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BSB Plano das Artes 4 ª edição, arte por toda parte

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BSB Plano das Artes 4 ª edição, arte por toda parte
Rafael Badra

BSB Plano das Artes 4 ª edição, arte por toda parte

De 7 a 18 de junho , o público poderá visitar e conhecer os ateliês de artistas, galerias e espaços de arte autônomos da capital federal que participam da 4ª edição do BSB Plano das Artes . O lema do evento, Festival Arte por toda parte , destaca a diversidade e a forte presença da cena artística na capital federal e articula diálogos sobre espaços de arte no país. É uma grande oportunidade para as pessoas que se interessam por conhecer a cena das artes visuais do Distrito Federal a explorarem diferentes expressões criativas e conhecerem os talentos locais. Dos 56 espaços que participam desta edição, 30 participam das rotas de visitação com vans oferecidas pelo Plano das Artes, 26 fazem parte das rotas de visitação espontâneas , em que o público segue para esses espaços por meios próprios, seja carro, carros por aplicativo, táxis, ônibus, bicicleta ou a pé. Além disso, acontecerão 6 rotas online, com programas gravados e ao vivo. Essas rotas contemplam os ateliês de canto e entrevistas com espaços autônomos do Distrito Federal, Goiás, Ceará, Mato Grosso, Pará e Rio Grande do Sul.

O BSB Plano das Artes é um evento que busca aproximar o público da cena das artes visuais do Distrito Federal por meio de visitas a ateliês de artistas, galerias e espaços autônomos de arte. As pessoas interessadas em participar das rotas programadas devem se inscrever pelo Sympla https://x.gd/RHwKm . Mais informações pelo site www.bsbplanodasartes.com.br . As vagas são limitadas e sujeitas à lotação das vans a 14 pessoas por veículo, com saídas do Museu Nacional da República, na Esplanada dos Ministérios. Todos os espaços participantes estão listados no mapa do Plano das Artes que será distribuído gratuitamente ao público , nas vans, nos espaços participantes, nos parceiros comerciais do projeto e pode ser acessado no site do projeto. O projeto proporcionou a formação de 20 atendentes culturais (incluindo vagas para LGBTQIA+ negros e indígenas), categoria profissional lançada pelo projeto visando relacionamento e gestão de atividades de espaços, que irão atuar em treinamento durante as rotas em alguns espaços.

Cinara Barbosa, curadora, pesquisadora e idealizadora do BSB Plano das Artes, destaca a significativa participação dos espaços nas convocatórias realizadas em março. Essa participação evidencia a consolidação do ecossistema da arte no Distrito Federal ao longo dos últimos anos. Novas galerias, ateliês de artistas e centros culturais autônomos de artes visuais têm surgido, ampliando o alcance do projeto ao longo de seus seis anos de existência.

Durante a pesquisa de campo para a preparação desta 4ª edição, observou-se uma transformação na ocupação da cidade por setores de economia criativa. O projeto aborda questões como acessibilidade do público e mobilidade, promovendo um circuito gratuito pelos espaços na cidade.

O Setor Comercial Sul (SCS), localizado no coração de Brasília, abriga uma cena cultural vibrante. Nesse espaço, encontramos galerias, escritórios de arte e de arquitetura, ateliês, residências artísticas, estúdios de design e tatuagem. “ A apresentação desses locais mapeados também nos leva a refletir sobre questões como visibilidade, profissionalização e sustentabilidade dos empreendimentos criativos, considerando os desafios relacionados à manutenção desses espaços ”, afirma a idealizadora do projeto.

Como participar

· Todos os espaços participantes estão listados no mapa do Plano das Artes . Esse mapa será distribuído ao público, nas vans, nos espaços participantes e nos parceiros do projeto.

· Além disso, o mapa pode ser acessado no site www.bsbplanodasartes.com.br.

A 4ª Edição do Plano das Artes oferece três modalidades de rotas para os interessados em explorar a cena artística.

Rotas Programadas :

· Datas : 7, 8, 14, 15 e 16 de junho .

