances. Edmundo morreu.

Os criminosos roubaram Cr$ 500 mil do apartamento que ele ocupava desde 14 de maio e ainda roubaram US$ 1.500 de John Franklin Jones, hóspede do apartamento 714 e funcionário do banco norte-americano Northeast. Jones disse para a polícia que os assaltantes eram três mulatos e seu depoimento foi um dos que permitiram a prisão dos criminosos.

Edmundo também se preparava para comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Congresso Nacional que investigava supostos atos de corrupção em verbas. Foto: internet

O assassinato ocorreu menos de 48 horas antes de depor na CPI do Congresso que investigaria suspeitas que o próprio governador foi dos dos responsáveis pela malversação de verbas para a construção do Canal da Maternidade com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) num caso onde citou-se o ex-ministro Antônio Rogério Magri, cujo envolvimento não se confirmou. Houve suspeitas também sobre disputas partidárias acrianas e até “queima de arquivo”. A polícia concluiu como latrocínio (roubo seguido de morte), já que houve luta corporal visto que Edmundo Pinto foi atingido por um tiro de raspão na cabeça e outro certeiro no coração.

Houve novas investigações sobre o caso em 1993 e 2003, e o mesmo foi alvo da CPI da Pistolagem em 1992 quando Gilson José dos Santos, um dos acusados de matar o governador, disse que recebera dinheiro para cometer o crime.

A morte do governador até hoje deixa um sentimento de injustiça e falta de mais compromisso das forcas de segurança do estado do Acre e de São Paulo e Federal, que nunca procuraram chegar mais afundo nas contradições apresentadas no inquérito. A família do ex-governador e o povo acreano até hoje não aceita a tese de latrocínio. Acredita-se que a morte se tratou de um crime de pistolagem, uma vez que Edmundo Pinto iria depor em uma CPI na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Casado com Fátima Barbosa de Almeida com quem teve três filhos: Pedro Veras de Almeida Neto, Rodrigo Barbosa de Almeida Pinto e Nuana Naira Barbosa de Almeida. Foto: internet

Depois de 32 anos, a família do governador, a viúva Fátima Almeida, os filhos Rodrigo, Pedro e Nuana, que eram crianças na época do crime, que sempre defendeu que Edmundo Pinto fora vitima de um crime de caráter político, aos poucos se refez e já não busca mais a reabertura do caso. Rodrigo Almeida, que adotou o nome e sobrenome do pai, chegou a exercer mandato de vereador em Rio Branco mas, decepcionado com a política, retirou-se da vida pública e saiu inclusive do Brasil. Mora em Dubai, nos Emirados Arabes, onde trabalha como instrutorde artes marciais.

Nesta sexta-feira, 17, marca-se o 32º ano do assassinato do ex-governador Edmundo Pinto. O político, que estava prestes a completar 40 anos, foi morto na manhã de domingo, 17 de maio de 1992, no Hotel Dell Volpe Garden, no centro de São Paulo. Foto: internet

O laudo cadavérico do corpo do governador revelou que, além dos tiros que o mataram, Edmundo Pinto chegou a ser espancado a murros e teve um dente quebrado. Suas unhas também tinham pele de seus algozes, num sinal de que ele tentou se defender lutando contra seus matadores. Isso reforça a ideia de que, na verdade, Edmundo Pito abrira a porta do apartamento para alguém que ele conhecia. Seu ajudante de ordens, o então capitão PM ,Marcus Wisman, que dormia num apartamento ao lado, disse, no curso das investigações, que não ouviu nenhum barulho vindo do quarto onde estava o governador, justificando que costumava dormir com o volume do som da televisão bem alto.

A morte do governador até hoje deixa um sentimento de injustiça e falta de mais compromisso das polícias Civil de São Paulo e Federal, que nunca procuraram chegar mais afundo nas contradições apresentadas no inquérito. A família do ex-governador e o povo acreano até hoje não aceita a tese de latrocínio. Acredita-se que a morte se tratou de um crime de pistolagem, uma vez que Edmundo Pinto iria depor em uma CPI na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Edmundo Pinto foi assassinado naquela manhã no apartamento de número 704 do Hotel Della Volpe Garden. Três homens atiraram por três vezes no executivo. Ele tentou se defender, mas sem chances.

INVESTIGAÇÕES, CPI’S

Pinto tornou-se alvo ainda da CPI da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) e com uma morte precoce, cruel, coube ao Congresso iniciar também uma investigação paralela para apurar a causa central do assassinato. A grande maioria já prognosticava durante a “CPI da Pistolagem”: foi sob encomenda. O deputado e relator da CPI à época, Edmundo Galdino, bem que palpitou, mas o entendimento da Polícia e do Judiciário de São Paulo, narraram outra tese: latrocínio (roubo seguido de morte).

LATROCÍNIO?

