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Brasil tem 1,2 milhão de eleitores com alguma deficiência; acessibilidade é desafio na hora de votar

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Mais de 60 mil relataram ao TSE dificuldade para exercer o direito de voto; urnas neste ano terão vídeo em Libras

Na eleição do dia 2 de outubro, 1,2 milhão de eleitores com algum tipo de deficiência terão um desafio extra para exercer o direito ao voto: a falta de acessibilidade em boa parte dos locais de votação.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, 156.454.011 brasileiros estão aptos a votar nas eleições deste ano. Desse total, 1.271.381 tem algum tipo de deficiência — as mais comuns são de locomoção (427.729 eleitores), visual (186.647), auditiva (111.813). Outros 614.911 (43,81%) declaram ter outros tipos de deficiência.

“Os lugares nem sempre são adequados. Existem diversas escolas, por exemplo, que não têm elevador, o que dificulta o acesso a pessoas que usam cadeira de rodas. Não há intérprete de Libras”, descreve o influenciador digital Deives Picáz, 20 anos, sobre o dia da eleição para pessoas com deficiência.

Picáz, que mora em Porto Alegre, é um dos 62.510 eleitores com deficiência que relataram ao TSE algum tipo de dificuldade para o exercício do voto. Em seu caso específico, a deficiência é física, chamada agenesia de membros — quando o feto não desenvolve total ou parcialmente um dos membros (mão, antebraço ou braço).

“Acredito que o TSE poderia estudar cada vez mais a importância da inclusão e da acessibilidade, tirando do papel e colocando em prática. Por exemplo, descrição de local e de imagem, rampas para fácil acesso, elevadores, intérprete de Libras; enfim, dar a infraestrutura adequada a pessoas com deficiência para que exerçam seu poder de voto”, afirmou Picáz.

O TSE informou ao R7 que não tem controle sobre as dificuldades enfrentadas pelos eleitores com alguma deficiência na hora de votar. A corte tem apenas o registro do total de eleitores nessa condição.

Legislação busca a inclusão

De acordo com o TSE, até cinco meses antes das eleições, a pessoa com deficiência pode requerer a transferência do local de votação para uma seção com acessibilidade e que atenda às suas necessidades, como rampas e elevadores.

Até 90 dias antes do pleito, a eleitora ou o eleitor pode comunicar ao juiz eleitoral suas restrições e necessidades, para que a Justiça Eleitoral providencie, se possível, meios e recursos destinados a facilitar ao indivíduo o exercício do voto.

Já na hora da votação, mesmo que não tenha sido feito nenhum pedido nesse sentido, a pessoa ainda poderá informar o mesário de suas limitações, a fim de que possam ser providenciadas soluções adequadas, apontou a corte em nota.

“A eleitora ou eleitor com deficiência também pode contar com a ajuda de uma pessoa de sua confiança. Caso seja autorizada pelo presidente da mesa receptora de votos, essa pessoa poderá acompanhar o indivíduo até a cabina de votação e até mesmo digitar os números na urna”, detalhou o TSE.

Já em relação às urnas eletrônicas, o TSE afirma que os equipamentos são preparados para atender pessoas com deficiência visual.

“Além do sistema braile contido nas teclas e da identificação em relevo da tecla número 5 da urna [que é central no teclado], os tribunais eleitorais disponibilizam fones de ouvido, nas seções com acessibilidade e naquelas onde houver solicitação específica, para que a pessoa cega ou com algum grau de deficiência visual receba a informação sonora com a indicação do número escolhido e o nome do candidato em voz sintetizada. Esse mecanismo assegura também o sigilo do voto dessas pessoas.”

Com o intuito de promover a inclusão e facilitar a votação de pessoas com deficiência auditiva, o TSE relatou que aprimora os softwares já existentes e instalou novos recursos de acessibilidade nas urnas eletrônicas que serão utilizadas nas eleições deste ano.

Um vídeo feito por uma intérprete de Libras será apresentado em todas as 577.125 urnas eletrônicas preparadas para o pleito. Na filmagem, exibida na tela do aparelho, a tradutora indicará à eleitora ou ao eleitor qual cargo está em votação no momento, nesta sequência: deputado federal, deputado estadual ou distrital, senador, governador e presidente.

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Senado terá comissão temporária para acompanhar crise no RS

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou a criação de uma comissão para acompanhar as providências tomadas para ajudar o Rio Grande do Sul, atingido por uma enchente histórica. Segundo os números mais recentes, 364 municípios foram atingidos pelas fortes chuvas na região.

O anúncio feito por Pacheco ocorreu no início da tarde desta segunda-feira (6), em frente à residência oficial. A comissão temporária externa poderá acompanhar, fiscalizar e propor projetos no Congresso a respeito da crise vivida no sul do país.

“Há muitas medidas que precisam ser estudadas. A própria viabilização de recursos ao estado do RS e aos municípios, a forma orçamentária de fazê-lo para não esbarrar em limitações impostas em regimes de normalidade”, disse Pacheco.

Farão parte da comissão os três senadores da bancada do estado, Paulo Paim (PT), Hamilton Mourão (Republicanos) e Ireneu Orth (PP), bem como uma indicação de cada bloco partidário. Paim e Mourão estavam ao lado de Pacheco no momento do anúncio.

O presidente do Senado e do Congresso disse ainda que deverá se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda na tarde de hoje para tratar da crise no Rio Grande do Sul. Pacheco também confirmou ter conversado com o governador do estado, Eduardo Leite, que procurou saber das providências vindas do Legislativo para auxiliar os municípios atingidos.

Até o momento, foram confirmadas 83 mortes e há mais quatro em investigação, além de 291 pessoas feridas no estado. As enchentes já afetaram mais de 873 mil pessoas.