· Essas rotas incluem vans gratuitas e equipe de mediação . Os participantes poderão circular pelos espaços de artes visuais dentro de cada rota. Alguns espaços contarão com a presença de atendentes culturais formados pelo projeto.

· As saídas acontecem do Museu Nacional da República.

· A organização do evento orienta as pessoas que não conseguirem se inscrever nas retas programadas, que sigam para o ponto de partida no Museu Nacional da República, porque em caso de desistências, as vagas serão preenchidas pelas pessoas que estiverem no local por ordem de chegada.

Rotas Espontâneas :

· Período : De 7 a 18 de junho .

· Nessa modalidade, o público monta seu próprio roteiro de visita presencial de maneira independente. Os horários de funcionamento dos espaços serão informados no formulário de participação , e é possível agendar visitas diretamente com a equipe do espaço.

Rotas Online :

· Datas : De 9 a 13 de junho e nos dias 17 e 18 de junho .

· As rotas online consistem em programas transmitidos pelo canal do Plano das Artes no YouTube. Os participantes poderão acompanhar a participação de Ateliês de Canto, entrevistas ao vivo com Espaços da Convocatória Apoio Plano e outros convidados.

· Os participantes poderão acompanhar a participação de Ateliês de Canto , Espaços da Convocatória Apoio Plano e outros convidados.

· Os participantes poderão acompanhar a participação de Ateliês de Canto, Espaços da Convocatória Apoio Plano e outros convidados.

Rotas Online com transmissão pelo canal do Youtube @PlanodasArtes

· 09/06 – 9h : Ateliês de Canto

· Convidados: Vídeos: Gê Orthof, Lemuel Gandara, Josiane Dias e Maria Porto.

· 10/06 – 19h : Diálogos Artísticos: Espaços Autônomos em Destaque – Parte I

· Convidados: Ateliê Camila Soato, A Pilastra e Vilarejo 21.

· 11/06 – 19h : Diálogos Artísticos: Espaços Autônomos em Destaque – Parte II

· Convidados: Ateliê Eco Arte, Espaço Cultural Venâncio – Tela Ambulante, Pé Vermelho – Espaço Contemporâneo e Galeria Rosifloras.

· 12/06 – 19h : O Ateliê – Conversas do Lugar como Escutas do Mundo

· Convidados: Gê Orthof, Lemuel Gandara, Josiane Dias e Maria Porto.

· 13/06 – 19h : Conexão Pantanal / Cerrado – Novas Trilhas

· Convidados: Arte Plena (Goiânia), Galeria Arto (Cuiabá) e Ateliê Labirinto.

· 17/06 – 19h: Ecos do Cerrado – Estratégias de Gestão do Nosso Chão

· Convidados: Ateliê Kena (Naine Terena e Gustavo Caboco Wapichana / Brasília), Sertão Negro (com Dalton Paula e Ceiça Ferreira/ Goiânia), Barranco Ateliê (Tales Lopes e Valdson Ramos com participação de Paulo Henrique Silva sobre panorama cultural de Anápolis).

· 18/06 – 19h – Conexões Brasil – Arte por Toda Parte

· Convidados: Fotoativa/ Kamara Kó – Miguel Chikaoka, Makiko Akao e Irene Almeida (Belém), Ateliês do Pocinho – Sérgio Gurgel e Diego de Santos (Fortaleza), JA.CA – Centro de Arte e Tecnologia – Francisca Caporali (Belo Horizonte), Remanso – Guilherme Mautone, Guilherme Leon Berno de Jesus.

Sobre o BSB Plano das Artes

Realizado com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), o Plano das Artes é um projeto que tem por objetivo ampliar a visibilidade dos espaços independentes e profissionalizar os agentes envolvidos no ecossistema das artes visuais no Distrito Federal. A cada edição, o Plano das Artes amplia a pesquisa de mapeamento e incorpora novos espaços participantes e o público interessado em conhecer e adquirir obras de artes produzidas por artistas do Distrito Federal e de outras regiões do País que fazem parte dos acervos de galerias e escritórios de arte que atuam na capital federal.

