fbpx
Conecte-se conosco

Brasil

Brasil deve encerrar 2022 com índices de extrema pobreza em queda

Publicado

em

O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Erik Figueiredo é o entrevistado no programa Brasil em Pauta, da TV Brasil

De acordo com o Ipea, projeção de redução do índice deve chegar a 4,1%

O Brasil deve fechar 2022 com redução nos índices de extrema pobreza. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a projeção é de queda para 4,1% ainda este ano. Em 2019, o Brasil tinha uma taxa de extrema pobreza de 5,1%. 

No mundo, a tendência é contrária. As previsões do Banco Mundial apontam que, até o final do ano, 115 milhões de pessoas a mais estarão vivendo com menos de US$ 1,90 ao dia, em decorrência da pandemia de covid-19.

“O mundo vinha reduzindo de uma forma continuada a pobreza extrema. A partir de 2019, com o choque da pandemia, essa pobreza extrema começou a crescer, então o mundo empobreceu devido à covid. No Brasil, nós caminhamos na contramão desse processo”, destacou o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Erik Figueiredo, em entrevista ao programa Brasil em Pauta deste domingo (14), na TV Brasil.

Ainda de acordo com Figueiredo, a base para essa estimativa de queda está no aumento de famílias dentro do programa de transferência de renda do Governo Federal, o Auxílio Brasil. Em todas as regiões do país, houve uma relação diretamente proporcional entre as famílias incluídas no programa e o número de vagas com carteira assinada geradas. Segundo o Ipea, em média, para cada mil famílias incluídas no Auxílio Brasil, há a geração de 364 empregos formais.

“Nós temos uma recuperação muito rápida do mercado de trabalho. E nós temos, do outro lado, um programa social sendo ampliado com mais gasto social. Mas essas duas coisas caminham juntas, você não tem a superação da condição social, ajuda aos vulneráveis, sem que a economia cresça, sem que você gere emprego formal”, explicou o presidente do Ipea.

Durante a entrevista, Figueiredo explicou, ainda, a importância dessa conexão entre a economia e a proteção social, com a coexistência entre o Auxílio Brasil e o crescimento do mercado de trabalho. De acordo com ele, a conjugação dos dois fatores tem favorecido a ascensão social para os brasileiros em situação de vulnerabilidade. “Antes, você não podia acumular o Auxílio Brasil e um emprego formal. Então isso era uma barreira para as pessoas. As pessoas optavam, dependendo das condições de trabalho, por permanecer no programa social e obter algum tipo de renda informalmente. Com essa porta de saída, você agora pode acumular o programa social e a carteira de trabalho assinada, você pode permanecer dois anos no programa. Isso facilitou que o mercado de trabalho, aquecido, possa demandar pessoas do mercado informal e do Auxílio Brasil. Então as pessoas estão ingressando no mercado de trabalho sem a preocupação de perder o benefício e sem a preocupação de, ao perder o emprego, ter que voltar para o final da fila”.

Retomada do emprego

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no final do primeiro semestre deste ano, o Brasil registrou 98,3 milhões de pessoas com algum tipo de ocupação no mercado de trabalho. De acordo com dados divulgados na última sexta-feira (12), a taxa de desocupação do país no segundo trimestre de 2022 foi de 9,3%, caindo 4,9 pontos percentuais na comparação com o mesmo período de 2021 (14,2%).

Durante a entrevista, Erik Figueiredo abordou o assunto afirmando que, mais uma vez, o Brasil segue na contramão da tendência global. “Enquanto o mundo revisa as suas projeções de crescimento para baixo, o Brasil revisa suas projeções para cima”. E completou: “esse é um indicativo muito importante da postura brasileira, que foi de redução do Estado, redução de imposto durante o período de pandemia. Então isso tem facilitado a retomada econômica”.

Confira a entrevista completa no programa Brasil em Pauta, comandado pelo jornalista Roberto Camargo, neste domingo (14), na TV Brasil, a partir das 22h30.

