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Brasil poderia gerar R$ 56 bilhões com universalização do sistema de saneamento básico

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Mais de R$ 56 bilhões deixam de ser gerados por ano no Brasil e o motivo é a falta da universalização do sistema de saneamento básico no país. A informação consta em estudo do instituto Trata Brasil. A estimativa foi baseada na hipótese de um cenário em que todo o país tivesse acesso a saneamento básico, pelo período de 2016 a 2036.

ÁUDIO: Acesse esta matéria na versão para rádio

No instante em que o assunto é tratado em várias frentes, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), juntamente com outras instituições, realizou um seminário para discutir um novo rumo para infraestrutura do saneamento.

Na ocasião, o vice-presidente executivo da CNI, Paulo Afonso Ferreira, destacou a importância do envolvimento da iniciativa privada para contribuir no atendimento à população. “Mais de 50% do esgoto gerado no país não é tratado. Ou seja, 99 milhões de brasileiros não têm acesso à coleta dos efluentes produzidos”, lembrou.

Também presente no evento, o diretor de relações institucionais da Associação Brasileira das Operadoras Privadas de Saneamento (ABCON), Percy Soares Neto, disse que o Brasil consegue investir apenas R$ 11bilhões no setor, sendo que R$ 2 bilhões são do setor privado. Logo, defendeu mudanças no marco regulatório do saneamento básico. “Isso pode trazer um adicional de investimento no setor de saneamento até 2030, de R$ 20 bilhões somente do setor privado.”

MP do Saneamento

Tramita no Congresso Nacional uma Medida Provisória que pretende alterar o marco regulatório do saneamento básico no país. Trata-se da MP 844/2018 que, entre outras coisas, dá mais liberdade à participação de empresas privadas em processos de licitação para atuar na área de saneamento.

Relator da medida na Comissão Mista que aprovou a MP no início da semana, o senador pelo MDB de Rondônia, Valdir Rauup, também participou do seminário na CNI.

Ao declarar que esforços não podem ser medidos para que a matéria seja aprovada, o parlamentar destacou como fundamental a mudança na forma de regular o setor. “Acredito que sem recursos privados e sem uma maior segurança jurídica e estabilidade regulatória do setor, não haverá uma melhoria na qualidade dos serviços, sendo a população a principal prejudicada”, afirmou.

Outro congressista que defendeu a medida foi o senador Roberto Muniz. Ele rebata as críticas ao dizer que a MP não pretende entregar tudo ao setor privado. “Vai fazer um chamamento público se houver interesse à licitação de contratos”, explicou.

O secretário-executivo do Ministério das Cidades, Silvani Pereira, afirma que Medida Provisória “vem no sentido de uniformizar as normas de regulação em todo o território nacional, respeitando as disparidades regionais, mas ao mesmo temo criando um ambiente seguro, juridicamente previsível”.

O Seminário

Denominado Saneamento 2019-2022, o seminário discutiu saídas para o atraso no setor de saneamento básico. Representantes de diversas entidades ligadas à área estavam presentes e defendem o tema como prioridade para novo governo.

O evento é de iniciativa da CNI com a Associação Brasileira das Concessionárias de Serviços Públicos de Água e Esgoto (ABCON), com apoio da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústria de Base (ABDIB) e da Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM).

Ao afirmar que o setor de saneamento básico precisa ser modernizado, o coordenador da Abiquim, José Eduardo Gobbi, também lembrou que o investimento na área reflete de forma positiva no meio ambiente. “Se você tem um esgoto tratado, você está protegendo o meio ambiente de outros problemas, doenças e os reflexos disso”, disse.

A Medida Provisória está em vigor desde a publicação do texto no Diário Oficial da União, em julho deste ano. Para se tornar lei definitivamente e continuar com as normas vigentes, a matéria ainda precisa passar por aprovação nos Plenários das duas Casas do Congresso Nacional.

Por Marquezan Araújo

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Brasil

Hugo Souza explica briga entre jogadores do Corinthians: “Fui apartar”

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Matheuzinho e Yuri Alberto protagonizaram uma discussão durante a partida contra o Vasco

Hugo Souza, do Corinthians, durante partida contra o Vasco • Divulgação/Corinthians

O empate sem gols entre Corinthians e Vasco, nesta quarta-feira (18), na Neo Química Arena, pelo jogo de ida da final da Copa do Brasil, foi marcado por um desentendimento interno no elenco alvinegro.

Durante o segundo tempo, Matheuzinho e Yuri Alberto protagonizaram uma discussão dentro do campo antes da cobrança de um escanteio. A confusão exigiu a intervenção do goleiro Hugo Souza, que entrou no meio para conter a tensão e evitar que a briga ganhasse maiores proporções.