Serviço:

4ª edição do BSB Plano das Artes

Festival Arte por toda parte

Rotas de visitação a galerias, ateliês e espaços autônomos de arte do Distrito Federal

Rotas online com transmissão pelo canal do Youtube do projeto

Quando | de 7 a 18 de junho

Entrada | Gratuita

Classificação indicativa | Livre para todos os públicos

Instagram | @planodasartes

Site | https://bsbplanodasartes.com.br

Youtube | @PlanodasArtes

Patrocínio | Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF)

Inscrições pelo Sympla | https://x.gd/Oxm1N

Parceiros comerciais De alimentação | Greens restaurante natural, Marilda Café, Mimo bar, Orto Pizzaria e Sebinho Café

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Fonte: Nacional

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Suspeito preso por levar 11 fuzis para a Penha foi liberado da prisão pela Justiça 12 dias antes

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Leandro Rodrigues da Silva, de 38 anos, tinha sido preso pela Polícia Rodoviária Federal no dia 15 de janeiro com 30 kg de drogas, mas foi solto na audiência de custódia no dia 18.

Fuzis seriam levados para o Complexo da Penha. Foto: Divulgação

Leandro Rodrigues da Silva, de 38 anos, foi preso pela Polícia Federal, na madrugada desta quinta-feira (30), dirigindo um carro que levava 11 fuzis, de calibres 5,56 e 7,62, para o Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio.

A prisão de Leandro aconteceu 12 dias depois dele ser liberado em uma audiência de custódia, em Campos dos Goitacazes, no Norte Fluminense. Ele havia sido preso por tráfico de drogas.

Morador da Zona Oeste do Rio, com ensino médio completo e se apresentando como motorista de aplicativo, Leandro foi preso no dia 15 de janeiro por policiais rodoviários federais, quando dirigia um Ford Fiesta, no quilômetro 203, da BR-101, em Casimiro de Abreu, no Norte Fluminense.

No veículo, os policiais rodoviários encontraram:
  • 31,5 kg de maconha distribuídos em 41 tabletes em um saco preto;
  • 1.439 frascos de líquido de cheirinho de loló;
  • Dois galões de líquido semelhante a cheirinho de loló;
  • 2 pacotes com pinos transparentes vazios;
  • R$ 1.874 em dinheiro.

Levado para a 121ª DP (Casimiro de Abreu), Leandro mudou a versão de que tinha pegado a droga em Casimiro de Abreu. Ele contou que o carro foi abastecido na Linha Vermelha e seguia para Macaé. Em nenhum momento, segundo o Ministério Público, alegou estar fazendo uma corrida de aplicativo ou falou em entregador ou destinatário.

Leandro ficou preso por dois dias e, às 10h09 do dia 18 de janeiro, foi levado para a audiência de custódia. Na ocasião, o juiz Iago Saúde Izoton decidiu pela soltura de Leandro contrariando o MP, que pediu a conversão da prisão em flagrante para preventiva.

Em suas alegações, o magistrado informou que “a prisão preventiva se revela excepcional”:

“Na espécie, a despeito de a quantidade de droga apreendida com o custodiado não poder ser considerada pequena, é certo que a quantidade de droga não pode ser analisada isoladamente das demais circunstâncias que constam nos autos… não se vê anotação prévia por qualquer delito pendendo em desfavor do custodiado. Some-se a isso o fato de o custodiado não ter sido preso na posse de arma de fogo e de munições”.

A partir daí, o magistrado determinou que Leandro se apresentasse diante do juiz todo dia 10 de cada mês. Após a decisão do juiz, a promotora Luíza Klöppel, do Ministério Público estadual recorreu.

O MP apontou a gravidade do caso envolvendo o transporte da droga e o risco de que Leandro voltasse a delinquir.

Os 11 fuzis apreendidos pela PF tinha a marca de uma caveira semelhante ao personagem Justiceiro — Foto: Divulgação

12 dias depois da liberdade, os fuzis

Na noite de quarta-feira (29), os policiais federais da Delegacia de Repressão à Entorpecentes (DRE) iniciaram uma vigilância na serra, na altura do município de Paulo de Frontin em busca de uma moto que transportava material ilícito.