Para chegar a hipóteses de latrocínio, a Polícia paulistana investigou que os criminosos roubaram Cr$ 500 mil cruzeiros do apartamento que o governador ocupava no hotel. Os mesmos criminosos teriam roubado US$ 1.500 dólares de John Franklin Jones, hóspede do apartamento 714 e funcionário do banco norte-americano Northeast. Jones acabou sendo chamado para depor. “Três mulatos”, como ele classificou, teriam entrado nas dependências do hotel. Posteriormente, os acusados foram presos. Um deles foi chamado para depor no Congresso, Gilson José dos Santos, informou que recebeu dinheiro para cometer o crime.

CRIME POLÍTICO?

Em 1993, o governador de São Paulo, à época, Luís Antônio Fleury Filho mandou reabrir o inquérito a pedido da viúva, Fátima Barbosa e da bancada acreana no Senado. Por hora, a tese de crime político reacendeu sobre o caso.

Em um documentário de uma plataforma internacional, o filho de Edmundo, Rodrigo Pinto, que tinha apenas 12 anos quando o pai foi assassinado, deu detalhes do que se lembra à época. Ele citou que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou violência e sinais de tortura no corpo do governador acreano. “Embalsamaram o corpo do meu pai, blindaram o corpo dele, impossibilitando que víssemos as atrocidades que fizeram com ele”, descreveu Rodrigo.

Edmundo Pinto deixou Fátima Barbosa de Almeida, viúva, e três filhos: Rodrigo, Pedro e Nuana.

VITÓRIA DE EDMUNDO SOBRE JORGE

O bom desempenho de Edmundo Pinto no legislativo chancelou o credenciamento à disputa do Governo. A homologação do seu nome na convenção do PSD, em 1990, possibilitou a disputa contra Jorge Viana (PT). Edmundo obteve a primeira colocação no 1° turno e respectivamente no 2° turno. Pinto foi eleito com quase 72 mil votos, sendo o 12° governador eleito do Acre. Ele foi o único candidato do PSD candidato ao cargo entre os Estados. De fato, ele assumiu o Palácio Rio Branco no dia 15 de março de 1991. Antes dele, Flaviano Melo era governador.

UM GOVERNO ‘METEÓRICO’

O Governo Edmundo Pinto não foi marcado apenas por questões políticas ou da tragédia em si. Enquanto esteve no comando do executivo, Edmundo assinou a emancipação de 11 municípios, criou o Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE), concluiu o asfaltamento da BR-364 (Rio Branco – Porto Velho), deu início ao Aeroporto Internacional de Rio Branco, investiu em Estações de Tratamento de Esgoto e inaugurou e expediu obras em Escolas Públicas.

MEMÓRIA VIVA

Nas redes sociais, existem perfis que relembram a trajetória política e de vida de Edmundo Pinto. Um dos editores da página no Facebook – Edmundo Pinto – é o próprio ex-vereador de Rio Branco, Rodrigo Pinto, que vive atualmente no exterior. Recentemente, alguns registros únicos do governador foram republicados no espaço, que é um memorial.

Concluindo esse resgate histórico, tomamos a iniciativa para republicar uma legenda inserida em uma das fotos de Edmundo Pinto ao desembarcar de um avião, e que resume muito bem todo o caso: “O grande erro do Edmundo, foi confiar demais. Ele fazia questão de estar presente com o povo sem segurança, fazer caminhadas, viajar como uma pessoa comum. Na noite do seu assassinato, ele foi ao shopping assistir um filme e voltou para o Hotel onde foi assassinado”.

Acredita-se que a morte se tratou de um crime de pistolagem, uma vez que Edmundo Pinto iria depor em uma CPI na Câmara dos Deputados, em Brasília. Foto: internet

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Acre

Neste domingo será tomado por muita fumaça na fronteira e o pior ainda está por vir e situação vai piorar

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O sábado amanheceu com ventos e temperatura amena com média de 23ºC. Mas o tempo foi quente e muito seco na fronteira, segundo o Centro Gestor do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). Esse domingo será de mais calor e tempo abafado

Rio Branco, Brasiléia e Sena Madureira, tempo quente, seco e ensolarado. Não chove neste domingo nestas regionais do estado, a relatividade do ar mínima varia entre 25 e 35%, durante a tarde, e a máxima, entre 65 e 75%, ao amanhece

A situação no Acre realmente parece ser desafiadora. A fumaça vinda da Bolívia vem tendo um impacto significativo na qualidade do ar e na saúde das pessoas, especialmente na região que já enfrenta questões relacionadas à umidade e ao clima como na fronteira. A baixa umidade e a presença constante de fumaça podem agravar problemas respiratórios e criar condições adversas para a população.