O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Erik Figueiredo é o entrevistado no programa Brasil em Pauta, da TV Brasil

Comentários

Continue lendo

Brasil

Apenas 3% dos países terão taxa de fertilidade suficiente até 2100

Publicado

em

Por

Estudo publicado na revista britânica The Lancet mostra que, até o ano de 2100, apenas seis (3%) entre 204 países terão níveis sustentáveis de nascimentos para reposição sustentável da população. São eles: Samoa, Somália, Tonga, Nigéria, Chad e Tajikistão. O trabalho analisa os dados entre 1950 e 2021 e faz a projeção para 2050 e 2100. A pesquisa é fruto da parceria do grupo de estudo internacional chamado Global Burden of Diseases (Carga Global das Doenças).

A taxa de fertilidade considerada aceitável em nível de reposição populacional é de 2,1 filhos por mulher ao longo da vida. Em 2021, apenas 46% dos países tiveram taxa de fecundidade acima da taxa de reposição, principalmente na África Subsaariana. Em 1950, globalmente, a taxa de fecundidade era de 4,84, caindo para 2,23 em 2021. As projeções futuras apontam para 1,83 filhos em 2050 e 1,59 em 2100, o que fará com que as populações diminuam de tamanho.

“O que a gente vem observando são alterações culturais, como o aumento da escolaridade das mulheres, maior participação das mulheres no mercado de trabalho, políticas de educação sexual e planejamento familiar, maio acesso a métodos contraceptivos. O que a gente vem observando nas últimas décadas é um declínio gradual das taxas de fecundidade”, disse o pesquisador do departamento de Saúde Coletiva da Fiocruz Pernambuco, Rafael Moreira. 

Os países europeus e da América do Norte são os que estão em pior situação em termos de taxa de fecundidade com consequências econômicas e sociais de longo alcance. “O envelhecimento da população, o declínio da força de trabalho, países com muitos idosos e pouca população em idade produtiva e isso vai ter consequência para a previdência”, afirmou o pesquisador. Ele destaca que os países de renda alta vão ter que rever suas políticas de imigração pois vão precisar de mão de obra jovem para seus mercados de trabalho.

No Brasil, a taxa de fertilidade era de 5,93 filhos em 1950 e 1,93 em 2021. As expectativas futuras apontam queda, sugerindo 1,57 em 2050 e 1,31 em 2100, abaixo da projeção mundial. 

“As futuras taxas de fertilidade continuarão a diminuir em todo o mundo e permanecerão baixas mesmo sob a implementação bem-sucedida de políticas pró-nascimento. Estas mudanças terão consequências econômicas e sociais devido ao envelhecimento da população e ao declínio da força de trabalho”, aponta o artigo. 

Fonte: EBC GERAL

Comentários

Continue lendo

Brasil

Pampa é o bioma brasileiro menos protegido por unidades de conservação

Publicado

em

Por

Além de ser o menor bioma brasileiro o Pampa, presente apenas em parte do Rio Grande do Sul, também é o bioma menos protegido pelas unidades de conservação presentes em todo o país. O dado foi apresentado no seminário técnico-científico promovido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima para debater a elaboração de um plano de prevenção e controle do desmatamento do bioma. 

O secretário-executivo do ministério, João Paulo Capobianco, disse que atualmente a região tem apenas 49 unidades de conservação, que alcançam somente 3,03% de sua extensão de cerca de 17,6 milhões de hectares.

Durante o encontro, Capobianco lembrou que o Brasil é signatário das metas de Aichi, estabelecidas na 10ª Conferência das Partes das Nações Unidas (COP10), em 2010, no Japão, que previa a proteção de 17% da área continental e 10% do território marinho por meio da criação de zonas de proteção integral.

O prazo para o cumprimento das metas era 2020, mas não foi cumprido em relação ao bioma Pampa. O compromisso internacional foi renovado pelo governo brasileiro durante a 15ª Conferência das Partes das Nações Unidas (COP15), em Montreal, no Canadá, quando o Marco Global para a Biodiversidade de Kunming-Montreal ampliou as metas para 30% de proteção integral tanto dos biomas terrestres quanto da zona marítima, até 2030.

Capobianco lembrou que faltando pouco para o cumprimento do novo prazo, apenas 122 mil hectares do Pampa correspondem às áreas de proteção integral e 416 mil hectares estão em áreas de conservação, mas são de uso sustentável. 

“Temos que todos buscar vencer esses desafios. O governo federal possui seis unidades de conservação no bioma Pampa, se forem criadas, aumentaremos em 2,5% a proteção do bioma, com a inclusão de mais 486 mil hectares, chegaríamos, portanto, a 5,5%, muito longe ainda dos 30%”, alertou.