Ao encontrarem a BMW, presenciaram o momento em que o ocupante repassou duas malas ao motorista de um Nissan preto. O veículo foi seguido pelos policiais até um posto de gasolina onde foi feita a abordagem.

O motorista do carro era Leandro Rodrigues da Silva. O da moto, Gutenberg Samuel de Oliveira. Ambos foram presos e os veículos apreendidos.

O carregamento tinha 8 fuzis, de calibre 5.56 e 3 fuzis calibre 7.62, além dos veículos utilizados no transporte das armas. Todas as armas com a marca de uma caveira semelhante ao personagem Justiceiro, da Marvel.

De acordo com as investigações preliminares, o arsenal teria como destino os complexos da Penha e do Alemão, onde está baseada a chefia da facção Comando Vermelho.

A PM aprendeu, em 2023, 13 fuzis com o selo de uma caveira semelhante ao personagem Justiceiro, dos quadrinhos da Marvel — Foto: Reprodução

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Argentina corta taxas e Brasil volta a ter maior juro real do mundo

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País comandado por Javier Milei caiu da primeira para a terceira posição, após seu Banco Central reduzir suas taxas de juros em 3 pontos percentuais. Topo agora está com Brasil e Rússia.

Presidente da Argentina, Javier Milei. Foto: Ciro De Luca/ Reuters

O Brasil passou a ter o maior juro real do mundo. Na noite de quinta-feira (30), o Banco Central da Argentina, antiga líder do ranking, promoveu um novo corte em sua taxa básica de juros e tirou o país da primeira posição.

A autoridade monetária reduziu suas taxas de 32% para 29% ao ano. Segundo a instituição, essa redução é consequência da “consolidação observada nas expectativas de menor inflação.”

A Argentina encerrou 2024 com uma inflação anual de 117,8%. Apesar de ainda estar bastante alta, houve uma forte desaceleração em relação aos 211,4% registrados em 2023.

Com a taxa de juro real é calculada, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal do país descontada a inflação prevista para os próximos 12 meses, o juro real argentino caiu para 6,14%. O país passou, então, para a terceira colocação no ranking.

Quem assume a ponta é antigo vice-líder, o Brasil. Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar mais uma vez a Selic em 1 ponto percentual, levando o juro nominal a 13,25% ao ano, e o juro real a 9,18%.

Na segunda posição vem a Rússia, com uma taxa de juros real de 8,91%.

Veja abaixo os principais resultados da lista de 40 países.

Ranking de juros reais
Taxas de juros atuais descontadas a inflação projetada para os próximos 12 meses

Alta da Selic

Na última quarta-feira (29), o Copom anunciou sua decisão de elevar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, para a casa de 13,25% ao ano.

Na decisão anterior, em dezembro, a autoridade monetária já havia elevado a taxa básica em 1 ponto percentual, para a casa de 12,25% ao ano. A decisão marca a quarta alta seguida da Selic.

Juros nominais

Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira permaneceu na 4ª posição.

Veja abaixo:

  1. Turquia: 45,00%
  2. Argentina: 29,00%
  3. Rússia: 21,00%
  4. Brasil: 13,25%
  5. México: 10,00%
  6. Colômbia: 9,50%
  7. África do Sul: 7,75%
  8. Hungria: 6,50%
  9. Índia: 6,50%
  10. Filipinas: 5,75%
  11. Indonésia: 5,75%
  12. Polônia: 5,75%
  13. Chile: 5,00%
  14. Hong Kong: 4,75%
  15. Reino Unido: 4,75%
  16. Estados Unidos: 4,50%
  17. Israel: 4,50%
  18. Austrália: 4,35%
  19. Nova Zelândia: 4,25%
  20. República Checa: 4,00%
  21. Canadá: 3,25%
  22. Alemanha: 3,15%
  23. Áustria: 3,15%
  24. Espanha: 3,15%
  25. Grécia: 3,15%
  26. Holanda: 3,15%
  27. Portugal: 3,15%
  28. Bélgica: 3,15%
  29. França: 3,15%
  30. Itália: 3,15%
  31. China: 3,10%
  32. Coreia do Sul: 3,00%
  33. Malásia: 3,00%
  34. Cingapura: 2,98%
  35. Dinamarca: 2,60%
  36. Suécia: 2,50%
  37. Tailândia: 2,25%
  38. Taiwan: 2,00%
  39. Suíça: 0,50%
  40. Japão: 0,50%

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De volta à planície: ex-presidentes da Câmara contam como é deixar o poder e analisam desafios do novo comando

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Deputados que já comandaram a Casa analisam desafios do próximo presidente. Próxima eleição da cúpula da Câmara está marcada para 1º de fevereiro.