Calamidade

A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil já reconheceu o estado de calamidade pública em 336 municípios gaúchos. A portaria com a lista das cidades foi publicada nesse domingo (5), em edição extra do Diário Oficial da União.

Na última quinta-feira (2), o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional já havia reconhecido a situação em todo o estado, seguindo o decreto estadual publicado no dia anterior.

Fonte: EBC GERAL

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Bienal Black encerra evento no Instituto Memória Pretos Novos no Rio

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A 3ª Bienal Black, exposição itinerante gratuita que nasceu no sul do país, encerra seu quinto e último eixo expositivo (RE)imaginando o Cubo Preto, no Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN), na cidade do Rio de Janeiro. A exposição será inaugurada na próxima sexta-feira (10), às 17h, estendendo-se até o dia 16 de junho. “Cada espaço ganhou um nome diferente. No caso do IPN, o tema é o mesmo do eixo (RE)imaginando o Cubo Preto, disse à Agência Brasil a idealizadora da Bienal Black e uma das curadoras, Patricia Brito.

Ela comentou que o próprio espaço do Instituto é simbólico do ponto de vista da questão social e cultural que o espaço carrega e que o território também carrega. “Então, a gente achou interessante levar essa temática, porque o espaço não é galeria e tampouco é museu. Ele é um espaço de memória. É a partir desse espaço que a gente começa a pensar outros locais expositivos também, que não são convencionais, como a gente conhece. Por isso, a gente reimagina esse cubo preto, ao invés do cubo branco das paredes dos museus e galerias. A gente imagina um local de resistência, de resgate, com essa questão do cubo preto”.

A curadora observou, contudo, que todo o trabalho tem um recorte racial e de gênero. “Mas o título específico ali, não, embora a exposição, com esse título, pode provocar debate. Na verdade, essa é a ideia. Suscitar e provocar debates, mesmo que sejam de cunho racial. Ao falar da troca do cubo branco para o cubo preto, tem conotação racial, sim”, admitiu Patricia Brito.

O objetivo da Bienal Black Arte é expor trabalhos de artistas emergentes, especialmente mulheres. Nesse último eixo, entretanto, dos cerca de 30 trabalhos que serão exibidos, a maioria é de artistas de sexo masculino. “A gente fez uma parceria colaborativa com o Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN) e sua agenda bem efervescente, por conta desse espaço do Muhcab (Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira), que ainda está em reforma e não foi possível permanecer com a agenda do museu”.

Atividade ampla

O último eixo da 3ª Bienal Black não se resume só à exposição. Terá uma atividade bem ampla, englobando palestras, oficinas, que vão ser dadas presencialmente no IPN e também em escolas da rede pública de ensino. Haverá ainda sessão de autógrafos, sarau e roda de samba. “Não pode terminar sem o samba”, destacou Patricia. A programação pode ser conferida no site.

No dia 10 de maio, às 17h, a sala de conferência do IPN sedia a oficina Ressignificando os Sentidos: Experiência de Escrita Criativa ministrada pelo coletivo paulista NósDuas. A partir das 19h, o historiador carioca Jorge Amilcar de Castro Santana ministrará a palestra Jogo de Memória: Navegando pelos Fluxos da Cultura, História e Futebol. Em seguida, acontece um Sarau Afro-Poético conduzido pela artista carioca Sol de Paula e convidados. No dia 14 de junho, às 14h, será dada a oficina Ponto de Fuga, ministrada por Robson Ferreira, de Minas Gerais, voltada para alunos de escolas públicas. A visitação à exposição pode ser feita de terça a sexta-feira, das 10h às 16h, e aos sábados, das 10h às 13h.

A exposição completa da Bienal Black reúne mais de 270 trabalhos de 225 artistas de todo o país e do exterior, que foram divididos em seis espaços da cidade do Rio de Janeiro e em Niterói, região metropolitana, além de programação virtual. O circuito na capital fluminense foi iniciado em 27 de março em variados locais que incluem o Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, Centro de Artes Calouste Gulbenkian, Centro Cultural dos Correios, Teatro Municipal Gonzaguinha, Cidade das Artes, Espaço Cultural Correios, Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro, Museu do Samba, Museu da Maré e, agora, o Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos.

A 3ª Bienal Black tem organização e produção do Instituto Black Brazil Art e financiamento por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). O patrocínio é do Grupo Carrefour Brasil, com apoio da prefeitura carioca e da Secretaria Municipal da Cultura.

Fonte: EBC GERAL

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Bolsonaro é levado a SP para tratar erisipela e obstrução intestinal

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O ex-presidente Jair Bolsonaro, que estava internado em um hospital de Manaus, está sendo transferido para o Hospital Vila Nova Star, na capital paulista. A informação é do advogado e assessor do ex-presidente Fábio Wajngarten.

Wajngarten informou em suas redes sociais que o ex-presidente já está em voo e vai “dar seguimento ao seu tratamento de obstrução intestinal, aos cuidados do cirurgião Dr (Antonio) Macedo, bem como ao quadro infeccioso de erisipela, com antibióticos endovenosos, aos cuidados da equipe de infectologia do hospital Vila Nova Star”.

Bolsonaro foi atendido no último sábado (4) no Hospital Santa Júlia, em Manaus, com um quadro de erisipela. No domingo (5), ele chegou a ser internado no hospital para tratar a doença.

Segundo o Ministério da Saúde, erisipela é um processo infeccioso da pele, que pode atingir a gordura do tecido celular, causado por uma bactéria que se propaga pelos vasos linfáticos. A doença não é contagiosa e é causada pela bactéria Estreptococo, que penetra na pele.

Fonte: EBC GERAL

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