Cotidiano

Câmara de Rio Branco aprova projeto que proíbe shows com apologia ao crime em eventos infantojuvenis da prefeitura

Texto de autoria do vereador Zé Lopes (PL) aguarda sanção do prefeito Tião Bocalom; proposta veta contratação de atrações que glorifiquem crimes ou drogas, mas não cita casos concretos

O projeto é do vereador Zé Lopes (PL) e determina que os contratos da prefeitura devem ter cláusulas que proíbam músicas ou manifestações que elogiem crimes. Foto: captada 

A Câmara Municipal de Rio Branco aprovou um projeto de lei que proíbe a prefeitura de contratar shows ou atrações artísticas para eventos infantojuvenis que façam apologia ao crime ou ao uso de drogas. De autoria do vereador Zé Lopes (PL), o texto segue agora para sanção ou veto do prefeito Tião Bocalom (PL).

Batizada de “shows responsáveis”, a proposta estabelece que os contratos com artistas devem incluir cláusulas que vedem “músicas ou manifestações que, de forma direta ou indireta, incentive, normalize ou glorifique a prática de delitos como tráfico de drogas, uso de entorpecentes, porte ilegal de armas ou violência”.

Em entrevista, Zé Lopes afirmou que o objetivo é “preservar crianças e adolescentes”, citando situações em que pais se sentiram constrangidos ao levar filhos a eventos públicos com conteúdo inadequado. No entanto, o parlamentar não apresentou exemplos específicos de atrações contratadas pela prefeitura que tenham violado esses princípios.

Caso sancionada, a lei valerá para festas populares, comemorações em escolas e quaisquer eventos custeados pelo município e direcionados ao público jovem.

Justificativa

Na justificativa do texto, o vereador destacou que o projeto visa quer proteger crianças e adolescentes de músicas ou manifestações culturais que incentivem crimes, drogas ou violência. A regra vale principalmente para eventos gratuitos organizados ou apoiados pela prefeitura.

O projeto permite que qualquer pessoa denuncie irregularidades pela ouvidoria municipal. Segundo o texto, a intenção não é punir comportamentos, mas criar uma regra sobre o uso do dinheiro público.

Em caso de descumprimento, estão previstas sanções como:

  • rescisão imediata do contrato;
  • multa equivalente a 100% do valor pago, revertida ao ensino fundamental presente na rede pública municipal;
  • suspensão do direito de contratar com a administração pública por até dois anos.

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Publicado por
Marcus José