Para o secretário-executivo do ministério, além de alcançar as metas, o país precisa enfrentar o desafio da degradação e definir quais são as ações tanto no campo técnico-científico quanto nas políticas públicas, que podem promover a conservação e a restauração de áreas de altíssima importância biológica. 

“O Pampa, assim como Pantanal, têm uma vocação para uma pecuária ecologicamente sustentável. Isso deve ser fortalecido, mas, evidentemente, temos que evitar a expansão e a substituição dos campos naturais por plantios agrícolas, que podem de fato comprometer o conjunto do bioma”, disse.

O seminário é o primeiro passo para a elaboração do plano de enfrentamento da supressão da vegetação nativa. Após os debates, uma proposta deverá ser submetida à consulta pública para que os planos de cada um dos biomas sejam lançados pelo governo federal. 

Segundo Capobianco, essas políticas públicas passarão ainda por avaliações anuais para revisão e ajustes que as tornem cada vez mais eficientes. “O Pampa será parte de um esforço nacional de proteção do conjunto da espetacular, inigualável e incomparável sociobiodiversidade brasileira”, disse.

Fonte: EBC GERAL

Comentários

Continue lendo

Brasil

São Paulo se compromete com STF a usar mais câmeras corporais

Publicado

em

Por

O governo de São Paulo se comprometeu com o Supremo Tribunal Federal (STF) a utilizar câmeras corporais em operações policiais no estado e apresentou cronograma que estabelece a implementação do sistema até setembro próximo. O estado prevê novas licitações, uma delas para a aquisição de mais de três mil equipamentos.

O compromisso foi assumido com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, no âmbito de ação apresentada pela Defensoria Pública de São Paulo. 

Em 2023, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) havia rejeitado o pedido da Defensoria sobre a utilização dos equipamentos por policiais, já que o custo aos cofres estaduais seria de R$ 330 milhões a R$ 1 bilhão ao ano, interferindo diretamente no orçamento e nas políticas públicas de segurança. A Defensoria recorreu ao Supremo.

Também por questões orçamentárias, Barroso negou ordenar a instalação de imediato dos equipamentos, mas ressaltou a necessidade de sua implementação. Após essa decisão, a Defensoria apresentou pedido de reconsideração ao ministro, alegando aumento da letalidade nas operações policiais em São Paulo.

Cronograma de instalação

“O ministro solicitou informações ao governo estadual, que enviou um cronograma de instalação, com publicação do edital de compra em maio. Por isso, Barroso voltou a negar o pedido, em razão do compromisso assumido, mas ressaltou que o Núcleo de Processos Estruturais e Complexos do Tribunal fará acompanhamento do cronograma”, divulgou o STF, em nota. Segundo o ministro, os equipamentos beneficiam a população, a corporação policial e o próprio Poder Judiciário.

“O uso das câmeras corporais é uma medida relevante para a consecução da política pública de segurança. Os equipamentos protegem tanto cidadãos quanto os próprios policiais, já que coíbem abusos nas operações, protegem policiais de acusações infundadas e incentivam a adoção de comportamentos mais adequados por ambas as partes. Além disso, a medida amplia a transparência, a legitimidade e a responsabilidade (accountability) da atuação policial e serve como importante meio de prova em processos judiciais”, escreveu o ministro em sua decisão.

Ampliação

Barroso levou em consideração manifestação do estado de São Paulo apontando que a utilização de câmeras operacionais portáteis (COPs) vem sendo implementada de forma gradual e contínua, e que a utilização de câmeras será ampliada e aprimorada.

“A PGE/SP [Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo] informou à Corte que o Governo de São Paulo mantém atualmente 10.125 câmeras corporais em operação em 267 dos 510 batalhões da Polícia Militar. Por questões orçamentárias e de logística, a compra de equipamentos é gradual – a Secretaria da Segurança Pública prevê novas licitações, uma delas para a aquisição de mais de três mil equipamentos”, informou, em nota, o governo paulista.

Ainda segundo o governo, o monitoramento terá avanço tecnológico e mais funcionalidades, entre elas a leitura de placas para identificação de veículos roubados ou furtados e novos recursos de áudio para que as equipes policiais possam solicitar apoio durante operações.

Fonte: EBC GERAL

Comentários

Continue lendo