Sucessão de Arthur Lira no comando da Câmara será decidida no dia 1º de fevereiro. Foto: Reprodução

No dia 1º de fevereiro, a Câmara dos Deputados elegerá um novo presidente para comandar o colegiado pelos próximos dois anos.

Com isso, Arthur Lira (PP-AL) retornará à planície, termo comumente utilizado no Congresso para se referir aos deputados sem acesso aos cargos da mesa diretora, instalada no centro do plenário. Quem se senta à mesa, tem visão completa dos deputados que estão no plenário, abaixo, por isso o termo “planície”.

A reportagem ouviu cinco ex-presidentes da Câmara que responderam às mesmas perguntas sobre o que a saída desse cargo representou em suas trajetórias. João Paulo Cunha, Henrique Eduardo Alves e Rodrigo Maia não deram entrevistas.

Os políticos ouvidos pela reportagem foram eleitos para o cargo, ou seja, não estão incluídos aqueles que assumiram após a saída do titular.
Estranhamento

A experiência da maioria mostra que o dia seguinte após deixar o cargo pode ser seguido de estranhamento pelo poder perdido.

“Claro que a mudança é brusca e que você tem que passar por um período de adaptação, porque você não pode criar ilusão que o poder é seu”, diz Aldo Rebelo, que ocupou o posto entre 2005 e 2007 pelo PCdoB.

“Você ocupou a maior função da Câmara e depois você vai ter dificuldade de ser outra coisa. Todo mundo vai dizer que você já foi presidente, aí você não pode ser líder, você não pode ser presidente de comissão, porque você já foi tudo”, avalia Rebelo.

Rebelo presidia a Câmara em 2007, quando Lula tomou posse para o segundo mandato à frente da Presidência da República. Foto: Moreira Mariz/Agência Senado

Uma saída é recorrer às antigas amizades, conta Arlindo Chinaglia, presidente da Câmara pelo PT entre 2007 e 2009.

“É óbvio que é outra rotina, mas no meu caso, eu tive uma condição que abrandou muito essa mudança. Eu já tinha sido líder de bancada, líder de governo, quando assumi a presidência. Então eu tinha os meus contatos, as amizades.”

Entre os políticos, há desconforto em retornar para os trabalhos da Casa sem ocupar um cargo decisório.

“Eu reconheço que, toda vez que um presidente sai e precisa voltar para o plenário, fica uma situação talvez um pouco desconfortável”, afirma Michel Temer, presidente da Casa em três ocasiões.

Segundo ele, seu processo foi mais simples por ter deixado o comando da Câmara pela primeira vez, em 2001, para assumir a presidência do MDB, e na segunda vez, em 2010, ser vice-presidente da República, na chapa de Dilma Rousseff.

Em dezembro de 2010 mostra Michel Temer, presidente da Câmara fazendo seu discurso de despedida da Casa após ser eleito vice-presidente do Brasil. Foto: Agência Brasil/Arquivo

“Realmente, como se costuma dizer, quando você volta para a planície, você pode ter algumas dificuldades. Mas no meu caso, especialmente, tendo em vista as circunstâncias da presidência do partido, eu logo tive uma grande atuação política. Não senti tanta falta”, diz.

Uma saída, segundo Marco Maia, presidente da Câmara pelo PT entre 2011 e 2013, é não entrar no cargo com expectativa de prolongação de poder.

“Quando você tem a compreensão de que o mandato de um presidente de um poder é passageiro e, portanto, não é uma coisa pra vida toda, você encara isso com mais tranquilidade, com mais calma, com mais eficiência”, diz. “A grande sacada, a grande saída para mim neste caso está exatamente em você entender e compreender que o poder é efêmero.”