A divergência, no entanto, não ficou restrita aos 90 minutos. Após o apito final, o lateral e o atacante voltaram a discutir no caminho para o vestiário. Matheuzinho tentou conversar com Yuri Alberto, que recusou.

Hugo Souza falou sobre o episódio na zona mista.

”Bom, na verdade ali é o jogo. Todo mundo quer ganhar e quando as coisas não estão acontecendo da forma que a gente imagina, acaba que a cabeça fica um pouco quente. Na verdade eu fui apartar uma discussão entre a gente, mas era uma discussão para a nossa melhora, para gente tentar entender o que estava acontecendo no jogo”, explicou Hugo Souza na zona mista.

Como foi o jogo

Em um jogo bastante disputado no meio e de poucas chances claras de gol, Corinthians e Vasco empataram por 0 a 0, nesta quarta-feira (17), pelo jogo de ida da final da Copa do Brasil.

A Neo Química Arena, estádio do Timão, recebeu uma bela festa dos 47.339 torcedores presentes, segundo maior público do local no ano. A partida teve dois gols invalidados por impedimento — Rayan pelo time carioca e Memphis Depay pelo paulista.

Hugo Souza avaliou que o Corinthians apresentou um desempenho abaixo do esperado.

”Ficou claro que fizemos um jogo abaixo do que esperávamos. Talvez ter um pouco mais a bola e botar o nosso plano de jogo em prática. A gente sabe que precisa melhorar e agora é corrigir o que fizemos hoje. O que aconteceu hoje pode servir de aprendizado para a gente. Que bom que não perdemos o jogo hoje. Foi difícil, a equipe do Vasco é qualificada. O plano deles hoje funcionou mais do que o nosso”, afirmou.

Sem vantagem para nenhum dos lados, a definição do campeão da Copa do Brasil virá no Maracanã, domingo (21), com mando da torcida vascaína. Os ingressos já estão esgotados.

“A gente tem certeza que vai melhorar e fazer um jogo melhor lá, porque se a gente quer ser campeão, a gente precisa fazer um jogo melhor”, concluiu o goleiro.

Fonte: CNN

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PF prende filho do “careca do INSS” em nova fase de operação contra fraudes

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Foto: reprodução/TV SENADO

A PF (Polícia Federal) prendeu, nesta quinta-feira (18), Romeu Carvalho Antunes, filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”,  em mais uma fase da operação Sem Desconto, que apura irregularidades no pagamento de descontos associativos a aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Ao todo, estão sendo cumpridos 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares, expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Entre os alvos da operação também está o senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

As ações da PF ocorrem nos estados de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão, além do Distrito Federal.

A operação desta quinta tem como objetivo “esclarecer a prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário e atos de ocultação e dilapidação patrimonial”.

 

Fonte: CNN

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MP do Amapá aciona Estado e parceiros por danos a pacientes em mutirão de catarata

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Ação civil pública pede indenização de ao menos R$ 9 milhões e pensão vitalícia a vítimas que perderam a visão após surto de infecção

O Ministério Público do Amapá (MP-AP) ajuizou uma Ação Civil Pública para responsabilizar o Estado do Amapá, o Centro de Promoção Humana Frei Daniel Saramate (Capuchinhos) e a empresa Saúde Link pelos danos causados a pacientes durante um mutirão de cirurgias de catarata realizado em 2023. A ação requer indenização por danos morais e materiais coletivos, além do pagamento de pensão vitalícia aos pacientes que tiveram perda total da visão.

Ao todo, 141 pessoas foram afetadas por um surto de endoftalmite após os procedimentos. Destas, 17 perderam completamente a visão e dezenas sofreram sequelas graves à saúde. O mutirão ocorreu no Centro de Promoção Humana – Capuchinhos, dentro de um programa socioassistencial do governo estadual.

De acordo com o MP-AP, inspeções realizadas pela Vigilância em Saúde identificaram condições higiênico-sanitárias inadequadas, falhas no controle de infecção e riscos à segurança dos pacientes. Um relatório do EpiSUS-Avançado concluiu que o episódio foi resultado de uma falha sistêmica e evitável, apontando negligência e imprudência por parte dos responsáveis. O Conselho Regional de Medicina também havia emitido alertas prévios sobre os riscos existentes nas instalações.

Com base nas provas técnicas e nos depoimentos colhidos, o MP-AP pede o reconhecimento da responsabilidade civil solidária dos envolvidos, a condenação ao pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor mínimo de R$ 9 milhões e a concessão de pensão vitalícia às vítimas que perderam totalmente a visão.

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