É importante que as autoridades locais e os cidadãos tomem medidas de precaução para minimizar os impactos dessa situação. Manter-se informado sobre as condições do ar, evitar atividades ao ar livre quando a qualidade do ar estiver ruim e buscar orientações de saúde são passos importantes. Além disso, a colaboração internacional pode ser essencial para enfrentar e mitigar os efeitos desses eventos, uma vez que a origem do problema está além das fronteiras nacionais.

As cidades da regional do alto acre enfrenta um momento crítico com muita fumaça e baixa umidade do ar, foi o que se apresentou no sábado (7), setembro. Para o domingo, não há expectativa de melhora imediata na fronteira. A fumaça pode continuar a afetar a visibilidade e a qualidade do ar, o que pode ser particularmente preocupante para pessoas com problemas respiratórios ou para aqueles que precisam ficar ao ar livre.

O representante do site O Tempo, ainda informou que a situação vai piorar neste domingo dia (8). ainda terá muita fumaça e temperatura abafadas com muita fumaça, como também não vai chover na fronteira do alto acre. Foto: captada 

“Porque a fumaça mais densa, acabei de olhar as imagens satélites, e ainda estão por vir. Só vai começar a partir de domingo, quando o vento passa a soprar do Amazonas para cá. O tempo vai continuar quente, ensolarado, embora o sol não apareça por causa da fumaça e não há nenhuma novidade a não ser a extrema baixa imunidade que vai continuar e vai até piorar a partir da de segunda-feira”, ressaltou o representante e Gestor do Sistema de Proteção da Amazônia.

O leste e sul do estado (microrregiões de Rio Branco, Brasiléia e Sena Madureira), terá tempo quente, seco e ensolarado. Não chove neste domingo nestas regionais do estado, a relatividade do ar mínima irá varia entre 25 e 35%, durante a tarde, e a máxima, entre 65 e 75%. Os ventos sopram, entre fracos e calmos, na direção norte e variações do noroeste do estado.

Temperaturas regional do Baixo e Alto acre:

  – Rio Branco, Senador Guiomard, Bujari e Porto Acre, com mínimas oscilando entre 21 e 23ºC, e máximas, entre 35 e 37ºC;
  – Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Capixaba, Assis Brasil e Santa Rosa do Purus, com mínimas oscilando entre 21 e 23ºC, e máximas, entre 36 e 38ºC;

A expectativa deste domingo não tão animadora diferentemente do que a fumaça que tomou conta da fronteira e assolou a capital Rio Branco e o restante do estado, essa fumaça que invadiu o estado não é produzida no Acre, vem da Bolívia.

Veja vídeo da situação da grande fumaça na fronteira, cidades de Brasiléia, Epitaciolândia e Cobija:

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Fazenda tem área de 400 mil metros destruída em incêndio na capital

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A Fazenda Base foi atingida por um incêndio de grandes proporções na noite de sexta-feira (6), na BR-364, próximo às torres do Sistema de Transmissão da Eletronorte e Energisa. O fogo destruiu cerca de 400 mil metros quadrados de vegetação.

O Centro de Operações Policiais Militares (Copom) confirmou ao G1-AC que o incêndio começou por volta das 19h. Segundo o Corpo de Bombeiros, três guarnições atuaram no combate às chamas, que foram apagadas após três horas de trabalho. Imagens feitas pelos militares mostram a extensão do incêndio e a proximidade das torres de transmissão de energia.

A fazenda tem aproximadamente 7 mil metros quadrados. No combate ao incêndio, foi necessário o uso de veículos pick-up com tanques, esguichos e abafadores. Não houve registro de feridos. As causas do incêndio ainda estão sendo apuradas.

Crédito do vídeo: @fernando_0fsz

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Acre

Projeto Estrelas Rua de Lazer leva esporte e diversão para crianças em Epitaciolândia

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A manhã de quinta-feira (5), foi movimentada no antigo aeroporto de Epitaciolândia, onde a Prefeitura, através da Secretaria de Cultura Esportes e Lazer, lançou o projeto Estraela Rua de Lazer.

Com a participação de alunos de diversas escolas municipais a programação fez parte das comemorações dos 202 anos de Independência do Brasil, o programa foi idealizado pelo Servidor e apoiador da Secretaria de Esportes José Ivolnaldo (Pui), comandada pelo secretário Marcelo Galvão.

O programa consiste em levar diversas brincadeiras de rua e esportivas para crianças promovendo a integração e socialização da zona urbana e rural.

Segundo o os organizadores o evento na sua primeira edição foi um sucesso e em breve haverá outras edições.

“Apresentamos essa ideia ao prefeito Sérgio Lopes que de pronto aceitou, e, hoje estamos aqui iniciando esse projeto para dar oportunidade de lazer para nossas crianças, vamos realizar outras edições com mais brincadeiras e atrações para nossa criançada, é gratificante ver essa turma se divertindo a valer”. Destacou José Ivolnaldo, o Pui.

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