A dificuldade de reposicionamento depois da saída do comando da Casa também aflige Arthur Lira. Ele é cotado para assumir um cargo na Esplanada dos Ministérios do presidente Lula, mas há impasse sobre sua adesão completa ao governo.

Papel como ex-presidente

O grupo é uníssono sobre a relevância de um ex-presidente da Câmara. Para Aécio Neves, presidente da Casa de 2001 a 2002 pelo PSDB, a experiência é útil para os sucessores.

“Eu sou constantemente procurado, independentemente de estar ou não nas vitrines ou nos holofotes”, afirma. “O que busco hoje é dar serenidade, tranquilidade e dar minha contribuição sem precisar estar à frente, como já estive no passado, das decisões, dos principais embates.”

Para ele, não estar à frente das decisões demanda, muitas vezes, maturidade. “[É importante] encontrar o seu espaço e não ficar disputando permanente holofotes. É um exercício de maturidade que todos os homens públicos devem buscar em determinado momento da sua trajetória.”

Chinaglia afirma que a forma como o presidente atua impacta no tamanho da influência após a saída do cargo. “Depende de como você chegou, de como você se elegeu e de como você saiu. Se o cara for respeitado pelo que ele pensa, se cumpre com a palavra, ele se mantém influente”, afirma.

O tempo, contudo, nem sempre é aliado. “É evidente que, com o tempo, muitos que conviveram com você em determinadas funções deixaram de ser parlamentares. Com o tempo, é natural que vá diluindo esse poder”, diz Chinaglia.

Câmara e Senado: Poder Legislativo federal tem eleições internas no começo do ano legislativo, em fevereiro. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Desafios

Os ex-presidentes da Casa destacam o novo protagonismo da Câmara em relação ao Orçamento, com influência cada vez maior do Poder Legislativo em detrimento do Executivo.

Para alguns, há excessos na nova atuação. “Eu acho que há um certo, digamos, exagero na volúpia do Congresso sobre nacos do Orçamento”, afirma Aécio.

“[Hoje] o Congresso influencia cada vez mais decisivamente na definição da alocação das verbas públicas. Eu acho que essa é uma diferença fundamental, [antes] o Congresso se preocupava em legislar e conectar-se com a sociedade.”

Marco Maia afirma que a discussão sobre o orçamento tem tamanho maior que as outras pautas da Casa, e que por isso os deputados buscam atuar mais como “executores do que legisladores”.

O desgaste pelas quedas de braço do Legislativo com o Executivo e com o Judiciário é apontado pelos ex-presidentes como um desafio importante para o próximo ciclo da Câmara.

“Restabelecer os limites das atribuições de cada um dos poderes é o maior desafio do próximo presidente da Câmara. Sobretudo, garantir uma relação harmoniosa entre os poderes, definindo limites”, diz Aécio.

O então deputado Aécio Neves foi eleito presidente da Câmara dos Deputados, em 2001 — Foto: Divulgação

Marco Maia também defende a importância de moderação neste momento. “O presidente da Câmara deve ser um produtor de equilíbrio. Ele não é quem tensiona, ele não é quem disputa, ele não é quem se atribui a si a papéis que não são do Legislativo. O papel dele é equilibrar”, afirma.
A avaliação, no entanto, não descarta o incômodo causado pela atuação dos outros poderes. “[O maior desafio] é encontrar um caminho para uma relação de harmonia, porque nós não temos mais essa harmonia, o Supremo [Tribunal Federal] virou uma espécie de superpoder ou o poder de tudo. Não é mais o poder judiciário, ele é o poder de tudo”, diz Maia.

Para Chinaglia, o desafio do momento é defender a democracia, impondo respeito à Casa, mas viabilizando a construção de acordos. Já Temer destaca a importância da regulamentação total da reforma tributária, iniciada no ano passado.

“Verificar quais as reformas que, embora tenham sido feitas, ainda demandam atualização. Porque de tempos em tempos, você precisa atualizar as reformas que foram feitas, como por exemplo, a da Previdência, acho que esse é um desafio para o próxi

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